A Penápolis-SP do Nosso Tempo – Histórias e Origens de Penápolis-SP, no Brasil – O Arraial de N. S. do Carmo – Personalidades de Penápolis-SP – Filhos e Moradores Ilustres de Penápolis-SP – Penapolenses de destaque – A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, N.O.B. – O Patrimônio da Santa Cruz do Avanhandava – O Patrimônio de Nosso Senhor dos Passos – A Colônia Militar do Avanhandava – O Degredo, O Lajeado – O Assassinato do Delegado Sevilha – A maior tragédia da imigração japonesa: O Massacre dos Japoneses na Fazenda Água Limpa, Bairro rural Paraguai – O Crime do Fórum no jornal “The New York Times”, Tiroteio e morte na Câmara de Vereadores – Padre Claro Monteiro do Amaral e Cristiano Olsen massacrados pelos índios caingangues – Legislação histórica de Penápolis-SP – O Salto do Avanhandava

Leia sobre o bárbaro Crime do Fórum de Penápolis-SP, no Brasil, na página 6, do PDF abaixo:

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Aquilo que ouvimos, e, que aprendemos, e, que nossos pais nos contaram,

não o encobriremos aos nossos filhos.

Nós os contaremos, de geração em geração.

A primeira casa de Penápolis-SP, que ainda existe em 2024, foi iniciada sua construção, pelo fundador de Penápolis-SP, o Dr. Manuel Bento da Cruz, em 16 de agosto de 1908, data que já foi tida como da data precisa da fundação de Penápolis-SP, ver documento abaixo.

O MORGADO DE MATEUS E OS CAMPOS DO AVANHANDAVA:

O Professor Fausto Ribeiro de Barros, ver abaixo, mostrou que o povoamento dos “Campos da Vanhandava”, ver abaixo, começou em 1842, o que significaria que a região do Lajeado, Beira do Tietê, Degredo, Arraial de N.S. do Carmo, Colônia Militar do Degredo, Patrimônio de Nosso Senhor dos Passos, no território da atual Penápolis-SP, é a mais antiga povoação do Oeste Paulista.

O Governador da Capitania de São Paulo, o Morgado de Mateus, conta o Professor Fausto Ribeiro de Barros, projetou um povoamento dos “Campos da Vanhandava”,  ver abaixo, o qual, entendemos que não se concretizou.

O “Morgado de Mateus” conseguiu colonizar, sim, no Norte do atual Estado do Paraná, o Campo Mourão, sendo que Mourão é o sobrenome do “Morgado de Mateus”, o Capitão Luís Antônio de Souza Botelho Mourão.

Na década de 1860, o governo da Província de São Paulo gastou mais de metade do orçamento com estradas.

Aqui, no documento mais antigo do governo que trata do Salto do Avanhandava, fala-se em um Picadão (estrada) de Bauru até o Salto do Avanhandava para CATEQUESE DOS ÍNDIOS.

Leia o PDF abaixo:

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Foram três experiências fracassadas de povoamento no território da atual Penápolis-SP:

1- O arraial de Nossa Senhora do Carmo, ao lado da Colônia Militar do Salto do Avanhandava, nos anos 1860, e,

2- o Patrimônio de Nosso Senhor dos Passos, na década de 1880, e

3-, o Patrimônio do Lajeado, de 1904, também desapareceu porque o traçado da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, a N.O.B., em 1908, ficou localizado no seu local atual em Penápolis-SP.

O extenso território da Penápolis-SP do nosso tempo deu origem a 56 municípios paulistas:

Penápolis-SP, cidade mãe, avó, bisavó, trisavó e tetravó de 56 municípios paulistas.

Até 1954, portanto, quando se emancipou Alto Alegre-SP, o local em que morreu, em 1901, massacrado pelos índios caingangues, o Padre Claro Monteiro do Amaral, ficava no Município de Penápolis-SP.

Ver abaixo.

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O progresso de Penápolis-SP medido pelo tempo de duração de viagens:

Vários dias de barco de Piracicaba-SP à Colônia do Avanhandava, ver abaixo, em 1862, no Rio Tietê navegável até o Salto da Avanhandava, percorrendo o caminho das Monções dos Bandeirantes.

2 dias de viagem de trem Maria Fumaça até São Paulo-SP, na década de 1920. Com baldeação em Bauru-SP para trocar a bitola estreita da Estrada de Ferro N.O.B. para a bitola larga da Companhia Paulista de Estrada de Ferro.

Poucas horas de rodovia duplicada, em 2024, até São Paulo-SP e ao Mato Grosso do Sul.

Porém, um detalhe, Penápolis-SP já teve aviões comerciais de carreira, ver abaixo.

Leia mais sobre a N.O.B. – Estrada de Ferro Noroeste do Brasil(-Bolívia):

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“Não se parte da terra onde revoa”, José de Alencar

A Beira do Tietê tinha muita malária:

No processo do Congresso do Estado de São Paulo que criou, em 1909, o Distrito de Paz de Santa Cruz do Avanhandava, hoje Penápolis-SP, ver abaixo, se diz que o “Distrito do Salto”, que seria a povoação do Lajeado, era insalubre perto dos rios sujeito a malária, maleita, o paludismo, e que a povoação de Santa Cruz do Avanhandava já tinha casas, casa que serviria de cadeia e cemitério. Assim sendo foi aprovado a elevação da povoação à categoria de Distrito de Paz em 1909.

Não sabemos se existiu oficialmente um “Districto de Paz do Salto”. Só encontramos o “Districto do Salto do Paranapanema” e o do Salto de Pirapora, no Diário Oficial do Estado de São Paulo.

O Bárbaro Crime do Fórum de Penápolis-SP em 1930:

Na versão do Jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, de 10 de maio de 1930, página 10, edição 23.859:

(Diferentemente de outras versões, ver abaixo, nesta reportagem abaixo se diz que, no dia do tiroteio no Fórum de Penápolis-SP, era um capanga de Domingos Vieira da Silva, matador do Delegado Álvaro Martins Sevilha em 1926, quem estava em julgamento.

Esta notícia não é  exata, ver abaixo que o assassino do Dr. Sevilha foi condenado em 1927, e, no Jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, de 16/fev/1030, edição número 23.790,  página 6, ver abaixo, era um outro crime que estava sendo julgado em 11/fev/1930.)

Ver, no PDF abaixo, na íntegra, a edição do Correio Paulistano de 16/fev/1930:

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Aqui, no Jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, de 10/mai/1930:

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Jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, de 10 de maio de 1930, página 10, edição 23.859

LEIA TUDO SOBRE  A LENDA QUE FOI DOMINGOS VIEIRA DA SILVA

O homem que era o terror do Município de Penápolis-SP no início do século XX

E o bárbaro assassinato em 1926, do delegado local, o Dr. Álvaro Martins Sevilha

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Domingos Vieira da Silva tido como boa pessoa por quem o conheceu. 

Domingos Vieira teve um filho que foi pessoa importante em Penápolis-SP.

Existe um  livro com as mini biografias de pessoas que são nomes de ruas em Penápolis-SP.

Nesse livro tem uma mini biografia do dentista e lavrador, o Dr. Domingos Vieira da Silva, apontando-o como sendo uma boa pessoa.

E então o Dr. Domingos Vieira da Silva é nome de rua em Penápolis-SP, e o Dr. Álvaro Martins Sevilha NÃO é nome de Rua em Penápolis-SP.

O Dr. Sevilha é nome de rua em São Paulo-SP onde o dicionários de ruas de São Paulo-SP não sabia quem era ele.

A família do Dr. Sevilha morava em São Paulo-SP e ele morava em pensões no interior de São Paulo, sempre transferido de delegacias porque mexia com poderosos dos lugares e queria moralizar tudo por onde passava.

Neste PDF, do jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, de 11 de fevereiro de 1926, na página 05, tem um detalhado relato pelo delegado especial do Caso do assassinato do Delegado Sevilha de Penápolis-SP:

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E O BÁRBARO ASSASSINATO DO DELEGADO de Polícia de Penápolis-SP,

o Dr. ÁLVARO MARTINS SEVILHA,

em 12 de janeiro de 1926,

O Dr. Domingos Vieira da Silva não foi indiciado, ver abaixo, nem foi a julgamento pela morte, em 1926, do Delegado de Polícia de Penápolis-SP, o Dr. Álvaro Martins Sevilha.

No dia 27/out/1926,  a Folha da Noite, jornal da capital paulista, do grupo Folhas, deu a notícia da absolvição do Domingos Vieira da Silva, em inquérito.

Domingos Vieira não foi pronunciado, ver abaixo, mas não foi à julgamento pela morte do Delegado de Penápolis-SP, o Dr. Sevilha.

Jornal “Diário Nacional”, de São Paulo-SP, número 031, de 18 de agosto de 1927, página 4:

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CRIME DO FÓRUM, na terça-feira, 11/fev/1930, em Penápolis-SP

Deu no mais importante jornal do Mundo, o The New York  Times, em 14 de fevereiro de 1930

A única vez em que PENNAPOLIS-SP foi  notícia no THE NEW YORK TIMES:

Domingos Vieira da Silva, no Fórum de Penápolis-SP, em 11/fev/1930, estava assistindo a um julgamento. 

E, quando foi mencionado o bárbaro crime de 1926, (crime do qual Domingos Vieira foi o mandante, – o assassinato em 1926 do Delegado de Polícia de Penápolis-SP, o Dr. Álvaro Martins Sevilha), Domingos Vieira da Silva começa atirar; feriu 2 jurados, e fugiu para rua, e, no tiroteio, na rua, foi baleado um jardineiro da Prefeitura Municipal de Penápolis-SP, que faleceu depois, na Santa Casa de Penápolis-SP, as 4 horas da manhã, do dia 12/fev/1930, ver abaixo.

Ver reportagem completa do Crime do Fórum de Penápolis-SP, abaixo:

O CRIME DO FÓRUM DE PENÁPOLIS-SP no principal jornal do Mundo:

“Em pleno júri, um mandante de bárbaro crime assassina um jurado, alvejando ainda outras pessoas”

(Porém, segundo a versão do jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, ver abaixo, não foi um jurado que foi assassinado, mas sim um jardineiro da Prefeitura Municipal de Penápolis-SP, e na rua. Ver abaixo: Jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, de 16/fev/1030, edição número 23.790, de 16/fev/1930, página 6).

O homem assassinado, ao qual o jornal “The N.Y. Times”, e a “Folha da Manhã”, a atual Folha de S Paulo, se referem como sendo um jurado, é o funcionário municipal de Penápolis-SP, de 63 anos de idade, português, pacato jardineiro municipal, Seo Manoel Pereira, baleado no abdome, na rua, em Penápolis-SP, em 11/fev/1930, e, falecido na Santa Casa de Penápolis-SP, na madrugada, 4 horas da manhã do  12/fev/1930, ver abaixo.

Ver abaixo, o Crime de 12/jan/1926, o assassinato do Delegado de Polícia de Penápolis-SP, Dr. Álvaro Martins Sevilha, e, que, depois de tantas idas e vindas, o procurador do caso, ainda em 1926, NÃO indiciou Domingos Vieira da Silva como mandante, ver abaixo.

O jornal N.Y.T. informa que Domingos Vieira foi acusado de mandante do assassinato, em 12/jan/1926, do Delegado de Polícia de Penápolis-SP, Dr. Álvaro Martins Sevilha, ver abaixo.

Tradução:

JURADO (não foi um jurado, foi um jardineiro na rua) BRASILEIRO ASSASSINADO
São Paulo, Brasil, 13 de fevereiro (Associated Press – AP) ano de 1930
PRISIONEIRO FERE 3 OUTROS NO FÓRUM COM PISTOLA E FOGE

Um homem foi assassinado e três outras pessoas foram seriamente feridas no Fórum de Pennapolis, neste Estado hoje ( hoje não, foi no dia 11/fev/1930, e não no dia 13), quando um prisioneiro, (não era prisioneiro), começa a atirar descontroladamente no Fórum.
Domingos Vieira da Silva, acusado de ter sido cúmplice, (não foi cúmplice, foi mandante), de um assassinato em 1926, (do Delegado Dr. Sevilha), sacou um revólver e atirou no juiz, nos jurados e no promotor de justiça, uma testemunha e um guarda foram feridos.
Domingos Vieira da Silva escapou no pânico que se seguiu. Ele está sendo perseguido pela Polícia.

No jornal “Folha da Manhã”, atual Folha de S. Paulo, de 15/fev/1930, foi um jurado que foi assassinado:

na folha e

A pronuncia dos envolvidos na morte do Cidalino Gonçalves, (procuramos seus netos e bisnetos), e, do Delegado de Polícia de Penápolis-SP, Dr. Álvaro Martins Sevilha, em 1926:

Jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, n° 22.475, de 18/fev/1926, página 6:

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Violência política, em Penápolis-SP, na eleição nos municípios paulistas, de 30/out/1928,:

Jornal “Diário Nacional”, de São Paulo-SP, número 411, capa, primeira página
Edição de 04 de novembro de 1928, referente às
eleições municipais no Estado de São Paulo, de 30 de outubro de 1928,

P.R.P. Partido Republicano Paulista X PARTIDO DEMOCRÁTICO:

Leia mais abaixo, a íntegra da reportagem do “Diário Nacional”, órgão do Partido Democrático:

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Leia o PDF do “Diário Nacional” de 04/nov/1928:

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LEIA, abaixo, TUDO SOBRE 

A LENDA QUE FOI DOMINGOS VIEIRA DA SILVA

E O BÁRBARO ASSASSINATO DO DELEGADO de Polícia de Penápolis-SP,

Dr. ÁLVARO MARTINS SEVILHA, em 12/jan/1926

Em 12/jan/2026, serão os 100 anos do assassinato do Dr. Sevilha.

-Albertina, accuda-me que estou ferido!

-Albertina, accuda-me que estou ferido!

Procuramos os netos da Dona Albertina do Hotel, ou pensão, do bárbaro crime.

O Dr. Álvaro Martins Sevilha, delegado de polícia de Penápolis-SP, em 1926:

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Procuramos os filhos, netos e os bisnetos dos filhos do Dr. Álvaro Martins Sevilha:
Dulce, com 13 anos em 1926,
e,
Álvaro, com 12 anos em 1926.

Leia sobre os crimes de Penápolis-SP, sobre a Colônia do Avanhandava e mais notícias de Penápolis-SP nestas edições do jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP:

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Um delegado de polícia exemplar:

O Dr. Álvaro Martins Sevilha era daqueles delegados de polícia honestos, bacharel em direito, sem nomeação política (ver abaixo o artigo antológico “O BANDITISMO NO SERTÃO” do jornal “Folha da Manhã”, de São Paulo-SP), da “Polícia sem Política” do Dr. Washington Luís, secretário de segurança pública, em 1906, e, depois em 1920-1924, Presidente do Estado de São Paulo.

Como o Dr. Sevilha queria por ordem e mexer com poderosos, ver abaixo,

O Dr. Álvaro Sevilha era sempre transferido para outros municípios, ver na reportagem,

O Dr. Sevilha queria moralizar todo os lugares em que foi delegado de polícia.

