5- A chegada dos MONTEIRO DE ARAÚJO e dos Bisnetos da MADRINHA DA SERRA, vindos de Uberaba-MG, a Penápolis-SP, em 25 de setembro de 1912, e o Frei José Vaz de Melo

História de Portugueses no Brasil
História de Portugueses do Brasil
“Ainda existirá a velha casa senhorial do Monteiro?
Meu sonho era acabar morando e morrendo
Na velha casa do Monteiro.”

ASSISTA O MARAVILHOSO DEPOIMENTO DO WADINHO MONTEIRO DE ARAÚJO SOBRE O PIONEIRISMO DE NÓS MONTEIRO DE ARAÚJO EM PENÁPOLIS:

Primeira Parte:

Segunda Parte:

A Avó materna do Frei José, a MARIA DO CARMO DE SOUZA, chorou ao ver só uma estação de trem e uma venda no que hoje é Penápolis.

A Noroeste do Brasil, em modinha que Cornélio Pires recolheu:

“Da bando do Baurú,

Lá, na linha noroesta,

Cafanhoto era tanto,

Que parou um trem exprésso;

Pra podê segui a viagem

Precisou fazê promessa.”

Frei José (Garibaldi Celso) era filho do professor e jornalista Altino de Araújo Vaz de Mello e de Emília Monteiro Vaz de Mello.  (a Tia “Bia”, filha de Carlos Justino Monteiro e de Maria do Carmo de Souza).

Frei José Vaz de Melo, penapolense filho do pioneiro Altino Vaz de Melo, irmão da poetisa Carmita de Melo Ahmad, e que era responsável pela gráfica do santuário e pela montagem do presépio em todos os natais;

Batismo da Tia Bia, mãe do Frei José, e, Bisavó da Cristiane Béber:

Frei José Vaz de Melo, irmão da poetisa Carmita Vaz de Melo

* Veríssimo-MG, 05/ 12/1911 —  + Penápolis-SP, 29/12/1982

http://www.procasp.org.br/textos.php?id_texto=312

NOTA SOBRE A CHEGADA DOS MONTEIRO DE ARAÚJO A PENÁPOLIS-SP e os ex-escravos que seguiram conosco.

Recebi estas informações sobre a VIAGEM dos MONTEIRO DE ARAÚJO para PENÁPOLIS-SP:

Contribuição valiosa, lembrando que o primeiro Monteiro de Araújo a chegar, como descobrimos foi o PRIMOGÊNITO JOSÉ CÂNDIDO MONTEIRO, nascido em 1843, filho do JOÃO MONTEIRO DE ARAÚJO.

Há alguns erros de nomes, mas a contribuição foi da maior importância.

1- Ester Cândida de Assunção foi casada com Joaquim Nunes de Souza.

E, o Joaquim Nunes Monteiro é o QUINCA MONTEIRO, filho da Lauriana Nunes de Souza e João Monteiro de Araújo Filho, irmão de Ester.

Militão não é pai do Juvêncio da Farmácia.

Estamos conferindo tudo. Obrigado. Não faço ideia quem seja Cassiano.

“””””Parentes:

seguem as informações que colhi com minha tia Terezinha em Penápolis, espero poder ajudar na construção deste lindo “livro de histórias”: Já foi citado que os escravos viviam quase como parentes dentro da família Monteiro, segundo as histórias dos antepassados, em Uberaba muitos escravos da fazendas vizinhas fugiam para a fazenda do Cap. João Monteiro de Araújo, tendo este inclusive escondido alguns afim de protegê-los, esta situação criou graves desavenças com os fazendeiros da região, inclusive houveram ameaças de morte contra os Monteiro.

Esta situação também pesou na decisão de saírem de Uberaba.

A comitiva foram de quase quarenta carros de bois, tinha carro de boi cheio de crianças, tinha um carro de boi carregado só de rapaduras. O irmão MILITÃO (pai do Juvêncio, Wilson, Dalila, Dirce, Diva, Dulce, Gualter, Jairo, Jaime…. ) ficou em Tanabi SP.