Os políticos, os manda-chuva, faziam de tudo para estragar a “Polícia sem Política”, sempre dando um jeito de transferir o Dr. Sevilha para outro canto.

A POLÍCIA SEM POLÍTICA, no Estado de São Paulo, no Brasil:

Não mais os manda chuvas, os coronéis dos municípios nomeando o delegado de polícia.

“Coube ao então Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o Dr. Washington Luís, em 1906, modernizar a Força Pública, (hoje P.M.S.P), com a vinda de uma missão militar francesa, no governo estadual do Presidente Jorge Tibiriça Piratininga. (Naquele tempo dizia-se Presidente e não governador do estado).

O Dr. Washington Luís instalou a recém-criada Polícia Civil de São Paulo, nomeando apenas funcionário público de carreira formado em Direito para o cargo de delegado de polícia, não mais aceitando nomeações pelos líderes políticos locais: os coronéis, que ficaram, assim, com seu poder reduzido.
Esta modernização da Polícia Civil do Estado de São Paulo recebeu o nome de

“Polícia sem Política”.”

MATOU A FAMÍLIA E DORMIU EM CIMA DOS CORPOS

Saiba qual foi a maior tragédia da Imigração Japonesa no Brasil.

LEIA, abaixo, JORNAIS DA ÉPOCA, em

1926, DA CAPITAL PAULISTA, São Paulo-SP, DANDO PÁGINA INTEIRA SOBRE O CRIME DOS JAPONESES, na Fazenda Água Limpa, no BAIRRO rural PARAGUAI, em Penápolis-SP, (e, dando página inteira sobre Domingos Vieira da Silva)

leia tudo sobre o Massacre na Fazenda Água Limpa no Bairro Paraguai e a Família Kadotá

QUEM TEVE A IDEIA DO NOME PENNAPOLIS – ver abaixo

Baixe, e, salve os 3 PDF, abaixo, sobre a criação do Distrito de Paz, do Município, e, da Comarca de Penápolis-SP

Leia, abaixo, inédito:

Um descrição da vida dos colonos das “Terras do Avanhandava” em 1862.

Leia três documentos em PDF, da Assembleia Legislativa de SP, contando tudo de Penápolis-SP, por ocasião de criação do Distrito de Paz, do Município, e, da Comarca. Leia, salve, e divulgue.

A Festa da Padroeira. Ver, abaixo,

QUAL ERA NOSSA PADROEIRA EM 1862 na Colônia do Avanhandava?

Temos São Francisco de Assis, já tivemos Santa Cruz, e já tivemos NOSSO SENHOR DOS PASSOS,

mas já tivemos outra padroeira antes na Colônia Militar – VEJA ABAIXO quem foi e à qual faziam festa de 4 dias.

Leia o PDF abaixo com uma História e Casos de Penápolis-SP:

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O velho quartel da Colônia militar com seus tijolos enormes, e, o Salto do Avanhandava, a antiga usina e boa parte do Degredo e do Lajeado hoje estão sepultados no reservatório da Usina Hidrelétrica de Nova Avanhandava.

EM 2019, FORAM OS 100 ANOS DO

PRIMEIRO GRUPO ESCOLAR DE PENÁPOLIS-SP

Ver abaixo, a foto de seu primeiro diretor, prof. Waldomiro, PAI DO ESTADISTA Dr. Roberto Campos. 

Um imigrante português que veio para construir Penápolis-SP 

Será assassinado, em meio a um tumulto, e, a sua morte será notícia no THE NEW YORK TIMES, em 14 de fevereiro de 1930.

A única vez que Penápolis-SP foi notícia

no maior e mais importante jornal do mundo.

Saiba como aconteceu o bárbaro Crime do Fórum de Penápolis-SP em 11/fev/1930.

FERIMENTO penetrante no abdome COM ARMA DE FOTO.

MANOEL PEREIRA PACATO CIDADÃO, jardineiro, nós procuramos seus netos e bisnetos

Falecido no dia seguinte, (12/fev), ao Crime do Fórum.

Manoel Pereira morreu na madruga, 4 horas do dia 12/fev/1930, na Santa Casa de Penápolis-SP. 63 anos de idade, português e funcionário municipal.

Procuramos seus descendentes.

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O RIO TIETÊ, no Estado de São Paulo, no Brasil, com suas muitas curvas e muitas cachoeiras e os:

CAMPO DA VANHANDAVA, em mapa antigo: O mapa deve ser de antes de 1829, pois neste ano, ver abaixo, Hércules Florence já chamava o salto de “Salto do Avanhandava“:

Ser “Campo” quer dizer que já fora desmatado há tempos, provavelmente pelos índios, bem antes do povoamento da Região por volta de 1860?:

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Procuramos notícias sobre Penápolis-SP na Revolução de 1924, que faz 100 anos.

Penápolis-SP por Eugênio Egas em 1924:

Penápolis-SP, em 1924, com os seus 80 engenhos de cana-de-açúcar (caseiros, artesanais, tradicionais) antigos com a mesma tecnologia antiga de 500 anos.

Quando surgiu o Instituto do Açúcar e do Álcool, o IAA, nos anos 1940, os produtores de cana-de-açúcar se viram obrigados a entregarem sua produção para as usinas de açúcar e álcool, o que acontece até hoje em 2024.

Essa População de 43 mil habitantes abrangia regiões e  lugares que depois se tornaram outros municípios, ver acima.

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Uma Estação de trem, e, uma Cruz:

O Grande erro da E.F.N.O.B.

Partindo de Bauru-SP em 1906, já em 1910 os trilhos da N.O.B. chegaram ao Rio Paraná, na divisa SP-MT. A Construção da ferrovia foi rápida pela região ser plana e por não colocar pedras debaixo dos dormentes, o que levaria mais tempo para fazer. E a mata da região fornecia muita madeira para os dormentes.
Porém no lugar onde viria a ser Araçatuba-SP, e, que, em 1908, pertencia ao território de Penápolis-SP, a N.O.B. saia da região mais alta própria para café e sem geadas, e virava à direita para a beira do Rio Tietê até Lussanvira na atual Pereira Barreto-SP.
Encontrou, na beira do rio Tietê a malária, o paludismo, que matou muitos que trabalharam na obra. Paludismo, a causa mais frequente de mortes dos pioneiros.
Nos anos 1930, foi feita a variante longe da malária, de Araçatuba-SP a Andradina-SP e daí até o rio Paraná.
Penápolis-SP era para ser no Lajeado, perto do rio Tietê. Ali existia uma povoação no Lajeado, mas naquele trecho a Estrada de Ferro N.O.B. seguia pelas terras mais altas, e ao lado estação recém inaugurada em 1908, surgiu Penápolis-SP.

Os “MORADORES DO CARMO DO AVANHANDAVA” em 1859:

A PRIMEIRA NOTÍCIA SOBRE OS MORADORES DOS CAMPOS DO AVANHANDAVA, Arraial do Carmo do Avanhandava, onde hoje é a região do Lajeado em Penápolis-SP, em grande parte debaixo da represa de Nova Avanhandava.

Em 1859, já existia a povoação perto do Salto do Avanhandava. Esta povoação é anterior à instalação da Colônia Militar do Avanhandava criada no papel em 1858. Ou eram apenas algumas casas e alguns fazendeiros?, ver abaixo a polêmica.

A primeira notícia sobre moradores nas terras férteis do outro lado do Rio Tietê, gente vinda de Araraquara-SP, que era um município imenso, incluindo a hoje São José dos Rio Preto-SP.

A primeira notícia publica que encontramos sobre a povoação do Salto do Avanhandava.

Ou seja, primeiramente nós pertencemos a Araraquara-SP.

De “Moradores do Avanhandava” são chamados. Não tem o nome da povoação. Logo depois, ver abaixo, com a Colônia Militar instalada, será chamada de Colônia do Avanhandava.

A primeira notícia sobre os Colonos do Avanhandava saiu no jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, número 0845, de 19 de janeiro de 1859, página 2:

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Quando foi extinta a Colônia Militar do Degredo, do Avanhandava, criada no papel em 1858?

 O jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, dá notícia da Colônia em 1878, e, em edição de 1883, fala em “extinta Colônia”, ver abaixo.

Jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, número 0881, de 02 de março de 1859, primeira página, no alto da página, destaque do dia do Jornal:

Pioneiros e Fazendeiros no Salto do Avanhandava:

Logo no começo dos AGRICULTORES do SALTO DO AVANHANDAVA, em 1859, problemas com índios, com a nova lei de terras do Império do Brasil de 1850, e se pede uma estrada para, entre outros benefícios, facilitar a catequese de índios. Fala de assassinatos cometidos.

Terras férteis do outro lado do Rio Tietê. Não se fala ainda na Colônia Militar do Avanhandava:

O isolamento dos pioneiros do Avanhandava, em 1859: Eram vindos da Região de  Araraquara-SP:

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Mais assaltos de índios, depois de promulgada a Lei de Terras, do Império do Brasil, de 1850:

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UM DOCUMENTO HISTÓRICO, ANTOLÓGICO, SOBRE AS CONDIÇÕES DE VIDA NA COLÔNIA DO AVANHANDAVA

PÁGINA ESQUECIDA DA HISTÓRIA DE PENÁPOLIS-SP, E, AQUI RESGATADA E PUBLICADA PELA PRIMEIRA VEZ:

CASTILHOS e Goulart NA COLÔNIA DO AVANHANDAVA EM 1862

Publicado no jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, número 1891, de 27 de agosto de 1862, página 2 e 3

Não sabemos como essa povoação desapareceu do mapa nem da História: Uns diziam que a povoação era grande, outros diziam que eram apenas algumas casas e poucos colonos dispersos.

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PROCURAMOS OS DESCENDENTES DESSES PIONEIROS DE 1862 DA COLÔNIA DO AVANHANDAVA:

  • ZEFERINO José de CASTILHO 
  • JOSÉ ANTÔNIO de Castilho,
  • MANOEL Jacinto PEREIRA, e, de
  • CASIMIRO GOULART da Silva.

O José Antônio de Castilho é o pai do Eduardo José de Castilho que doou, em 1906, a área, o patrimônio do povoado da Santa Cruz do Avanhandava, hoje Penápolis-SP, ver abaixo.

Em 1911, o Coronel Dr. Cândido Mariano Rondon, visitou e pacificou os índios da Região da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, a N.O.B.

O Coronel Rondon fala em “Florestas do Avanhandava“.

Ou seja, mesmo povoada desde 1860, ainda restavam florestas na região dos Campos do Avanhandava. Ver abaixo descrição de Penápolis-SP, por Eugênio Egas, e as madeira de lei que ainda existiam nos anos 1920 em Penápolis-SP.

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Leia, abaixo, na página 5, do Jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, edição n° 17.178, de 28/mai/1911, a íntegra do texto em que o Coronel Rondon defende os índios caingangues:

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O Coronel, depois Marechal Rondon, é homenageado dando seu nome à principal rodovia da região da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, a N.O.B., a Rodovia Estadual Paulista Marechal Rondon, a SP-300.

A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, N.O.B., foi aberta em 1906, seguindo a partir de Bauru-SP, onde a Estrada de Ferro Sorocabana havia chegado em 1905, e onde chegou também a Companhia Paulista de Estradas de Ferro.

A N.O.B. chegou a Presidente Alves-SP, em setembro de 1906.

Em janeiro de 1907, a N.O.B. atingia Lauro Müller; em 1908, Penápolis-SP, e,  Araçatuba-SP, e, em 1910, atingia as margens do rio Paraná, em no Salto de Jupiá, de onde atravessaria o rio, de início com balsas, para se passar para o atual Mato Grosso do Sul.

Em 1914, a N.O.B. chegou a Campo Grande-MS.

Para se chegar a Corumbá-MS, na divisa com a Bolívia, era preciso atravessar de balsa o Rio Paraguai.

Somente, na década de 1940, quando se inaugurou a ponte sobre o Rio Paraguai, a N.O.B. chegou a Corumbá-MS, divisa com a Bolívia.

O trecho da N.O.B. entre Araçatuba-SP e Jupiá,  no rio Paraná, que até 1937 costeava o rio Tietê em região infestada de malária, foi substituído nesse ano por uma Variante, longe do Rio Tietê.

Variante que passou a ser parte do tronco principal da N.O.B., enquanto a linha velha se tornava o ramal de Lussanvira, (na atual Pereira Barreto-SP). Sendo que nos anos 1950 retirados os  trilhos do Ramal de Lussanvira.

Em 1957, a N.O.B. passou a fazer parte da R.F.F.S.A., Rede Ferroviária Federal.

A N.O.B. transportou passageiros até cerca de 1995, quando esse transporte foi suprimido. Em 1996, a R.F.F.S.A., deu a concessão da linha para a concessionária Novoeste, hoje, 2024, desativada.

A construção da linha foi rápida por ter muita madeira na região para os dormentes que eram postos diretos na terra, sem pedra por baixo, pedras que só foram colocadas perto de 1940.

Leia sobre Penápolis-SP, no site Estação Ferrovias:
http://www.estacoesferroviarias.com.br/p/penapolis.htm

De 1910 quando começam os registros de óbitos do Distrito de Penápolis-SP, até 1925, a grande causa mortis era a maleita, malária, paludismo. Em em 1918, a gripe espanhola.

Dedicamos esta página a estes pioneiros que tombaram com estas doenças na dureza da vida daqueles tempos.

UM SÉCULO DA COMARCA de PENÁPOLIS-SP,  em 10 de outubro de 2017

 UM SÉCULO de nascimento do estadista Dr. ROBERTO CAMPOS, em 17 de abril de 2017

Leia sobre as comemorações do Centenário do Estadista Dr. Roberto Campos, no Senado Federal do Brasil:

http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2017/04/12/sessao-solene-do-congresso-celebra-centenario-de-nascimento-de-roberto-campos 

LEMBRANDO que, em 2017, foram os 100 anos da criação da COMARCA DE PENÁPOLIS-SP. A Comarca de Penápolis-SP, porém, só foi instalada no começo de 1918.

Leia, abaixo, sobre a criação da Comarca de Penápolis-SP, a qual se ia até o Rio Paraná, na atual divisa de SP com o Mato Grosso do Sul.

O ESTADISTA Dr. ROBERTO CAMPOS, em PENÁPOLIS-SP:

Dr. ROBERTO DE OLIVEIRA CAMPOS – Cuiabá, 17 de abril de 1917 — Rio de Janeiro, 9 de outubro de 2001.

O Estadista deu seus primeiros passos em Penápolis-SP:

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E, lembrando que em 2017, fazem 100 anos do nascimento do Dr. Roberto de Oliveira Campos, estadista que passou a infância em Penápolis-SP, e cujo pai, o professor Waldomiro de Oliveira Campos,

foi o primeiro diretor do Primeiro Grupo Escolar de Penápolis-SP, QUE FEZ 100 ANOS EM 2019,,,,

(a atual E.E. Luís Crisóstemo de Oliveira), e, está enterrado em Penápolis-SP em 1922.

Leia, abaixo, sobre personalidades de Penápolis-SP, e, sobre personalidades que viveram em Penápolis-SP.

Leia mais sobre o Estadista Dr. ROBERTO CAMPOS, o homem mais lúcido do Brasil, que morou em Penápolis-SP, e, que, em 17/abr/2017, comemorou-se os 100 anos de seu nascimento.

Dr. Roberto Campos:

Aqui, foto tirada, em Penápolis-SP, em abril de 1921, (talvez em 17 seu aniversário), com o Dr. Roberto Campos, ao lado do pai dele.

O professor Waldomiro, morreria, poucos meses depois, em 1922, em Penápolis-SP.

Na foto abaixo, aparecem, também, um irmão, e, a mãe do estadista Ministro e embaixador,  Dr. Roberto de Oliveira Campos.

O menino estava destinado a colocar o Brasil no rumo do desenvolvimento

O Estadista deu seus primeiros passos em Penápolis-SP.

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Ao centro, o estadista Dr. Roberto Campos, quando criança, em Penápolis-SP,

em abril de 1921, ao lado da irmã, e, de seus pais

O pai do Estadista, o Professor Waldomiro, que foi o PRIMEIRO DIRETOR do centenário “PRIMEIRO GRUPO ESCOLAR” de Penápolis-SP, morreria logo depois, em 1922, em Penápólis-SP

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Jornal “Diário Nacional”, de São Paulo-SP, número 1.288, página 2, de 21 de outubro de 1931.

Inauguração do Colégio Coração de Maria:

O primeiro estabelecimento de ensino religioso da ~região da  E. F. Noroeste do Brasil:

Leia mais em:

https://www.cfcm.com.br/nossa-historia 

colegio pena

DATAS MAGNAS DE PENÁPOLIS-SP

A primeira casa foi inaugurada em 16 de agosto de 1908, data magna de Penápolis-SP

A Primeira Missa considerada Fundação do Povoado e Estação de Santa Cruz do Avanhandava aconteceu em 25/out/1908, na primeira casa de Penápolis-SP, casa que existe até hoje 2024.

Chegada do trem à nova estação de Santa Cruz do Avanhandava em dezembro de 1908.

O povoado de Penápolis-SP foi elevado à Distrito de Paz do Município e Comarca de São José do Rio Preto em 1909. Não tinha ponte no Rio Tietê, então era difícil ir até o Fórum de São José do Rio Preto-SP.

Por isto, em 1910, Penápolis-SP foi transferida para a Comarca de Bauru-SP. A comunicação de Penápolis-SP com Bauru-SP era mais fácil, pela Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, a N. O.B.

A História de Penápolis-SP, a história de seus antepassados é a sua história também porque

os seus antepassados vivem em você:

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Penápolis-SP, em 1939, e, a linha da Estrada de Ferro N.O.B.

10 ruas e 9 avenidas, cidade planejada, bem traçada:

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O Patrimônio de Nosso Senhor dos Passos, na década de 1880, no Lajeado, em Penápolis-SP, que não sabemos de sua ligação com a Colônia do Avanhandava que é anterior, de 1860:

Um patrimônio, termo muito usado no interior paulista, quer dizer que o lugar, o arraial é muito pequeno, não sendo ainda nem distrito de paz, não tendo juiz de paz nem cartório. Os habitantes do Arraial de Nossa Senhora do Carmo, na Colônia Militar do Avanhandava, pediram que o arraial fosse elevado, em 1862, à categoria de distrito de paz, mas não conseguiram.

  • Em 18 de maio de 1863, José Pinto Caldeira, registra, em Bariri-SP, a doação do Patrimônio de Nosso Senhor dos Passos, que seria o Padroeiro do depois chamado Bairro do Lajeado; Eram 100 alqueires de terra próximas à Colônia do Avanhandava. (Dar um patrimônio quer dizer ceder uma terra para uma igreja católica, o quarteirão da igreja e terras ao redor para construir moradias). Nota: Esta data de 1863 do Professor Fausto Ribeiro de Barros estaria certa (seria 1883?). Sabemos que em 1862 já existia um arraial com a invocação e orago de Nossa Senhora do Carmo, na região da Colônia Militar, ver acima.
  • Os poucos de sua Família Pinto Caldeira que sobreviveram ao massacre dos índios em 1886, deixaram o Lajeado. É provável que seja ele mineiro da região de Candeias-MG, onde os Pinto Caldeira são antigos e tradicionais.
  • Não achamos no jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, notícia do massacre feito pelos índios caingangues aos Pinto Caldeira e a outros, num total de 11 mortos, em 1886.

DOCUMENTOS SOBRE A COLÔNIA DO AVANHANDAVA:

Decreto Imperial do Brasil nº 5.405, de 17 de Setembro de 1873 –  Concede á Companhia Fluvial Paulista autorização para funccionar, e approva seus estatutos. Ver sobre a  navegação para a Colônia, abaixo:

https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-5405-17-setembro-1873-551551-publicacaooriginal-68080-pe.html

DECRETO IMPERIAL DO BRASIL nº 2.126 DE 23 DE MARÇO DE 1858 – Crêa huma Colonia militar na estrada, que vai da Villa da Constituição (Piracicaba-SP) em São Paulo á de Sant’Anna da Parnahyba (MS): 

https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-2126-23-marco-1858-556913-publicacaooriginal-77110-pe.html

Sensacional

BARCO DE PIRACICABA-SP até o Salto do Avanhandava e a Colônia Militar

Publicado no jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, em, 26 julho de 1862, edição número 1.866

Aqui se fala da Barca S. Domingos

Gente próspera e feliz plantadora de feijão em uma colônia militar bem administrada,

hoje esta gente é esquecida, estes devotos de N.S. do Carmo.

O Dia de Nossa Senhora do Carmo é celebrado em 16 de julho. É praticamente desconhecido hoje que tivemos a Padroeira Nossa Senhora do Carmo.

4 dias de festa: 13, 14, 15 e 16 de julho de 1862.

NOSSA SENHORA DO CARMO – PRIMEIRA PADROEIRA  DE PENÁPOLIS-SP

4 DIAS DE FESTA – ISTO QUE É FÉ DE VERDADE.

Procuramos informação sobre este Dr. Carmo Barros considerado bom administrador da Colônia Militar do Avanhandava. Tinha também um bom médico e um bom padre na Colônia Militar.
É preciso procurar informações sobre a Colônia Militar no Arquivo do Exército Brasileiro, onde pode ter registros de ali nascidos.

26 julho 62 2 avanhandava

Em 1861, os moradores do Arraial de N.S. do Carmo, bairro  no termo da Vila de Araraquara-SP, pediram, ao Presidente da Província de São Paulo, a criação de um distrito de paz junto à Colônia do Avanhandava, mas não foram atendidos.

Ver, abaixo, foto do livro “Achegas para a História de Penápolis-SP, 1767-1948”, do Professor Fausto Ribeiro de Barros .

Publicado no jornal “Correio Paulistano”,  de São Paulo-SP,

número 1.908, 17 de setembro de 1862, página 4

A gente da Colônia do Avanhandava ajudava o transbordo pelo Salto do Avanhandava que não era navegável.

oito

HÉRCULES FLORENCE DESCREVE

O SALTO DO AVANHANDAVA, em +- 1829

Diz que depois do Salto do Avanhandava, o Rio Tietê é outro rio, fica muito diferente:

“Dada a queda, parece o Tietê outro rio. Não tem mais largura de 200 a 300 braças;

é um canal de 15 a 20 braças que corre com tanta força quanto profundidade. As margens são rochas unidas.”

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A “PENNAPOLIS”,  (Penápolis-SP), DO NOSSO TEMPO ia ATÉ O RIO PARANÁ, e,

até o divisor de águas entre o Rio Feio (também chamado Aguapeí) e o Rio do PEIXE:

Nessa região hoje, 2024, tem Penápolis-SP e mais 56 municípios desmembrados de Penápolis-SP, ver acima.

Repare a antiga linha da N.O.B., Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, margeando o Rio Tietê e Rio Paraná,

o Ramal de Lussanvira.

Nota: Lussanvira ficava próximo da atual Pereira Barreto-SP.

Perto do Rio Tietê, muita malária, maleita, impaludismo, (paludismo), muitos trabalhadores mortos na construção da Estrada de Ferro N.O.B.

Nos registros de óbito da década de 1910 e 1920, em Penápolis-SP, há muito PALUDISMO como causa da morte.

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PENÁPOLIS-SP ia até o  Rio do Peixe e até o Rio Paraná;

Penápolis-SP foi boca do Sertão

Bons tempos

Antiga Estação e Povoação da  Santa Cruz do Avanhandava, hoje Penápolis-SP.

A paróquia, que abrangia área imensa, chamou-se, inicialmente, Curato de Santa Cruz do Avanhandava.

Só há poucos anos, foram criadas novas paróquias em Penápolis-SP.

 Foram criadas várias paróquias desmembradas do Curato de Santa Cruz do Avanhandava, desde os anos 1910, mas que, hoje, estão em novos municípios, desmembrados do Município de Penápolis-SP.

Penna – de Affonso Penna – Presidente da República do Brasil, que visitara a região da N.O.B., em março de 1908, chegando à ponta do trilho que naquele momento estava em Promissão-SP, e, que faleceu quando o povoado de Santa Cruz do Avanhandava nascia.

Penápolis-SP: sua história centenária, amada e preservada.

Nesses bons tempos, no território que em 1909 passaria a ser de Penápolis-SP, aconteceu o massacre pelos índios do Padre Claro Monteiro do Amaral, que junto com o massacre de Olsen e dos Pinto Caldeira mostra que se precisava muita coragem para povoar aqueles sertões, vencemos o desafio e Penápolis-SP é grande e próspera hoje.

O local do Massacre pelos desmembramentos de Penápolis-SP, hoje, 2024, fica no Bairro da Serrinha, em Alto Alegre-SP:

Até 1954, quando se emancipou Alto Alegre-SP, o local em que morreu Padre Claro Monteiro do Amaral ficava no Município de Penápolis-SP.

Uma lei de 1936, ver abaixo, fala do Bairro do Padre Claro, no Saltinho do Coroado, em Penápolis-SP:

LEI N.2.722, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1936

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO decreta e eu promulgo, a seguinte lei:
Artigo 1.º – Fica o Poder Executivo autorizado a Adquirir, por doação da Colonia Japoneza, bairro do Padre Claro, em Pennapolis, um predio destinado ao funccionamento da escola rural de Saltinho do Coroado.
Artigo 2.º – Esta lei entrará em vigôr na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrario.
Palacio do Governo do Estado de São Paulo, aos 18 de novembro de 1936.

“Padre Claro Monteiro do Amaral
1º Vigário de Aparecida 1.861 – 1.901
OS SINOS DOBRAVAM CLARO

OS SINOS DOBRAVAM CLARO

Naquele São Paulo antigo de 1901, em várias manhãs de maio e junho nos campanários de diversas igrejas os sinos multiplicavam-se afinados, gemendo na mesma sintonia, invocando as vibrações pela passagem de uma alma em busca das divinas alturas.

O mui venerando túmulo do Padre Claro Monteiro do Amaral em Alto Alegre-SP

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A família paulistana se reunia nos templos católicos em ofício fúnebre por intenção de um padre catequista, vítima da selvageria do último reduto bárbaro da raça dos “Kaingangues”.
Esse religioso por quem dobravam os sinos era Claro Monteiro do Amaral, um talentoso sacerdote e missionário catequista.

Homem de vocação, predestinado ao sacrifício e nobre filho de Pindamonhangaba-SP.
O gemer dos carrilhões marcava também a agonia de um povo bárbaro, infeliz e desassossegado, nação selvagem, que sobreviveu inquestionável por mais de quatrocentos anos de vida miserável e tormentosa pela força da audácia e indomável temperamento.

O notável livro sobre Padre Claro Monteiro do Amaral, livro o qual fala dos pioneiros de Penápolis-SP:

Livro do Professor Fausto Ribeiro de Barros, publicado em 1950.

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O martírio do novo apóstolo das selvas selava o destino final ás margens escuras e sinuosas do rio Feio, bairro da serrinha, município de Alto Alegre-SP, no dia 09 de maio de 1901, numa tarde silenciosa e sombria na tentativa de contato com os selvagens.

Chacinado pelos bugres morria o catequista e morria com ele a catequese em terras bandeirantes.

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Padre Claro Monteiro do Amaral

1º Vigário de Aparecida-SP

1.861 – 1.901

Seu túmulo pode ser visitado no bairro da serrinha com o apoio da equipe de Ecoturismo de Alto Alegre.

Atualmente, os kaigangues ocupam aproximadamente 300 áreas reduzidas distribuídas sobre seus antigos territórios, nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, sua população é de aproximadamente 34 mil pessoas.

No Estado de São Paulo, localizam-se nas Aldeias de Vanuire, em Tupã-SP, e a Aldeia Icatú, em Braúna-SP, e, mais duas reservas criadas recentemente.

Escrito por: Melchor Simão de Queiroz

Fontes: Rede de informações (Internet) e Livro “Padre Claro Monteiro do Amaral”    “

Os Penapolenses que festejaram, em 25 de outubro de 2008,

o Centenário da fundação de um povoado, hoje  Penápolis-SP,

não esquecem as histórias dos pioneiros, e, dos velhos tempos dos pioneiros.

2008: Centenário da primeira missa, 100 anos da fundação de Penápolis-SP

e,

2008: 150 anos da criação da Colônia Militar do Avanhandava, no Degredo, em 1858

Na foto abaixo, onde está São Francisco de Assis, havia uma Cruz de madeira, plantada em 25/out/1908:

  • A Santa Cruz do Avanhandava

Em 2019, o Primeiro Grupo Escolar, que aparece na foto abaixo, fez 100 anos, era dirigido, em 1919, pelo  Prof. Waldomiro Campos, pai do Estadista Dr. ROBERTO CAMPOS, ver acima.

Abaixo, a cerimônia, em 25/0ut/2008, da abertura da urna que guardava lembranças de 1958. Esta urna foi fechada no Cinquentenário de Penápolis-SP, em 25/out/1958.

50 anos depois, em 25/out/2008, outra urna de lembranças é lacrada e enterrada. Será aberta outra a nova urna em 25/out/2058.