Vieram o CASSIANO ( Fernando, Jojó, Nana, Minota, Alvi) CARLOS ( que acredito ser o seu tronco da família ) – ( Urias, CArlos, Belico, Antonieta, Totonho, Alcina, Adélia, Custória) JOAQUIM Nunes Monteiro, casado com Ester ( Artur, Adolfo, Alberto, Antonio, Albertina, Marieta, Antonieta, Pedro, Maria) JOÃO, casado com Lauriana ( meus bisavôs) – observação a bisavô casou com 12 anos e morreu aos 39 ( Alzira, Joaquim -Quinca Monteiro, Antonio – Tonico Monteiro, Maria de Lourdes, Yolanda -minha avó, Custódio, Iracy, Francisco e João) ANTONIO, casado com Mariana ( meus bisavós ) –

segundo minha tia Terezinha, o bisavô Antonio deve ter falecido na década de 20, porque meus avós casaram em 32 e o bisavô Antonio já tinha morrido ( Joaquim – foi para SP advogar, levou a bisavó Mariana, já viúva e os irmãos mais novos e os ex-excravos que sempre acompanharam a família), Maria – Lica, esposa do Guimarães, Antonio, Alvaro Monteiro de Araujo ( meu avô ) voltou para Penápolis e montou engenho, trouxe de volta a Umbelina -ex-escrava – e toda sua família, seus filhos se integravam na família, inclusive seu caçula o José foi batizado como José Monteiro, seu filho Sergio aprendeu a dirigir e o Robertinho tocava na Banda que o meu avô Álvaro teve e que tocava em Penápolis no tempo do cinema mudo, meu avô tocava instrumentos de sopro, tinha outro negro na banda chamado Camundá), Mariana, Nilson, José – morreu na revolução de 32, Laura ( familia Sampaio /Oceu ) PEDRO (Maria, Armando, Adauto, Benedito, Odorico, Assis, Arlindo, Arlinda, Armanda) Bom estas são as informações que minha tia lembrou-se abraçosJoão Álvaro””””””””””

A segunda leva de Monteiro do Badajós em Uberaba-MG saiu em 15 de agosto de 1912 e chegou em 25 de setembro de 1912 ao Lageado em Penápolis-SP. Carro de boi, moças na garupa. Um carro só de rapadura. Aventura. A primeira leva com Tio João tinha sido em 1911.

Mas o Antônio Monteiro de Araujo, tio nosso, veio direto da Franca-SP para Penápolis-SP em 1904. José Cândido Monteiro também veio antes.

HISTÓRIA DO FREI JOSÉ

Frei José nasceu no Veríssimo, Minas Gerais, perto de Uberaba-MG, aos 5 de dezembro de 1911.

Foi batizado aos 13 de janeiro de 1912, em sua Paróquia, Igreja de São Miguel, pelo Padre André Blatzé, da Ordem Dominicana.

Crismado em Penápolis, na Igreja Matriz de São Francisco, em 1 de junho de 1919

. Fez os primeiros estudos no Colégio São Francisco de Penápolis, dirigido pelos frades.

Vestiu o hábito de postulante aos 8 de fevereiro de 1930. Principiou o Noviciado em Taubaté-SP, aos 12 de agosto de 1930, tendo como mestre Frei Ricardo de Denno.

Votos simples fez aos 15 de agosto de 1931, perante o Frei Domingos de Riese. Profissão solene, em Botucatu-SP, aos 19 de agosto de 1934, perante Frei Bernardo de Vezzano.

Batizado em Veríssimo-MG, o menino Garibaldi chegou a Penápolis com sua família aos 25 de setembro de 1912, quando Penápolis ia comemorar o quarto ano de sua fundação, pois tal se dera a 25 de outubro de 1908.

Seu pai era professor e jornalista, tendo fundado o jornal “O VERÍSSIMO”, naquela cidade mineira.

Os Vaz de Melo são muito importantes em Minas Gerais desde o século XIX, tendo o Presidente da República Dr. Arthur da Silva Bernardes iniciado sua carreia casando-se com uma Vaz de Melo.

A primeira casa em que moraram em Penápolis, foi uma antiga casa de tábuas, que fora primeira escola, primeira igreja e primeira residência dos capuchinhos. Esta casa ainda existe, e, é chamada “Primeira Casa de Penápolis”.

Seu pai foi um dos primeiros professores em Penápolis, ou melhor, o primeiro, ainda quando os pequenos e poucos proprietários de terras moravam nas proximidades da antiga e primitiva capelinha do Senhor Bom Jesus dos Passos, hoje destruída. No Degredo, perto do Rio Tietê.

Exercia também o cargo de secretário da Câmara Municipal. Em Penápolis, deixou muitíssimos artigos no jornal O PENAPOLENSE que podemos ler até hoje. O PENAPOLENSE era de seu pai, o professor Altino.