Fotografia tirada, em 25/outubro/2008, em frente a atual E.E. Luís Crisóstemo de Oliveira, o velho “PRIMEIRO GRUPO ESCOLAR” de PENÁPOLIS-SP

O Primeiro Grupo Escolar  fez 100 anos em 2019

Na foto acima, em frente ao monumento a São Francisco de Assis, da direita para a esquerda estão:

A freira Ana Castilho, o Prefeito Municipal de Penápolis-SP João Luís dos Santos, depois, o homem que tinha lacrado e enterrado a urna aberta em 25/out/2008 e, os ex-prefeitos municipais de Penápolis-SP, Dr. Edson João Geraissate, e, o Dr. Ricardo Castilho, este no canto direito da fotografia

Na foto acima, a freira Ana Castilho, filha do Lindorio Castilho, neta do Fazendeiro Eduardo José de Castilho, que foi o doador das terras do Patrimônio da Santa Cruz do Avanhandava, (hoje Penápolis-SP), rezando, junto com o prefeito municipal de Penápolis-SP, o João Luís dos Santos, e, os ex prefeitos municipais de Penápolis-SP, Dr. Edson João Geraissate e Dr. Ricardo Castilho

 Presente também o cidadão que construiu, em 1958, no CINQUENTENÁRIO DE PENÁPOLIS-SP, a caixa em que foi encerrada as lembranças – Solenidade realizada, em 1958, em frente ao Primeiro Grupo Escolar de Penápolis-SP, no exato local onde foi plantada um Cruz, em 25 de outubro de 1908 

No Lugar da Cruz (do Avanhandava), hoje, está a estátua de São Francisco de Assis, (no fundo da foto)

Nesta outra foto, abaixo, dos 100 anos de Penápolis-SP, aparecem três ramos da Família Faleiros de Franca-SP, descendentes dos pioneiros:

Na foto abaixo, juntos, três descendentes de pioneiros francanos (vindos de Franca-SP, como grande parte dos pioneiros):

Ao lado da Primeira Dama do Município de Penápolis-SP, está Dona Sônia Faleiros de Castilho, (esposa do ex-prefeito municipal Dr. Ricardo Castilho), Paulo Silveira, e Zé Monteiro (vice-prefeito municipal de Penápolis-SP, em 2008) 

Os três (Paulo Silveira, ZÉ Monteiro, e, Dona Sônia Faleiros de Castilho) são descendentes de três ramos dos Faleiros francanos, pioneiros em Penápolis-SP, e, pioneiros em Franca-SP. Faleiros: Família açoriana no Brasil.

Paulo Silveira e Zé Monteiro são, também, da família pioneira em Penápolis-SP, de francanos, os Monteiro de Araújo, povoadores de Penápolis-SP.

Foram várias levas de francanos que vieram para construir Penápolis-SP.

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Leia e SALVE E DIVULGUE o Regulamento da Colônia Militar do Avanhandava-SP, a beira da estrada que ia de Piracicaba-SP para Paranaíba-MS, no atual Mato Grosso do Sul:

COPIE SALVE DIVULGUE ESTUDE:

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DECRETO IMPERIAL DO BRASIL nº 2.126 – DE 23 DE MARÇO DE 1858

Crêa huma Colonia militar na estrada,

que vai da Villa da Constituição (PIRACICABA-SP) em São Paulo á de Sant’Anna da Parnahyba (NO ATUAL MATO GROSSO DO SUL)

Hei por bem crear huma Colonia militar na estrada, que vai da Villa da Constituição, (atual Piracicaba-SP), em São Paulo á de Sant’Anna da Parnahyba, a qual será regida pelo Regulamento, que com este baixa, assignado pelo Marquez de Olinda, Conselheiro d’Estado, Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Secretario d’Estado dos Negocios do Imperio, que assim o tenha entendido, e faça executar.

Palacio do Rio de Janeiro, em treze de Março de mil oitocentos cincoenta e oito, trigesimo setimo da Independencia e do Imperio.

Com a Rubrica de Sua Magestade o Imperador.

Marquez de Olinda.

REGULAMENTO PARA A COLONIA MILITAR CREADA POR DECRETO DESTA DATA, NA ESTRADA QUE SHAI DA VILLA DA CONSTITUIÇÃO EM SÃO PAULO Á DE SANT’ANNA DA PARNAHYBA

CAPITULO I

Da Colonia e seu districto

Art. 1º A Colonia militar estabelecida por Decreto desta data, na estrada que vai da Villa da Constituição em S. Paulo á de Sant’Anna da Parnahyba em Matto Grosso, terá por districto não só huma legua quadrada, que será medida e demarcada, como todo o mais territorio, que for designado pelo Presidente da Provincia com approvação do Governo Imperial.

Art. 2º A Colonia será composta de 12 praças de pret e suas familias.

Art. 3º Além das praças de pret serão admittidos na legua quadrada, com approvação do Presidente da Provincia, até o triplo dos colonos da 3ª classe mencionados no art. 15 do Reg. Nº 820 de 12 de Setembro de 1851, preferindo-se os individuos que, tendo servido no Exercito, tenhão na conformidade da Lei direito a hum lote de terras, com tanto que sejão casados ou viuvos com filhos e laboriosos.

Art. 4º Serão tambem considerados colonos os operarios necessarios para os trabalhos da Colonia, e os estafetas, que forem contractados para o serviço do Correio.

Leia mais em:

https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-2126-23-marco-1858-556913-publicacaooriginal-77110-pe.html 

4 dias de festa para Nossa Senhora do Carmo, nos Campos do Avanhandava em 1862

A notícia dos colonos da Colônia Militar do Avanhandava em festa:

FESTA DA PADROEIRA NA COLÔNIA DO AVANHANDAVA

A PRIMEIRA PADROEIRA FOI NOSSA SENHORA DO CARMO

OS COLONOS ENFRENTARAM FORTE SECA NOS PRIMEIROS ANOS QUE SECOU OS RIBEIRÕES

Publicado, no jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, em 28 de agosto de 1862

A NOSSA PRIMEIRA PADROEIRA É NOSSA SENHORA DO CARMO, ISTO DERRUBA A HISTÓRIA SEMPRE CONTADA SOBRE PENÁPOLIS-SP QUE FALA SÓ DO PATRIMÔNIO DE NOSSO SENHOR DOS PASSOS.

O Texto dos viajantes foi escrito em 17 julho 1862, ver abaixo.

O Dia de Nossa Senhora do Carmo é celebrado em 16 de julho. Portanto, o texto foi escrito, no dia seguinte, pelos visitantes à Colônia do Avanhandava, depois de 4 dias de festas, 13, 14, 15, e 16 de julho de 1862. Para ter festa assim de 4 dias devia ser uma povoação já numerosa.

Publicado no jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, edição número 1.892, página 3, em 28 de agosto de 1862.

São poucos que hoje sabem que nossa primeira padroeira foi N.S. DO CARMO.

seis

continuação, dá a data e nome de três visitantes:

Linda descrição da povoação que existia na Colônia do Avanhandava:

7

Repare que chamam o local em 1862, de Avanhandava somente. 

Procuramos os netos e bisnetos de Joaquim Alves de Oliveira, Francisco Ferraz de Camargo Penteado e de Manoel Antônio do Amaral.

Nota sobre data de aniversário de municípios no Brasil:

A maioria dos municípios não sabe quando começou a ser povoado, nem quando começou a existir a povoação, o arraial, a área urbana.

São Paulo-SP sabe da data 25 de janeiro de 1554, por causa de uma carta do Padre José de Anchieta; então São Paulo-SP comemora seu aniversário no dia de fundação.

O município que não sabe a data de fundação escolhe, em geral, para aniversário, a data em que conseguiu sua autonomia administrativa, ou seja passou a ter um Câmara, passou a ser uma vila, um município.

Penápolis-SP sabe a data de sua fundação e comemora seu aniversário na data de sua fundação.

HISTÓRIA E DESCRIÇÃO DE PENÁPOLIS-SP

COM NOMES DE MORADORES PIONEIROS

SALVE E DIVULGUE ESTES 3 DOCUMENTOS COMPLETOS SOBRE O NASCIMENTO DE PENÁPOLIS-SP

OS DOCUMENTOS MAIS VALIOSOS DE PENÁPOLIS-SP, (depois destes, acima, da Colônia), são:

Estes documentos, abaixo, com lista de moradores pioneiros, processo de criação do Distrito de Paz, do Município, e, da Comarca de  Penápolis-SP. Constam reportagens de jornais e documentos e lista de moradores pioneiros.

Abra os PDFs, abaixo, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a ALESP:

(No Estado de São Paulo, na República, entre 1889 e 1947, os distrito de paz do se dividiam em DISTRITOS POLICIAIS, ver abaixo. Saiam leis estaduais elevando um Distrito Policial a Distrito de Paz).

E por lei, os distritos de paz, poderiam ser elevados à categoria de municípios, o que aconteceu muito no Oeste Paulista no século XX.

ABRA, SALVE, DIVULGUE, ESSES DOCUMENTOS ESSENCIAIS DA HISTÓRIA DE PENÁPOLIS-SP

Completa descrição de Penápolis-SP e nome dos pioneiros.

Documento da Criação do Distrito de Paz de Penápolis-SP:

0002_1909

Documento da Criação do Município de Penápolis-SP:

0047_1910

Este é o mais completo sobre a Comarca de Penápolis-SP, que faz 100 anos, em 2017, e, onde há muitas informações:

Documento da Criação da Comarca de Penápolis-SP:

Este não tem lista de moradores pioneiros de Penápolis-SP:

0003_1917

Nota: 

A fundação de Penápolis-SP, em 1908, não quer dizer que apareceu uma família pioneira, vinda de longe, e, que construiu a primeira casa isolada longe de todo mundo.

A primeira missa em Penápolis-SP, em 25/out/1908, foi assistida por muitos moradores vindos das fazendas próximas, e, pelos moradores da Povoação do Lajeado.

1908 – O Presidente  da República, o Dr. Affonso Penna vai até perto de onde logo depois surgiu Penápolis-SP.

Em março de 1908, O Presidente da República, Dr. Affonso Penna, vai até Cafelândia-SP, KM 125, então ponta de trilho da Estrada de Ferro Central do Brasil. Ver os mapas abaixo. 

O Dr. Affonso Penna morre logo em seguida, em 1909, e, então, dão o seu nome ao novo Distrito de Paz:

A Estação e Povoado de Santa Cruz do Avanhandava, fundada em 25 de outubro de 1908, passa a ser o DISTRICTO DE PAZ DE PENNAPOLIS-SP.

A construção da ferrovia N.O.B. era rápida. Não colocava pedra por baixo, dormente direto no chão, poeira para os passageiros, e dormentes apodrecendo logo. Isso até o empedramento e a construção da Variante na década de 1930. (Ver abaixo).

Em Março de 1908, os trilhos estavam em Cafelândia-SP; (no mapa abaixo, dito Presidente Penna, Km-125 da N.O.B.). E, em dezembro de 1908, os trilhos da N.O.B. já estavam em Penápolis-SP.

As ferrovias paulistas, no nosso tempo, em 1908, visitadas pelo Presidente da República, Dr. Affonso Penna:

MAPA VIAGEM PRESIDENTE REV.DA SEMANA 8-3-1908

Aqui, no Processo de Criação da Comarca de Penápolis-SP, a data de fundação da povoação de Santa Cruz do Avanhandava, hoje Penápolis-SP, é 16 de agosto de 1908, e, não 25/out/1908

QUANDO O FUNDADOR DR. MANOEL BENTO DA CRUZ INICIOU

A CONSTRUÇÃO DA PRIMEIRA CASA da nova povoação de Santa Cruz do Avanhandava, hoje Penápolis-SP

Outras datas marcantes aparecem no texto:

Juizado de Paz, Cartório, Coletoria de Impostos, Cadeia, e outros benefícios, tudo que uma comunidade precisa pra funcionar, foram conseguidos pela  nova povoação de Penápolis-SP já nos primeiros anos.

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DE ONDE SAIU O NOME PENNAPOLIS no Estado de São Paulo, Brasil:

pennapolis o nome

A atual Penápolis-SP, aqui como Distrito de Paz de Affonso Penna:

31168. 1909 Cria no município e comarca de Rio Preto, o distrito de paz de Afonso Pena, com sede no povoado e estação de Santa Cruz do Avanhandava, com emenda ao artigo 1º do projeto   Senado

O jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, de 14/out/1909, edição n° 16.591, primeira página, dá a criação do Distrito de Paz de  Affonso Penna, na povoação de Santa Cruz do Avanhandava.
Era permitido a povoação principal de um distrito de paz ter um nome, e o, distrito de paz ter outro nome.

A partir do Decreto-Lei Federal n° 311, de 1938, ver abaixo, a vila sede do distrito de paz tem o mesmo nome do distrito de paz.

distrito zero

distrito utm

distrito dois

dsitrito tres

Nome do Distrito de Paz de Affonso Penna, logo alterado para Distrito de Paz de Pennapolis-SP:

No jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, de 06/nov/1909, primeira página:

z distrito pena postar

OLHA AÍ: A PENÁPOLIS-SP DO  NOSSO TEMPO

O PORTO DO CRUZ, O SALTO, O LAJEADO,

O TIETÊ, o Tietezão, O rio das Monções, das Bandeiras

A ESTRADA VELHA E A ESTRADA NOVA DO LAJEADO

o RIBEIRÃO FARELLO, e, o Ribeirão Ferreira, na outra margem do Tietê

E, é exatamente no Ribeirão Ferreira que ficava a velha Colônia do Avanhandava.

É curioso que ela tinha o apelido de Degredo. Pela fama de quem ia para lá, não voltava.

No Degredo (nome do córrego e do lugar, perto do Lajeado), muitos pioneiros uberabenses e francanos se instalaram, no começo do século XX, no mítico DEGREDO.

Colônia do Avanhandava, boca do sertão.
Meio Caminho da estrada entre Piracicaba-SP e Itapura-SP

E DE BARCO DESDE PIRACICABA-SP

Clic na foto para ficar grande e ler melhor:

salto do ava

Em 01/nov/1928, o jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, na sua página 8, noticiava a GRANDE PONTE DO AVANHANDAVA então em construção.

Esta ponte, hoje, 2024, está no fundo do lago da Represa de Nova Avanhandava, no Rio Tietê:

grande ponte

Relembrando, 100 anos depois, em 2008, a data histórica de 25 de outubro de 1908, fundação da povoação

de Santa Cruz do Avanhandava na Estação do mesmo nome.

 N.O.B. – Estrada de Ferro Noroeste do Brasil – Estação de Santa Cruz do Avanhandava

2013 – 100 anos da criação do Município de Penápolis-SP, desmembrado do Município de Bauru-SP em 1913

2014 – 100 anos da instalação da Câmara Municipal de Penápolis-SP, em 1914; de um Município que era, então, muito extenso, ver mapas

Explicação sobre governos e administrações locais no Brasil:

No Brasil de, 1532 até 1930, eram todos os vereadores e outros oficiais das câmaras, gente do povo, que governavam as vilas e as cidades, e, a partir da Independência do Brasil, começa-se a usar a palavra município para o lugar que tem autonomia administrativa. 

De 1532 até 1830, as leis sobre o poder local no Brasil era as Ordenações do Reino, as mesmas vigentes em Portugal.

De 1830 até 1889, as câmaras municipais do Brasil obedeciam o Regimento das Câmaras do Brasil.

Depois, na República, a partir de 1889, variando de estado para estado, deixaram só alguns dos vereadores, (com o nome de intendente), governarem os municípios. ( o intendente equivale ao atual “vereador com pelouro” na administração municipal de Portugal).

 E, depois, a partir de 1906, no interior do Estado de São Paulo, por lei estadual, o poder executivo dos municípios fica a cargo de um prefeito municipal, eleito pela Câmara dos Vereadores, a qual ficou sendo só Poder Legislativo local.

Quando surgiu Penápolis-SP, já estava em vigor esta lei estadual paulista, de 1906, que estabelecia que haveria, em cada município do Estado de São Paulo, um prefeito municipal eleito pela Câmara Municipal, isso até 1930.

Leia a lei estadual paulista, abaixo, para entender como se organizava a administração de Penápolis-SP nos seus primeiros anos, e, até 1930:

LEI N. 1.038, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1906

Dispõe sobre a organização municipal no Estado de São Paulo

https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1906/lei-1038-19.12.1906.html 

A partir de 1930, muitos prefeitos municipais, em muitos lugares, então, eram gente de fora, nomeados pelos interventores nos estados. Interventores esses nomeados pelo Presidente da República, o Dr. Getúlio Dornelles Vargas.

O Município de São Paulo-SP teve a separação completa dos poderes, ainda na República Velha (1889-1930), na década de 1910, com eleição direta de prefeitos municipais, não mais pela Câmara Municipal, mas através do voto da população. Em Penápolis-SP, só a partir de 1947 se dão as eleições diretas para prefeito municipal.

Em Portugal, nada mudou:

Até hoje, 2024, a Câmara  Municipal é o Poder Executivo local, e, governa os municípios portugueses. Um governo colegiado, portanto, na administração local, em Portugal, diferente do prefeito municipal do Brasil, o qual governa sozinho. 

Lista de prefeitos municipais de Penápolis-SP:

https://www.penapolis.sp.gov.br/portal/galeria-de-prefeitos/

E da Velha Noroeste N.O.B., há muita história, ver abaixo, como a praga de Gafanhoto

1918 – O ano dos 5 G no Estado de São Paulo-SP:

Geada, Guerra Mundial, Greve Geral, Gripe Espanhola, Gafanhoto,

quando morreram centenas de penapolenses, e, havia um hospital de isolamento da Gripe Espanhola em Penápolis-SP.

Morríamos de Paludismo (malária, maleita, impaludismo), Em 1918, morreram muitos penapolenses de Gripe Espanhola.

“Da banda do Baurú,

Lá, na linha noroesta,

Cafanhoto era tanto,

Que parou um trem exprésso;

Pra pudê segui a viage

Precisô fazê promessa.”

A PENÁPOLIS-SP DO NOSSO TEMPO

em 1910

Miguel Calmon é Avanhandava-SP.

Itapura aqui é a antiga Itapura-SP, na foz do Rio Tietê.

A antiga Itapura-SP ficou debaixo das águas da Represa de Jupiá, no Rio Paraná.

Várias estações mencionadas não existem mais. Eram da linha antiga da N.O.B., na beira do Rio Tietê e do Rio Paraná. Ficou conhecido, depois como o Ramal de Lussanvira, na atual Pereira Barreto-SP.

Na década de 1930, foi construída a Variante da N.O.B., de Araçatuba-SP até Andradina-SP e Castilho-SP.

Aracanguá é a atual Santo Antônio do Aracanguá-SP, desmembrada de Araçatuba-SP, na década de 1990.

Lussanvira ficava perto da atual PEREIRA BARRETO-SP.

QUE SAUDADE DA POVOAÇÃO DO LAJEADO.

Ver abaixo mapa da N.O.B., e, um folheto com nome das estações antigas, do ramal de Lussanvira.

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Hino do cinquentenário, em 1958, de Penápolis-SP – Carmita Vaz de Melo Ahmad

Na noite alta, o silêncio é profundo,
Só se ouve das feras, o uivar,
E ao longe, o grito feroz e iracundo
Do índio selvagem disposto a atacar.

No meio da selva, enfrentando o jaguar,
Um punhado de bravos,
Pretendem uma cidade formar.

E na manhã seguinte,
Cintilante de luz,
Na clareira erguem
Um altar e uma cruz.

(O altar da primeira missa foi na primeira casa de Penápolis-SP, e,

a Cruz do Avanhandava ficava em frente ao 1° Grupo Escolar, onde hoje está a estátua de São Francisco de Assis)

E a cidade desponta,
Sob o olhar de Jesus,
E o trabalho fecundo
De Manoel Bento da Cruz!

E os fiéis Capuchinhos
Com denodo e oração
Vão abrindo os caminhos
Da Civilização.

Uma tentativa corajosa de povoamento e ocupação do Solo Brasileiro

Colônias Militares no Sertão – O Caso dos “Campos do Avanhandava” – o Degredo.

Militares do Exército Brasileiro, no tempo da Guerra do Paraguai, protegendo os heroicos e bravos pioneiros dos ataques dos Índios, COMO O CASO DOS PINTO CALDEIRA e os 11 pioneiros mortos pelos índios enterrados em vala comum no cemitério do Lajeado onde resta hoje só um túmulo.

(Não sabemos se esta estrada realmente existiu – Em 1878, o jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, fala sobre o Governo da Província de São Paulo construir uma estrada – A comunicação com a Colônia do Avanhandava era feita por navegação fluvial).

Leia o Regulamento da Colônia Militar do Avanhandava-SP, a beira da estrada que ia de Piracicaba-SP para Paranaíba-MS, no atual Mato Grosso do Sul:

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E quem eram os 5 fazendeiros citados no Relatório do Ministério da Guerra de 1862 que se instalaram em volta da Colônia Militar do Avanhandava?

Estes cinco fundadores dedicaram o Patrimônio a Nossa Senhora do Carmo:

Procuramos os nomes desses 5 pioneiros.

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Lei um pequeno livro sobre os índios coroados ou caingangues:

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Leia o livro “Sertões da Noroeste”. Use o CTRL-F para pesquisar a palavra colônia militar, e, a palavra Avanhandava:

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colonia descrição noroeste

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O jornal  “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, de 27 de agosto de 1862, publicando

carta de 25/JUNHO/62; dá os nomes de 4 pioneiros que assinam embaixo:

ZEFERINO JOSÉ DE CASTILHO

JOSÉ ANTÔNIO DE CASTILHO, pai de Eduardo José de Castilho

MANUEL JACINTHO PEREIRA

CASIMIRO GOULART DA SILVA

“SEUS NOMES FICARAM GRAVADOS NA NOSSA MEMÓRIA E JAMAIS SERÃO ESQUECIDOS”

Os Castilho estão até hoje em Penápolis-SP e doaram as terras do patrimônio.

Os  Goulart até a década de 1950 estavam no Degredo e Lajeado, ainda estão vários em Penápolis-SP

LER, ACIMA, CARTA DESTES PIONEIROS AO JORNAL “CORREIO PAULISTANO”, de São Paulo-SP

O TRISTE FIM DA COLÔNIA Militar DO AVANHANDAVA

O Jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, destaca na sua capa, em 07/fev/1878, edição número 6375, a decadência da Povoação do Avanhandava, dizendo que se acabar a Colônia Militar, restarão meia dúzia de pobres colonos desamparados e interromperia a comunicação com a Colônia Militar de Itapura-SP:

Leia na íntegra:

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3 decadencia

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100 anos, em 15/jan/2019, do bárbaro assassinato do Dr. Luiz Osório da Fonseca, faleceu no dia seguinte 16/jan/1919

A Edifício da CÂMARA DE VEREADORES de PENNAPOLIS-SP, construída em 1913, e que começou a funcionar em 1914, governando a “villa”,

foi palco do bárbaro assassinato, em 15/janeiro/1919, de um violento tiroteio, sendo atingido o vereador Dr. Luiz Osório da Fonseca; que faleceu aos 16/jan/1919, às 13 horas, em sua casa, na Avenida Central, onde residia, a qual recebeu, depois, o seu nome: Rua Luiz Osório.

O tiroteio foi muito grande, um empregado da Câmara Municipal se escondeu debaixo de uma mesa e só saiu dela quando acabaram os tiros.

O vereador Luiz Osório da Fonseca não morreu na hora, morreu em sua residência.

A informação passada para o jornal “O Estado de S. Paulo” por políticos de Penápolis-SP não seria exata, sendo controverso o que realmente aconteceu.

O jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, deu apenas uma nota no dia 17/jan/1919. O jornal quase todo, naquele dia, era dedicado à morte do Presidente  da República, o Dr. Rodrigues Alves.

Crime em Pennapolis

Do delegado de policia de Pennapolis, o Sr. Dr. Thyrso Martins, delegado geral, recebeu hontem, um telegramma communicando que durante a sessão da Camara Municipal, daquella localidade, e quando era dado posse ao vereador eleito Amadeu Laureani, deu-se um conflicto, sendo assassinado o vereador Luiz Osorio da Fonseca. Os assassinos foram presos.

Por determinação do Sr. Delegado geral, seguem para aquella localidade o medico legista regional de Botucatú e um contingente de praças de Baurú para reforço do destacamento local.”

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Na fachada da Câmara Municipal de Penápolis-SP, a data da construção, 1913

Cartório de Registro Civil do Distrito de Paz de Penápolis-SP, registro número 014 de 1919, folha 158 e 158 verso:
“””Aos dezesete dias do mez de janeiro de mil novecentos e dezenove, nesta cidade de Pennapolis, Districto de Paz, município e comarca de Penápolis, Estado de São Paulo, em meu cartorio compareceu Renato Dias de Aguiar, solteiro, maior, lavrador, natural deste Estado, residente neste districto, e p, digo, e exibindo attestado do Doutor Eurico Sodré, declarou que no dia dezesseis do dito mez e anno, ás treze horas em sua casa de moradia á rua Avenida Central desta cidade, vítima de hemorragia interna produzida por ferimento de arma de fogo, conforme attestado do referido médico, falleceu o Sr. Luiz Ozorio da Fonseca, com quarenta e oito annos de idade, casado, lavrador, brasileiro, natural de Porto Feliz, neste Estado, residente neste districto, do sexo masculino de côr branca, filho legitimo de Francisco Antônio da Fonseca e Dona Francisca Emília da Fonseca, casado que foi com Dona Maria Leite de Carvalho e do seu consorcio com esta teve treze filhos que são:

Alcindo Fonseca,

Argemiro Fonseca,

Olinda? da Fonseca,

Corina Fonseca,

Bertha Fonseca,

Horácio Fonseca,

Álvaro Fonseca,

Mariano Fonseca,

Dulce Fonseca,

Paulo Fonseca,

Acacia Fonseca,

Rita Fonseca e,

Olga Fonseca,

e não deixou bens algum a inventariar.(NÃO TINHA BENS A INVENTARIAR? Com casa e 13 filhos?)
O seu cadaver sera inhumado no cemiterio desta cidade Do que para constar lavrei este termo, que lido e declarado conforme vae devidamente assignado Eu, Andrelino Vaz de Almeida, official do registro civil, que o escrevi e assigno
Renato Dias de Aguiar
Andrelino Vaz de Almeida””‘

Nota: Nós procuramos os descendentes do Dr Luiz Osório da Fonseca.

Os nomes de Penápolis-SP:

A partir de 1889, a República no Brasil cortou centenas de nomes religiosos que tinham as povoações no Brasil. No nosso caso, passamos de Santa Cruz do Avanhandava para Penápolis-SP.

NOSSA SENHORA DO CARMO, Nosso Senhor dos Passos, SANTA CRUZ, São Francisco de Assis:

Santa Cruz do Avanhandava, colônia, estação, povoação, depois vila, e depois, município, com o nome de Penápolis-SP.

Morreu o Presidente da República, Dr. Affonso Penna, e, mudaram o nome para PENNAPOLIS-SP. Inicialmente pensou-se em “Affonso Penna” para o nome do Distrito de Paz, ver acima.

Isso aconteceu com a nossa Santa Cruz do Avanhandava, com a atual Siqueira Campos-PR, e, com Rio Branco-AC, que também já se chamaram PENNAPOLIS.

Triste Brasil em que não se dá valor aos de casa e colocam nome de gente de fora que nunca passaram pelo lugar e tirar os nomes religiosos.

O BÁRBARO ASSASSINATO DE CRISTIANO OLSEN EM 1910 PELOS ÍNDIOS CAINGANGUES:

Em Araçatuba-SP, quando esta pertencia a Pennapolis-SP, os índios mataram barbaramente o agrimensor Christianno Olsen, à beira da linha da Noroeste, na Fazenda do Baguassu.

Foi enterrado em Penápolis-SP,  na Necrópole Santa Cruz, foi colocado uma cruz muito alto em seu túmulo.

O Cemitério de Penápolis-SP, Necrópole Santa Cruz, tem livros só a partir de 1914, por isso não achamos o túmulo do Cristiano Olsen.

O óbito de Cristiano Olsen:

Primeiro Livro de óbitos do Distrito de Paz de Penápolis-SP, Registro número 09, folha 03, ano de 1910:

“Aos treis dias do mez de julho de mil novecentos e dez nesta povoação e districto de Pennapolis, Estado de São Paulo, em meu cartorio compareceu Felin Olsen não exibindo attestado de medica e a vista das testemunhas declarou; fque no dia dois de julho de mil novecentos e dez, as treis horas mais ou menos, na Estrada de Ferro Noroeste do Brasil no lugar denominado Fazenda do Baguassu faleceu CHRISTIANO OLSEM, victima de ataque dos Selvagens, natural da Dinamarca, agrimenssor casado filho de Luis Olsem, e de Mausir Olsem, ambos dinamarqueses residentes no municipio de Monte Alto comarca de Jaboticabal, o falecido era casado com Dona Francisca Olsem residente na Povoação do Lageado deste Districto E para constar lavrei este termo que assigno Eu Tertuliano Figueira, escrivão interino e José Marques de Souza Felin Olsen Virgilio Eimael
Em tempo, o fallecido tinha trinta e cinco anos de idade. foi sepultado os restos no cemitério desta povoação.”

Em 1910, Olsen foi homenageado com a Praça do Boi, em Araçatuba-SP, tendo o seu nome Olsen, ele que é bisavô da atriz Giulia Daysi Gam.

Morto Rui Barbosa, em 01/mar/1923, a Praça perdeu o nome de Cristiano Olsen e passou a se chamar Praça Rui Barbosa.

Nota: nos documentos da criação da vila se diz que, em 1910, já havia cemitério em Penápolis-SP

O cemitério antigo do Lajeado foi abandonado, muitos restos mortais levado para o cemitério de Penápolis-SP, e,  resta um único túmulo nesse cemitério do Lajeado, onde não sabemos mais onde era a cova coletiva dos 11 pioneiros mortos pelos índios caingangues em 1886.

No entanto, os livros da Necrópole Santa Cruz, de Penápolis-SP, só começam em 1914.

Por volta de 1930, o nome foi encurtado de PENNAPOLIS-SP para PENÁPOLIS-SP, e, passou a ter acento no A.

O SONHO DA NAVEGAÇÃO ATÉ O SALTO DO AVANHANDAVA

Decreto da Província de São Paulo nº 5.405, de 17 de Setembro de 1873

EMENTA: Concede á Companhia Fluvial Paulista autorização para funccionar, e approva seus estatutos.

TEXTO – PUBLICAÇÃO ORIGINAL

  • Coleção de Leis do Império do Brasil – 1873, Página 729 Vol. 2 (Publicação Original)
Origem: Poder Executivo

PARECER E PROJETO DA CRIAÇÃO do DISTRICTO DE PAZ DE PENNPAPOLIS,

no MUNICÍPIO E COMARCA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP

O citado cemitério seria o Cemitério do Lajeado?

A Necrópole Santa Cruz tem seu primeiro livro com data de 1914.

Mortos antes de 1914 foram registrados em quais livros e onde?