Em maio de 1923, Garibaldi Celso foi convidado a participar da União dos Moços Católicos. Frequentava a biblioteca da União, lendo romances e vidas de santos, de maneira especial as vidas de Santa Teresinha e de São Francisco de Assis.

Fazia o Noviciado para entrar na Ordem Terceira Secular, quando foi convidado para ser frade capuchinho. Tendo já 18 anos e sofrendo de tracoma, acharam melhor encaminhá-lo para o estado de Irmão, embora ele sentisse atração para a vida sacerdotal também.

Acompanhado por Frei Angélico de Roseira, foi a São Paulo e lá na Imaculada Conceição foi recebido pelo Frei Tiago de Cavêdine, o superior.

Manifestado seu intento, Frei Liberato sugeriu a Frei Tiago enviasse o candidato para o seminário, e este responde:

Mais tarde”… e o mais tarde, nunca aconteceu. Assim relata Frei José:

Eu sentia vocação para o sacerdócio, e, de vez em quando, sonhava que estava celebrando Missa ou administrando os Sacramentos. Mas, por motivos íntimos, não insisti, consolando-me com o pensamento de Santa Teresinha: ‘Nosso Senhor dará a recompensa aos que tiveram esse desejo, sem poder realizá-lo’. Em compensação, alguns anos depois, no tempo de Frei Carlos, recebi a faculdade de administrar a Santíssima Eucaristia aos fiéis. E a primeira pessoa que a recebeu de minhas mãos, foi minha mãe (Tia Bia que faleceu em 1970): aliás, a última comunhão que ela recebeu, fui eu quem lhe ministrou”.

Nos últimos anos os superiores facilitaram aos Irmãos os estudos para o sacerdócio. Embora com vontade de fazê-los, Frei José preferiu fazer apenas o Madureza, devido sua idade avançada.

Nós que o conhecemos damos o testemunho que sua vida de intenso trabalho; seu lema parecia ser: devagar e sempre.

Com muita calma, sem pressa e com perseverança, dedicava-se aos mais diversos setores: carpintaria, eletricidade, marcenaria e obras de pedreiro. Homem de muito trabalho era também homem de profundas e longas orações.

Além dos horários normais, podíamos ver Frei José passar mais de horas em reflexão e meditação perante o Sacrário, após todos os trabalhos e canseiras do dia.

De seu pai herdou o gosto pelas artes gráficas, exercendo o ofício de tipógrafo por muitos anos, tanto em São Paulo como em Penápolis; aqui, confeccionando revistas e folhetos paroquiais; em São Paulo, trabalhando por muitos anos na composição dos “Anais Franciscanos”.

Sempre teve especial carinho pela cidade que o viu crescer: Penápolis.

Ali testemunhou o zelo e a operosidade dos capuchinhos e sempre recordava as passagens históricas que mais o impressionaram.

Com grande alegria e concurso de povo celebrou seu Jubileu de Ouro de Vida Religiosa, aos 16 de agosto de 1981, quando recebeu demonstrações de afeto e carinho de todos, embora sua saúde já não estivesse muito boa. Houve missa concelebrada, às 10 horas, presidida pelo Provincial Frei Nicolau da Silva.

Após a missa, almoço de confraternização. A Sociedade de Ecologia quis prestar-lhe homenagem, conferindo-lhe a Medalha, entregue pelo seu grande amigo dos tempos de juventude, professor e historiador de Penápolis, Fausto Ribeiro de Barros.

Constatada grave doença no estômago e intestinos, foi operado, em São José do Rio Preto, aos 21 de outubro de 1982.

Desde então, não se recuperou mais, definhando pouco a pouco, embora não sentisse dores. Aparentemente não demonstrava saber da gravidade do caso e até parecia ter esperanças de melhora.

Em seu quarto, na Santa Casa de Misericórdia de Penápolis, ainda participou de uma missa no dia de Natal.

Quatro dias depois, a 29 de dezembro, pelas 12:30 horas, veio a falecer.

No dia seguinte houve missa de corpo presente presidida por Frei Nicolau e pelo Sr.. Bispo Dom Luís Colussi. Concelebraram mais 19 sacerdotes da Província e das paróquias vizinhas.

No sermão, Dom Luís salientou com profunda convicção e eloquência o sentido profundo da Vida Religiosa numa época de tanta corrida em busca de prestígios e grandezas humanas.