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ALGUMAS LEMBRANÇAS do Salto do Avanhandava,

do Lajeado, do Degredo, da Colônia Militar, de Penápolis-SP:

Penápolis-SP que já foi uma estação de trem e a venda do português Seo Ventura, que morreu em Birigui-SP. (a palavra Birigui é nome de um mosquito). MANUEL DOMINGOS VENTURA.

Muitos dos pioneiros chegaram, à Penápolis-SP, a então Estação de Santa Cruz do Avanhandava-SP, de carro-de-boi de Uberaba-MG, em 1912.

(e, os mais antigos ainda chegaram ao Lajeado, onde existiu uma povoação que não prosperou, e que depois transferida para o local atual, para ficar ao lado da Estação de Trem)

Famílias inteiras buscando vida nova, com recém casados e mães com crianças no colo, como o futuro Frei José (Garibaldi Celso Vaz de Melo), no colo de sua mãe Dona Emília Monteiro (a Dona Bia), em viagens que duravam um mês.

Frei José Vaz de Melo, irmão da poetisa Carmita Vaz de Melo Ahmad

Leia mais sobre o Frei José e sua família Monteiro de Araújo que fizeram uma viagem a cavalo e em carros de boi, de Uberaba-MG para Penápolis-SP em 45 dias. A comitiva dos Monteiro de Araújo  chegou ao Lajeado em 25 de setembro de 1912:

Muitos dos recém chegados ficavam semanas na Pensão do Seo Manuel Domingues Ventura, ou ficavam em barracas, no ‘Acampamento dos Pioneiros,‘ até se construir uma casinha no sítio, recém comprado, que ainda era puro mato, no Sertão da Noroeste.

O Seo Ventura, depois, foi para Birigui-SP, onde é nome de rua. Procuramos seus descendentes.

O norueguês agrimensor Christiano Olsen, de 35 anos de idade, barbaramente martirizado, assassinado e assado pelos índios caingangues, em 1910. A atriz Giulia Gam é bisneta do velho Olsen.

A Família do velho Olsen vive no interior do Estado de São Paulo.  Sua neta, mãe de Giulia Gam, vive ainda em Penápolis-SP.  Colocou-se uma grande cruz em seu túmulo, talvez no antigo Cemitério do Lajeado.

Neste velho cemitério do Lajeado, jaz abandonada, a vala comum dos 11 heróis pioneiros massacrados pelos índios caingangues, coroados, em 1886.

Triste Brasil que tiraram o nome da Praça do Boi de Araçatuba-SP de Praça Christiano Olsen para dar nome ao finado Rui Barbosa que foi morto, naquele ano de 1923, e, que nunca tinha pisado em Araçatuba-SP. Uma das barbaridades que acontecem no Brasil. É lógico que a Praça do Boi, a Praça Rui Barbosa, no centro de Araçatuba-SP, tem que voltar a se chamar Praça Cristiano Olsen.

Araçatuba-SP, naquele tempo do bárbaro assassinato do velho Olsen, pertencia à  Penápolis-SP.

As enormes perobeiras à beira dos ribeirões.

PENÁPOLIS-SP, em 1951

A minúscula Companhia Paulista de Força e Luz do Avanhandava-SP, da década de 1920. Há muito tempo sumida debaixo d´água da Represa da Usina Hidrelétrica de Nova Avanhandava, de 1983.

Também debaixo d´água, a Usina de Avanhandava construída pelo velho Adhemar de Barros, governador do Estado de S. Paulo (1947-1951).

Seo Tarcísio Gabriel das Neves, filho de pioneiros francanos, da Livraria Católica, relembrando o seu pai, um pioneiro, carreiro, que “puxava” sal e outros gêneros alimentícios, em carro-de-boi, entre Penápolis-SP e Franca-SP.

Vinham da região de Franca-SP e chamavam amigos e vizinhos para as novas terras.

Em 2016, o velho Seo Tarcísio, com 90 anos, era criador premiado de orquídeas.

Os pioneiros, recebendo, em 1958, com muito orgulho, no Cinquentenário de Penápolis-SP, o título de Cidadão Honorário Penapolense.

CLIC NA FOTO PARA AMPLIAR

Este é o diploma do Seo Juquinha, (Seo João Júlio da Silveira, um francano com passagem por Uberaba-MG), carpinteiro, lavrador e carreiro

Esse pioneiro da Família Monteiro de Araújo construiu os carros de boi e os consertava na viajem de um mês e meio de Uberaba-MG até o Lajeado, em 1912

O velho Juquinha que dirigiu a comitiva dos Monteiro de Araújo que saiu de Uberaba-MG, em 1912, em 15 de agosto  da Fazenda Badajós, para o Lajeado, em viagem com vários carros de boi, de 45 dias, chegando ao Lajeado em 25 de setembro de 1912,

e antes também veio trazendo outros Monteiro como, em 1911, o João Monteiro de Araújo, pai do Quinca Monteiro;

com eles, em 25/set/12, chegou um bebê, depois Frei José, autor do texto sobre Penápolis-SP transcrito abaixo, e, irmão da poetiza Carmita Vaz de Mello Ahmad

Queixas contra a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, a N.O.B.:

21 horas a viajem de Lins-SP a Bauru-SP, sem alimentação, vagões tombados à beira do caminho.

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E em perigos e guerras esforçados mais que prometia a força humana novo reino construíram que tanto sublimaram.
E quais perigos os heróis pioneiros de Penápolis-SP enfrentaram:
 
Escorpião, gafanhoto, cobra, onça, malária (paludismo – maleita – impaludismo), gripe espanhola, e índios.
Paludismo, a maior causa de morte até 1925, sendo que em 1918 e 1919 muita morte por gripe espanhola.
 
Logo que chegaram os frades italianos em 1906 já tiveram notícias de heróis pioneiros trucidados por índios.
Não desistiram e  construíram Penápolis-SP. 
 
Plantando cidades no Oeste Paulista nos começos do século XX:
 
Povoações que do dia pra noite crescem e viram municípios devido ao se rápido progresso,
 
este também foi o caso de Penápolis-SP, elevado à categoria município em 1913, desmembrado de Bauru-SP,
Ver o documento completo, abaixo, nos links da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a ALESP, na época era chamada de Congresso do Estado de São Paulo porque tinha deputados e senadores estaduais.
Graças ao Café e à Estrada de Ferro:
A Emancipação – O “self government”, como diz a ALESP:
 
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Os textos abaixo são do Frei José Vaz de Melo, batizado como Garibaldi Celso, e, de sua irmã Carmita Vaz de Melo Ahmad.

O Frei José e a Carmita são filhos do professor Altino Vaz de Melo, pioneiro no jornalismo em Penápolis-SP, e, editor de jornal pioneiro em Penápolis-SP: “O PENNAPOLENSE”.

Os textos abaixo mostram a vocação incrível dos Vaz de Mello para o jornalismo; atividade que exerciam em Uberaba-MG. Os Vaz de Melo também são pioneiro da Educação em Uberaba-MG.

O Frei José tinha o nome de batismo: Garibaldi Celso.

Em 1914, apenas dois anos depois de chegar à Penápolis-SP, vindo de Uberaba-MG, o Professor Altino Vaz de Melo lançou seu jornal pioneiro em Penápolis-SP – “O PENNAPOLENSE”. O professor Altino também foi pioneiro na Educação em Penápolis-SP, ver abaixo.

1° Foto: EDUARDO JOSÉ DE CASTILHO E ESPOSA.
Doaram o Patrimônio da Santa Cruz do Avanhandava, em 1907.

Os Castilhos foram pioneiros na Colônia Militar do Avanhandava, ver acima.

Os documentos que publicamos, acima, da Colônia do Avanhandava mostram os Castilhos já em 1862 na região dos Campos do Avanhandava.

Os bravos Pinto Caldeira são da provavelmente da  região de Candeias-MG, tradicionais lá.

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Aqui, na casa da foto, aconteceu a primeira missa na nova povoação de Santa Cruz do Avanhandava, em 25 de outubro de 1908, e, a posse do primeiro diretor dos frades capuchinhos de Trento, Itália; data considerada o dia da fundação de Penápolis-SP.

A primeira casa de Penápolis-SP ainda está de pé até hoje.

É comparável ao Pátio do Colégio em São Paulo, que aliás não tem mais a construção original.

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Texto da Carmita Vaz de Mello Ahmad

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OS PINTO CALDEIRA, depois do ataque dos índios os sobreviventes fugiram para o outro lado do Rio Tietê, no rumo de São José do Rio Preto-SP.

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Jornal “Diário Nacional”, de São Paulo-SP, número 411, capa, primeira página
Edição de 04 de novembro de 1928,
referente às eleições de 30 de outubro de 1928,
PRP x Partido Democrático
violencias um
violencias dois
violencia tres
violencias quatro

LOGO QUE CHEGOU a Penápolis-SP, o FREI BOAVENTURA DE ALDENO, dos frades capuchinhos de Trento na Itália, em 1906, teve notícia de mais um massacre dos índios contra os pioneiros brancos:

“O lugar era perigosíssimo pelas “correrias” dos selvagens.

Basta dizer que poucos dias antes,

haviam assassinado barbaramente três pobres lavradores das vizinhanças”.

 
Leia o depoimento do Frei Boaventura de Aldeno, em 1906, dois anos antes da primeira missa fundação de Penápolis-SP:
A citada casa de tábua ainda existe e teve o início de sua construção pelo Dr. Manuel Bento da Cruz, em  16 de agosto de 1908, data que já foi (ver acima) data de fundação da nova povoação.
 
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Nota: Não foi fundação de cidade e sim de uma povoação, a Povoação e Estação da Santa Cruz do Avanhandava.

Como vimos acima, no processo de criação da Comarca de Penápolis-SP, dá-se outra data para a fundação de Penápolis-SP.

O “MUNNICIPIO DE PENNAPOLIS”-SP que era bem maior em tamanho, em extensão, quando de sua instalação em 1914, e, compreendia vários distritos de paz, que, hoje, são municípios, que foram desmembrados de Penápolis-SP.

O que é um Município no Brasil, que, em 2024, tem 5.569 municípios – O Estado de São Paulo tem 645 municípios.

Município quer dizer que tem governo próprio, uma câmara municipal administrando NÃO SÓ a cidade, QUE É A SEDE DO MUNICÍPIO, mas também administrando os distritos de paz, os bairros rurais, e, a zona rural do município.

A  palavra município não era usada quando o Brasil fazia parte de Portugal.

As vilas e cidades do Brasil-Colônia se dividia em freguesias. No Brasil-República, os municípios são divididos em distritos de paz. 

A partir da Revolução de 1930, todos os municípios do Brasil passaram a ter prefeitura municipal. Muitos municípios já tinham prefeito municipal, eleito pela Câmara de Vereadores, inclusive todos do Estado de São Paulo.

Em Portugal, se manteve a Câmara Municipal até hoje como um governo colegiado eleito pelo povo que administra as vilas e cidades de Portugal. Em Portugal ainda o Município, (lá em Portugal, desde a idade média até a Constituição de 1976 se dizia Concelho), ainda tem como sua sede uma vila ou uma cidade.

Aqui no Brasil, como dito, e, de 1938 em diante:

A sede do município tem a categoria de cidade e lhe dá o nome

A sede dos municípios na época podiam ser vilas ou cidades. A partir de 1938, no Brasil, toda sede de município passou a ser cidade e lhe dá o nome (ao município).

No Brasil, a partir de 02/mar/1938, pelo Decreto-Lei Federal nº 311, todas as sedes de municípios passam a ter a categoria de cidade.

DECRETA:

Art. 1º Na divisão territorial do país serão observadas as disposições desta lei.

Art. 2º Os municípios compreenderão um ou mais distritos, formando área contínua. Quando se fizer necessário, os distritos se subdividirão em zonas com seriação ordinal.

Parágrafo único. Essas zonas poderão ter ainda denominações especiais.

Art. 3º A sede do município tem a categoria de cidade e lhe dá o nome.

Art. 4º O distrito se designará pelo nome da respectiva sede, a qual, enquanto não for erigida em cidade, terá, a categoria de vila.

Parágrafo único. No mesmo distrito não haverá mais de uma vila.

Art. 5º Um ou mais municípios, constituindo área contínua, formam o termo judiciário, cuja sede será a cidade ou a mais importante das cidades compreendidas no seu território e dará nome à circunscrição.

Art. 6º Observado, quanto à sede e à, continuidade do território, o disposto no artigo anterior, um ou mais termos formam a comarca.

Em 1913, em um livro dos municípios do Brasil, existe a informação que existiam vilas que não eram sede de municípios. 

Um município novo é sempre desmembrado de outro – Penápolis-SP foi desmembrado de Bauru-SP  e  Araçatuba-SP e outros foram desmembrados de Penápolis-SP

Saiu a reportagem no grande jornal que Penápolis-SP teve o “COMARCA DE PENÁPOLIS” do velho Seo Raul Frochero Casasco.

Outro grande jornal foi “O PENNAPOLENSE”, do Professor Altino Vaz de Mello, (cuja família Vaz de Melo era de educadores e jornalistas em Uberaba-MG), inaugurado em 1914.

PENÁPOLIS-SP, em 1914, ficou independente de Bauru-SP.

Penápolis-SP, em 1914, já era chamada de cidade. Em 1913 em documentos ainda era vila. Nunca achamos nenhuma lei elevando Penápolis-SP de vila à cidade.

Só em 1938, que pelo Decreto-Lei Federal n° 311, todas as sedes de municípios receberam o título de cidades. Até então, 1938, as pequenas sedes de municípios, menos importantes, eram vilas.

E vilas, no Brasil, a partir de 1938, passaram a ser as sedes dos distritos de paz, não podendo ter mais de uma vila por distrito de paz.

Ata de Posse dos primeiros vereadores em 11 de maio de 1914:

Em 1956, o jornal COMARCA DE PENÁPOLIS, de 6 de maio de 1956, do Dr. Raul Forchero Casasco, comemora os 42 anos da instalação, em 1914, do Município de Penápolis-SP:

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A notícia do bárbaro assassinato do Delegado de Polícia, Dr. Álvaro Martins Sevilha, de Penápolis-SP, e, os telegramas da Estrada de Ferro N.O.B:

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Penápolis-SP não esquece a antiga Estação de Trem que ficava à esquerda da atual Estação. Ficava perto da primeira casa de Penápolis-SP, que ainda existe.

O antigo Campo da Aviação, na Vila Fátima, (o local do campo de aviação é hoje um bairro de Penápolis-SP), com seus “teco-tecos“, os “CAP-4 Paulistinha”, (CAP é Companhia Aeronáutica Paulista).

Paraquedistas, a “Esquadrilha da Fumaça” com seus gloriosos aviões T-6. O saudoso Correio Aéreo Nacional com sua linha até o Paraguai. Veio a Revolução de 1964, e, os paraquedistas sumiram.

O “Clube de Planadores de Penápolis-SP“. O “Syndicato Condor” decolando seus aviões Junkers alemães para o Mato Grosso (e ao atual MS). Bons tempos que cidade pequena, no Brasil, tinha linha aérea regular de passageiros e de correios.

Os passeios no Salto do Avanhandava que, nas palavras da Carmita Ahmad, o salto:

Serpenteia em meneios coleantes, em alvéo de pedras,

rumoreja a caudal de espumas borbulhantes do Tietê em fina benfazeja“.

Salto bonito com linda mina d´ água.

Os banhos e as pescarias no Ribeirão do Lajeado.

O “Porto do Cruz” e a velha “Estrada Velha do Lajeado“.

O célebre “Tenente Galinha”João Antônio de Oliveira, da Escolta de Capturas da “Força Pública do Estado de São Paulo”, (a atual Polícia Militar do Estado de São Paulo), caçador de criminosos no Sertão da Noroeste, e também, barbaramente assassinado, em 1912.

Em 16/jan/2019, foi os 100 anos do assassinato do Dr. Luiz Osório da Fonseca

O  DOUTOR LUIZ OSÓRIO DA FONSECA, vereador assassinado na Câmara Municipal de Penápolis-SP

Um bárbaro crime político no sertão

100 anos, em 2019, do bárbaro assassinato do Dr. Luiz Osório da Fonseca

A Edifício da CÂMARA DE VEREADORES de PENNAPOLIS-SP, construída em 1913, e que começou a funcionar em 1914, governando a “villa”,

foi palco do bárbaro assassinato, em 1919, do Dr. Luiz Osório da Fonseca;

a Avenida Central, onde residia, recebeu, depois, o seu nome: Rua Luiz Osório.

camara pena

Os penapolenses escreveram corretamente no túmulo do Dr. Luís Osório da Fonseca: MUNICÍPIO.

Sim. Foi todo o município, e não só a cidade chorou sua morte. Também choraram os distritos de paz (como Araçatuba-SP ainda distrito de Penápolis-SP, em 15 de janeiro de 1919), e, a zona rural, choraram sua morte.

Assim está escrito no seu túmulo:

O MUNICÍPIO REVERENCIA A MEMORIA DE LUIZ OSÓRIO DA FONSECA

QUE COMO VEREADOR TOMBOU NO CUMPRIMENTO DO DEVER

16 DE JANEIRO DE 1919 – Túmulo 526, quadra 2, parte velha do Cemitério Necrópole Santa Cruz, em Penápolis-SP.

A dureza da política daqueles tempos e o bárbaro assassinato do Dr. Luís Osório da Fonseca, em 15 de janeiro de 1919, metralhado dentro da Câmara Municipal de Penápolis-SP. No seu túmulo em Penápolis-SP, em uma placa, está a gratidão do município pelo vereador que morreu no  cumprimento do seu dever cívico e patriótico.

O tiroteio foi imenso. Um rapaz, empregado da Câmara Municipal, escondeu-se debaixo da mesa até acabar o barulho.

A Avenida Central em que residia, então passou a levar o seu nome, a rua Luís Osório, que ainda é uma rua de comércio.

O jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, deu apenas uma nota no dia 17/jan/1919. O jornal quase todo naquele dia foi dedicado à morte do Presidente  da República, o Dr. Rodrigues Alves.

Não é dado os nomes dos assassinos:

Crime em Pennapolis

“Do delegado de policia de Pennapolis, o Sr. Dr. Thyrso Martins, delegado geral, recebeu hontem, um telegramma communicando que durante a sessão da Camara Municipal, daquella localidade, e quando era dado posse ao vereador eleito Amadeu Laureani, deu-se um conflicto, sendo assassinado o vereador Luiz Osorio da Fonseca. Os assassinos foram presos.

Por determinação do Sr. Delegado geral, seguem para aquella localidade o medico legista regional de Botucatú e um contingente de praças de Baurú para reforço do destacamento local.”

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Homenagem da Zona da Noroeste do Brasil, N.O.B., ao Presidente do Estado de São Paulo, o Doutor Júlio Prestes de Albuquerque, quando de sua visita a nossa região, em 1928:

Jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, de 26/set/1928:

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homangem-dois

A LENDA QUE FOI DOMINGOS VIEIRA DA SILVA

EM RESUMO FOI ASSIM:

Domingos Vieira da Silva MANDOU MATAR O DELEGADO de Polícia de Penápolis-SP, em 12/jan/1926,

NÃO FOI SEU PRIMEIRO CRIME a ser notícia em São Paulo-SP:

Domingos Vieira da Silva JÁ SAIA NOS JORNAIS DA CAPITAL, na “Folha da Noite”, de São Paulo-SP, em 1922, ver abaixo

Domingos Vieira da Silva não foi indiciado pelo do crime de 1926, NO INQUÉRITO EM 1926,

Domingos Vieira da Silva, em um tribunal do júri, em Penápolis-SP, em 1930, quando o crime de 1926 foi lembrado pelo advogado, Domingos ATIROU,  NO FÓRUM, NO JURI,, e na rua, SAIU NO THE N.Y. TIMES.

NÃO DEU NADA,,, ERA MUITO ESTIMADO,, LENDÁRIO,,, COM MUITOS CAUSOS DELE.. MORREU PACATAMENTE DE TÉTANO em 07/jan/1941, aos 52 anos de idade, natural de Alfenas-MG em +- 1887.

No óbito, a profissão é lavrador. Há divergência quanto ao local de nascimento.

Nascimento: abril de 1887 Divisa Nova, Minas Gerais, Brasil
Falecimento: 7 de janeiro de 1941 Penápolis, São Paulo, Brasil

Domingos Vieira da Silva PIONEIRO, ESTAVA EM PENÁPOLIS-SP, em 1910, muito jovem com 21 anos, e foi NOSSO PRIMEIRO DENTISTA, ver no PDF sobre criação do Município de Penápolis-SP

Domingos  teve um filho que foi pessoa importante e conceituada em Penápolis-SP.

Domingos, primeiro dentista de Penápolis-SP, e, falecido de tétano, em 07/jan/1941, em Penápolis-SP

Pioneiro dentista que deixou sua assinatura no processo de Criação do Município de Pennapolis-SP, ver abaixo

O CRIME DE PENÁPOLIS-SP – no jornal “CORREIO PAULISTANO”, de São Paulo-SP,

edição n° 22.448, de 21/jan/1926

O assassinato do delegado local:

o crime pena um

Aqui ampliado:

crime pena cortado

Edição 22.457, do “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, página 2 inteira, e, continuação na página 5,  de 30/jan/1926:

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crime pena dois

O homem terror da cidade de Penápolis-SP, que mandava pessoas irem embora da cidade:

Domingos Vieira da Silva:

terror da cidade

Jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, 30/jan/1926, número 22.457, página 2

Crime bárbaro – Sem cabeça, Penápolis-SP de 1922, na Folha da Noite

A estreia, nos jornais, de São Paulo-SP, do homem terror da cidade, que mandava pessoas irem embora da cidade de Penápolis-SP

A Primeira vez que Domingos Vieira da Silva é notícia em jornais de São Paulo-SP:

Em 09/nov/1922, a “Folha da Noite”, da capital paulista, noticiou Domingos Vieira da Silva sobre

um crime bárbaro em Penápolis-SP:

Foi o primeiro crime de Domingos Vieira da Silva a chegar aos jornais da capital paulista:

MORTO E ENTREGUE AOS CARNÍVORAS

Saiu na Folha da Noite, de São Paulo-SP, número 38.182, 09/nov/1922:

Aristides Inácio, da Fazenda Jacutinga, é encontrado sem cabeça.

Procuramos a família do Aristides Inácio.

Historias e mais historias.

Certa vez o trem atropelava suas vacas,, Domingos apareceu, o maquinista.. não foi eu não seu domingos.

O lavrador e dentista Domingos Vieira da Silva que atirou no Tribunal do Júri, em 11 de fevereiro de 1930, e, depois, na rua, matou, (no tumulto quando a polícia), o português Manoel Pereira

Feriu no tiroteio, no Fórum de Penápolis-SP, ferindo outras três pessoas, e, sendo notícia no “The New York Times“.

O Fórum, em 1930, ficava em frente a Estação de Trem de Penápolis-SP.

(Domingos Vieira da Silva faleceu, em 07/jan/1941, em Penápolis-SP, de tétano).

Deu no The New York  Times

A única vez em que PENNAPOLIS-SP foi notícia no THE NEW YORK TIMES:

Jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, de 16/fev/1030, edição número 23.790, página 6:

Nesta versão parece ter erros, tem muitos Vieira da Silva, e procuramos a família deste jurado ferido, o Seo Elias Mattar.

Nesta versão, é um Vieira da Silva que foi a julgamento, no Fórum de Penápolis-SP, em 11/fev/1930, ao contrário, ver acima, da versão, dada pelo mesmo jornal, em 10/maio/1930. 

E aqui, ao contrário de outras reportagens, ver acima, não foi um jurado que veio a óbito.

Nesta versão, ler abaixo, o morto é um velhinho pacato jardineiro municipal, que morreu na rua, e, o horário da morte, bate com o óbito do Manuel Pereira que transcrevemos acima, portanto, esta é a versão mais correta do bárbaro crime do Fórum de Penápolis-SP, na Terça-Feira, 11 de fevereiro de 1930:

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Domingos Vieira da Silva, no abaixo assinado para a criação do Município de Penápolis-SP, aparece como o único dentista da vila. Ver o PDF sobre a criação do Município de Penápolis-SP, abaixo.

Domingos Vieira da Silva tentara matar o Doutor Álvaro Martins Sevilha, de apenas 33 anos de idade, e, denunciara Domingos Vieira da Silva como o mandante do bárbaro crime.  Ambos os crimes foram destaques nos jornais da capital, São Paulo-SP.

Domingos já havia sido inocentado no inquérito sobre a morte do Dr. Sevilha (ver abaixo), e estava solto.

O ÓBITO DO DR. SEVILHA, Delegado de Polícia de Penápolis-SP, assassinado em 12/jan/1926

O Official interino fez um péssimo assento de óbito:

Aos treze dias de janeiro de mil novecentos e vinte e seis, nesta cidade de Pennapolis, Estado de São Paulo, em cartorio, compareceu Gustavo F. Kueennam, Inspetor Escolar, residente nesta cidade, e exhibindo attestado medico do Doutor Horacio de Mello declarou que, hontem ás vinte e quatro horas, nesta cidade, falleceu victima de hemorragia interna produzida por ferimento de arma de fogo Dr. Alvaro Martins Sevilha, do sexo masculino com trinta e treis annos de edade, cor branca, natural do Rio de Janeiro, casado, filho legitimo do Dr. Manoel Lourenço Gomes Sevilha, e os nomes de sua mulher de digo mulher e avos, tanto paternos como maternos, o declarante deixa de declarar, por ignorar. Do que para constar lavrei este que por acharem conforme assignam declarante e testemunhas a tudo presentes. Eu…………Paula, Official interino do Registro Civil, o escrevi e assigno.

Gustavo F. Kueennann

Agostinho Mendonça do Valle

Ludgero Ferreira Mendes

As datas e páginas da FOLHA DA MANHÃ, atual Folha de S. Paulo, em que saíram as reportagens sobre o bárbaro crime do  Delegado de Polícia de Penápolis-SP, o Doutor Álvaro Martins Sevilha foram:

Todas as reportagens são de 1926:

14/01, página 02;

16/01, página 09;

17/01, página 11;

30/01, páginas 06 e 07;

12/02, página 07;

 18/02, página 05.

E também a reportagem da família japonesa decapitada em Penápolis-SP, em 28 de abril de 1926:

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CLIC NAS FOTOS PARA FICAREM GRANDES E LER:

Jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, edição 23.859, de 10/mai/1930, página 10:

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Jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, edição 23.790, de 16/fev/1930

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Jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, edição 22.514, de 29/mar/1926

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29 mar 26 pena

Leia, em boa qualidade, na íntegra, neste PDF, na página 05:

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No dia 27/out/1926,  a Folha da Noite, jornal da capital paulista, do grupo Folhas, deu a notícia da absolvição do Domingos Vieira da Silva, em inquérito.

Pesquise no Arquivo Folhas,  a edição Folha da Noite, de São Paulo-SP, de  27/out/1926

O jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, de 21/jan/1926, edição número 22.448, página 03, dá mais detalhes do assassinato do Delegado de Polícia de Penápolis-SP, o Dr. Álvaro Martins Sevilha:

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O jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, órgão do Partido Republicano Paulista, o PRP, que governava o Estado de São Paulo, deu, em 30 de janeiro de 1926, uma página inteira:

6 TIROS

 EM FRENTE AO HOTEL AVENIDA, DO OUTRO LADO DA RUA:

-Albertina, accuda-me que estou ferido!

-Albertina, accuda-me que estou ferido!

-Albertina, accuda-me que estou ferido!

E, cai por terra, o jovem Delegado de Polícia de Penápolis-SP, Dr. Álvaro Martins Sevilha.

Começa, então, a perseguição desesperada da famigerada Escolta de Capturas da Força Pública paulista, atual Polícia Militar do 
Estado de São Paulo, aos criminosos.

Clic na foto abaixo para ficarem grandes e ler:

Jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, de  30/jan/1926, página 2 inteira, e, continuação na página 5; edição n° 22.457:

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Leia, na íntegra, no PDF abaixo, a reportagem “DOIS BÁRBAROS DELICTOS“, no Jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, de 30/jan/1926, página 2 inteira, e, o final na página 5, edição n° 22.457:

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“Em pleno júri, um mandante de bárbaro crime assassina um jurado, alvejando ainda outras pessoas”

O bárbaro crime de 1930, desdobramento do caso do Doutor Sevilha 

Domingos Vieira da Silva é nome de rua em Penápolis-SP, um de seus filhos também é nome de rua.

Quem o conheceu o Domingos dizia dele que era homem muito bom que não gostava de coisa errada e de ver bandido solto como acontece hoje.

Naquele tempo jornalista nem ninguém gostava de bandido. Hoje os partidos políticos e Igrejas dizem que bandido é vítima da sociedade injusta, ou seja, quem trabalha e faz parte da sociedade é que não presta hoje.

O Site sobre as ruas de São Paulo-SP não sabia quem era o homenageado na capital paulista que dá nome à Rua Dr. Álvaro Martins Sevilha.

Lamentavelmente NÃO há uma Rua com este nome em Penápolis-SP.

Clic nas fotos, para ficarem grandes, e ler, imprimir e divulgar:

O “BANDITISMO NO SERTÃO”

é o título da reportagem antológica, da Folha da Manhã, de São Paulo-SP, de 16/jan/1926, página 9.

Reportagem antológica sobre o assassinato do Delegado de Polícia de Penápolis-SP, o Dr. Álvaro Martins Sevilha:

O triste destino de um delegado de polícia honesto no Brasil, no ano em que foi escrito Macunaíma, 1926, livro que fala das Polícias paulistas:

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“EMPREITEIROS DO CRIME”

é o título da reportagem da Folha da Manhã, de São Paulo-SP, de 12/fev/1926, página 7, sobre o assassinato do Delegado de Polícia de Penápolis-SP, o Dr. Álvaro Martins Sevilha.

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“A SANHA ASSASSINA DE UM TARADO”

(Diferente do “Correio Paulistano”, a Folha da Manhã fala em jurado assassinado).