Como irmão, Frei José exerceu os seguintes cargos, nas residências em que viveu: sacristão, alfaiate, porteiro, linotipista e tipógrafo.

Residiu em São Paulo (1931); – Taubaté (1932); – Piracicaba e Botucatu (1933); – Taubaté (1935); São Paulo (1937); Mococa (dezembro 1938); São Paulo, a partir de dezembro 1942; Santos, a partir de novembro de 1943; Penápolis (fevereiro de 1944); São Paulo (1951); Penápolis (1952); Santos (1955); Penápolis (1956); Piracicaba (dezembro 1956); São Paulo (janeiro 1959); Birigüi (julho 1966); Penápolis, de 1967 até falecer.

Como vemos, uma longa série de atividades Frei José desempenhou em nossas fraternidades, recolhendo bens que perduram para a eternidade e edificando a todos pela sua vida de religioso sério e laborioso, divertindo também seus irmãos e a criançada com as filmagens que realizava, documentando, em filmes mudos, os fatos ocorridos e as celebrações nas paróquias do interior.

Ou passando algum filme que conseguia emprestado, quando, muitas vezes, os “rolos” despencavam e saíam correndo pelas salas de projeção ou as fitas se rompiam pela enésima vez, mais cansando que distraindo.

Mas, por trás de tudo, a bondade e a dedicação de Frei José Vaz de Melo.

(Cf. também R.V. 86 – dezembro 1982, p. 146). – AOMC, 99,184).

5 Respostas to “5- A chegada dos MONTEIRO DE ARAÚJO e dos Bisnetos da MADRINHA DA SERRA, vindos de Uberaba-MG, a Penápolis-SP, em 25 de setembro de 1912, e o Frei José Vaz de Melo”

  1. irany queiroz da costa mello Says:

    Meu nome é Irany, fui casada com o falecido Ricardo Nunes de Mello, filho de Tarcísio Vaz De Mello, irmão de Frei José. Tenho a infelicidade de informá-los que todos faleceram,seu Tarcísio , seus filhos Dalton, Elizabeth e Ricardo. Sua esposa Eulália, inclusive, todos de morte natural. Temos como descendentes diretos vivos de seu Tarcísio os meus filhos Rafael e Thais Queiroz da Costa Mello . Mando este recado com a intenção de resgatar o contato com os parentes de meus filhos por parte do pai, Ricardo ,meu telefone para contato é cel 0xx11 9 92959107 e meu Email iranyq@gmail.com
    grata

    • capitaodomingos Says:

      obrigado. Sabe do filho da Carmita? Eu sei só dos filhos e netos da Iraci, que é irmã da carmita e do frei. Em que cidade vocês moram?

      • Irany Says:

        Olá,
        Não temos contato com a Dna, Carmita, inclusive se vc encontrar alguma informação sobre eles gostaríamos muito, pois com o falecimento de todos ficamos muito isolados do restante da família e não sabemos “quem é quem”rsss, quem é primo, quem é tio, tia etc…. Lembranças que eu posso passar a vc diretamente é : Seu Tarcísio era descendente de Emília Monteiro Araújo, que não sei ao certo quem é o parente mais próximo os Vaz de Mello ou os Monteiro de Araújo, acho que seu Altino Vaz de Mello era casado com dona Emília Monteiro Araújo.

        Vc pede informações sobre nós, eu as passarei no endere;co de Email que foi enviado…

        abç

        Irany

    • capitaodomingos Says:

      mande mais nomes e datas para eu colocar no site. obrigado.

  2. Irany Says:

    Existe uma historia com Frei José… estava F. José com a saúde muito frágil e sabendo ele que o primeiro sobrinho neto, por parte de seu irmão Tarcísio acabara de nascer ele , enfrentando todas as dificuldades de sua idade avançada e sua saúde frágil, fez questão de ir a São Paulo, para abençoar seu “neto” Rafael ( temos esta foto , que logo postaremos aqui). Nós fomos ao Mosteiro Beneditino , onde ele se hospedara, situado na Av. Brigadeiro Luiz Antônio buscá-lo para a visita a casa do netinho… eu comprei para ele alguns pares de meias de lã e camisetas brancas para que ele usasse por baixo da Batina, pois a visita ocorreu em abril de 1982 e naquele ano o inverno parecia ter chegado duramente mais cedo. Frei José muito delicadamente declinou o presente para os mais pobres….mesmo tendo ele suas meias estavam puídas e mãos geladas …

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