 É o título da reportagem antológica da Folha da Manhã, atual Folha de S. Paulo, de São Paulo-SP, de 15 de fevereiro de 1930, página 4, sobre

o Crime do Tribunal do Júri de Penápolis-SP

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A viúva do Delegado de Polícia de Penápolis-SP,  o Dr. Álvaro Martins Sevilha, a dona Astrogilda Martins Sevilha, só muito depois, em 1936, 10 anos após a morte bárbara do Dr. Álvaro Martins Sevilha, recebeu uma pensão do Governo do Estado de São Paulo, através da:

LEI N.2.729, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1936 

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1.º – Fica o Poder Executivo autorizado a abrir, á Secretaria da Fazenda e o Thesouro do Estado, um credito especial de Rs. 50:000$000 (cincoenta contos de réis), para pagamento, a titulo de auxilio, a d. Astrogilda Martins Sevilha, viuva do bacharel Alvaro Martins Sevilha, ex-delegado de policia de Pennapolis, onde foi assassinado.
Artigo 2.º – Para execução da presente lei, poderá o Poder Executivo realizar as operações financeiras que se tornarem necessarias.
Artigo 3.º – Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrario.
Palacio do Governo do Estado de S. Paulo, aos 18 de novembro de 1936.

ARMANDO DE SALLES OLIVEIRA

Arthur Leite de Barros Junior.

Clovis Ribeiro.

Publicada na Directoria Geral da Secretaria da Segurança Publica, aos 18 de novembro de 1936.

O Director Geral,

Arthur Soter Lopes da Silva.

DECRETO estadual paulista N. 8.012, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1936

Abre á Secretaria de Estado dos negocios da Fazenda um credito de rs. 50:000$000 para pagamento, a titulo de auxilio, á d. Astrogilda Martins Sevilha.

ARMANDO DE SALLES OLIVEIRA, Governador do Estado de São Paulo, usando da autorização que lhe concedeu a lei n. 2.729, de 18 de novembro corrente, Decreta:

Artigo unico. – Fica aberto na Secretaria de Estado dos Negocios da Fazenda um credito de cincoenta contos de réis (50:000$000), para pagamento, a titulo de auxilio, á dona Astrogilda Martins Sevilha, viuva do bacharel Alvaro Martins Sevilha, ex-delegado de policia de pennapolis-SP, onde foi assassinado. 

Palacio do Governo do Estado de São Paulo, aos 27 de novembro de 1936.

ARMANDO DE SALLES OLIVEIRA

“Uma vida sem memória não seria uma vida, assim como uma inteligência sem possibilidade de exprimir-se não seria uma inteligência.

Nossa memória é nossa coerência, nossa razão, nossa ação, nosso sentimento.”

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Este mapa de 1910, mostra o Café, as matas no Oeste Paulista, assim era o Estado de São Paulo quando os Monteiro de Araujo – Nunes de Souza lá chegaram, na leva de 1904, vinda de Franca-SP, na leva de 1911 e a de 1912, esta vinda da Fazenda Badajós em Uberaba-MG, 45 dias em carro de boi até o Lajeado em Penápolis-SP.

Assinalado no Mapa, o Badajós, ponto de partida dos Monteiro de Araújo o Salto do Avanhandava, o Bairro do Lajeado, e, o Degredo, ponto de chegada dos Monteiro de Araújo, pioneiros.

Clic para abrir, o mapa é em ótima resolução.

Mostra a imensa plantação de café em torno de Ribeirão Preto-SP e mostra o Oeste Paulista ainda sendo floresta:

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A MAIOR TRAGÉDIA DA IMIGRAÇÃO JAPONESA NO BRASIL fará 100 anos em 28/abr/2026

Em 28/abril/2026, serão os 100 anos do Massacre dos Japoneses em Penápolis-SP 

A Família Kadotá decapitada em 28 de abril de 1926

Aconteceu em Penápolis-SP, na Fazenda Água Limpa, no Bairro Rural Paraguai.

E o crime mais bárbaro da História da Região da Noroeste do Brasil, depois da pacificação dos índios, e, a maior tragédia da Imigração Japonesa no Brasil, ocorreu em Penápolis-SP, no bairro rural Paraguai, em 28 de abril de 1926,

quando o imigrante japonês Kadotá Masatoro decapitou, a golpes de machado, toda a sua família:

O jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, deu a notícia em 01 de maio de 1926:
CRIME HORRÍVEL

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–  Sua esposa, a imigrante japonesa Fijosi (também escrito Tioc  e Tiyose) Kadotá, 45 anos,
–  Sua filha Shizue, de 18 anos, solteira,
–  Seus 3 filhos menores: Masas (também escrito como Massao) de 15, João de 13, e José de 11 anos.
 
E, Kadotá Masatoro passou a noite dormindo em cima dos corpos.
 
Foram sepultados, em 01 de maio de 1926, no Cemitério Municipal de Penápolis-SP.
 
No registro do Cemitério de Penápolis-SP, consta a esposa e filhos como sendo  naturais do Estado de São Paulo.
 
Não achamos os túmulos no Cemitério de Penápolis-SP. 
 
 –
 
O Jornal da Capital FOLHA DA MANHÃ deu grande destaque ao caso com a reportagem. 
 
                                                 “OS GRANDES DEGENERADOS”.
 
Artigo antológico da imprensa da capital paulista, publicado, em 21 de maio de 1926. 
 
Clic nas fotos para ficarem grandes e ler, imprimir e divulgar:
 
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O Óbito da esposa decapitada, anotada como branca, a Tiyose Kadotá:

Ao primeiro de maio de mil novecentos e vinte e seis, nesta cidade de Pennapolis, Estado de São Paulo, em meu cartorio compareceu Suetaro Kadota, lavrador, residente em Promissão nesta comarca, e, exhibindo attestado do Doutor Mario de Andrade Bastos, declarou  que no dia vinte e oito de abril do corrente anno, em domicilio, no bairro do Paraguay, neste districto,

falleceu em consequencia de homicídio, victima de hemorrhagia por hemicecção do pescoço por golpe de machado Dona Tiyose Kadota, do sexo feminino, côr branca, com quarenta e cinco annos de edade de ocupação domestica, natural do japão, residente neste districto, de filiação ignorada, casada que foi com Masatoro Kadota, de cujo consorcio não existem filhos.

A fallecida, digo, não deixou bens a inventariar e será sepultada no cemiterio desta cidade com o visto do Delegado de Polícia da Comarca, Doutor Cisalpino de Souza e Silva. E para constar lavrei este termo que, lido e conforme, assigna o declarante.

Eu Antonio Loterio Soares de Castilho, official do Registro Civil, o escrevi e assigno.

Suetaro Kadota

Antonio Loterio Soares de Castilho

Brenno Ferraz, no livro “CIDADES VIVAS”, nos anos 1920, descreve Penápolis-SP:

8 avenidas , 11 ruas, 3.400 almas no perímetro urbano, grandes cafezais, grandes árvores já extintas, 42 automóveis e caminhões, dois óbitos por dia, arroz, feijão, milho, café,

Penápolis-SP tinha pau d´alho, figueira branca, aroeira, cabreuva, peroba e várias outras.

231 propriedades agrícolas, várias fábricas, até de cervejas,

e 231 km de estradas bem cuidadas pela Câmara Municipal de Penápolis-SP.

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As ruas descalças e pacatas com apenas 30 automóveis em 1925, que já eram 350 em 1950.

O Waldyr Ruffato Pereira e a Irmã Anna de Mattos Castilho lutando, na década de 1970, para a reabertura do “Colégio Educandário Coração de Maria”. 

Leia mais em:

https://www.cfcm.com.br/nossa-historia 

A antiga Escola Mixta Municipal do Lajeado do Professor Altino Araújo Vaz de Mello, fundada em 1913. Ele faleceu em 1928 e de família de jornalista e educadores em UBERABA-MG.

O professor Altino, em 1914, fundou e dirigiu o jornal pioneiro da imprensa em Penápolis-SP:

O Pennapollense. Cora Coralina escreveu neste jornal em 1935.

 As crianças recebendo o diploma do 1º Grupo Escolar.

A PROFESSORA HEROICA

A primeira Escola Feminina Estadual de Penápolis-SP da Professora Ismênia Aymbiré do Amaral Rocha, em 1910, época em que muitos professores se recusavam a ir para Penápolis-SP por medo dos índios.

Ela que foi a primeira professora diplomada de Penápolis-SP. NO PROCESSO DE CRIAÇÃO DO MUNICÍPIO de Penápolis-SP, ELA DECLARA O NÚMERO DE ALUNOS EM 1910. Ver, acima, e, aqui, sobre este processo:

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A Carmita Vaz de Mello Ahmad, filha do Professor Altino Vaz de Melo, e, irmã do Frei José Vaz de Melo (Garibaldi Celso). Carmita lia todos os livros que apareciam em Penápolis-SP, e, a poetiza Carmita de Melo Ahmad escrevendo suas poesias sobre Penápolis-SP, e, sobre São Francisco de Assis, e, editando o jornal feminino “O Jasmim“.

GRANDE CARMITA Vaz de Melo Ahmad.

Carmita honrou a tradição de cultura que sempre tiveram os VAZ DE MELO, de Uberaba-MG, educadores e jornalistas.

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 em +-1935, em Penápolis-SP, no centro da foto, a poetiza Carmita Vaz de Melo Ahmad,  seu primo Alceu e sua prima Maria Aparecida, no antigo Jardim Público de Penápolis-SP

A atriz global Pepita Rodrigues, mãe do ator Dado Dolabela, de porta em porta, vendendo tomate e mandioca. Pepita era de família de imigrantes espanhóis muito pobres do Mercado Municipal que durou pouco porque o penapolense não se adaptou a ele que ficava onde foi uma praça, e, onde hoje é lojas. A Pepita ficou com o apelido, alcunha, de “Tomate Podre”.

O GOVERNADOR DR. ADHEMAR PEREIRA DE BARROS EM PENÁPOLIS-SP:

Os comícios do Governador do Estado de São Paulo, o Doutor Adhemar Pereira de Barros, em Penápolis-SP:

-“Penapolenses de Penápolis-SP”! Assim começava o velho Adhemar os seus discursos.

O velho Adhemar assistia um desfile de alunos e alunas todas de uniforme, em 1948, e, como o desfile não acaba mais, falou:

– A cegonha trabalha bem em Penápolis-SP!

Outra feita, as mulheres do Sucupira, a região do baixo meretrício de Penápolis-SP, subiram no palanque do Adhemar para reclamarem de suas más condições de vida. Adhemar as atendeu.

Outra feita, o velho Adhemar levou o povo ao delírio ao contar:

Está Zona da Noroeste é muito quente, por isto eu deixei a Leonor na Zona de Rio Preto-SP!
 
Estadista Adhemar que, junto com o Engenheiro Lucas Nogueira Garcez, construiu a velha e saudosa  Usina Hidrelétrica do Avanhandava e construiu as duas principais rodovias que cortam Penápolis: A SP-300, (Rodovia Marechal Rondon), e, a SP-425, (Rodovia Assis Chateaubriand).
 
É bom lembrar que a visão de Adhemar construindo rodovias por todo lado é que deu o progresso  ao Estado de São Paulo.  Foi o velho Adhemar e o Dr. Roberto Campos que colocaram São Paulo e o Brasil no Rumo do Desenvolvimento.

Em 1919, a grande festa em Penápolis-SP, recebendo os mais importantes políticos da capital paulista que vieram fundar a “Santa Casa de Misericórdia” de Penápolis-SP e instalar as “Escolas Reunidas”, que depois se tornariam o “1º Grupo Escolar de Penápolis-SP“.

A dureza de se atravessar, a vau, com carroças e cavalos, o Rio Tietê, feito este que só se conseguia em um único ponto mais estreito do rio, e após 1907, de balsa. Balsa, canoa, .. depois a velha ponte.. passava lá perto da atual Barbosa-SP e depois voltava pro Lajeado.

Hoje, 2024, o Córrego do Lajeado é bem cuidado porque é o único a abastecer Penápolis-SP de água.

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um velho e típico engenho no Lajeado,

um dos 80 engenhos de Penápolis-SP

Em 1948, Totonho Monteiro, no Degredo, morreu preso as engrenagens de um engenho enquanto mexia nele

A tão sonhada ponte do Tietê, ligando Penápolis-SP a São José do Rio Preto-SP, teve autorizada sua construção no tempo do saudoso Presidente do Estado de São Paulo, Doutor Washington Luís Pereira de Souza, na década de 1920, e, foi inaugurada, em 1928, quando o Presidente do Estado de São Paulo, o Doutor Júlio Prestes de Albuquerque visitou a região e comparou os nossos pioneiros aos Bandeirantes.

A poetiza goiana Cora Coralina, na segunda metade da década de 1930, residiu em Penápolis-SP, vendia mudas de árvores para a Penápolis-SP toda, e, oferecia mudas ao Prefeito Municipal de Penápolis-SP para serem plantadas nas calçadas de Penápolis-SP toda, e, Cora Coralina tinha a sua Casa de Retalhos.

Em uma época em que era raro ver uma mulher comerciante, Cora Coralina lutava, nas ruas e no jornal O Pennapolense” do Professor Altino Vaz de Mello, pela instalação de uma Associação Comercial em Penápolis-SP. Ver abaixo, reportagem sobre Cora Coralina.

Grande Professor Altino!: Suja família, os Vaz de Mello, também foi pioneira na educação e no jornalismo em Uberaba-MG, no século XIX. O jornal “O Pennapolense” circulou de 1915 a 1939; de 1927 em diante sem o Professor Altino que falecera em 1927. Os Vaz de Mello são das melhores e mais cultas famílias mineiras, como os Mello Franco de Paracatu-MG. Por exemplo, o Presidente da República, o Dr. Arthur da Silva Bernardes, procurando se arranjar na vida, casou-se com uma Vaz de Mello.

O Dr. Mário Sabino, político e médico, atendendo pobres e ricos com carinho. Nunca errava um diagnóstico, não pedia exames, ele mesmo sabia qual era o problema do paciente.

O lendário fazendeiro e jogador pioneiro Quinca Monteiro, (Joaquim Nunes Monteiro), com seu chapéu de aba larga e sua coleção de fazendas.

 

 o túmulo do lendário Quinca Monteiro, da pioneira família MONTEIRO DE ARAUJO

As elegantes alunas voltando do Instituto de Educação com seus uniformes de camisa branca e saia azul-marinho com pregas.

O Luís Soares Leme orgulhoso de seu antepassado Fernão Dias, mas sempre reclamando que tiraram o “Leme” do Fernão Dias Pais Leme, e mostrando, a todos, com orgulho, a espada ganhada pelo seu avô, do D. Pedro II, nos velhos tempos da Colônia Militar apelidada de  Degredo.

Penápolis-SP teve uma das primeiras mulheres vereadoras do Brasil, logo depois de instituído o voto feminino em 1932, a vereadora Iracema Aymbiré de Camargo, eleita, em 1936, pelo Partido Republicano Paulista, o velho PRP. Falecida em 2013, foi uma das primeiras mulheres eleitas no Brasil.

O voto feminino no Brasil veio, em 1932, pelas mãos do Presidente da República, o Dr. Getúlio Vargas, 13 anos antes do General De Gaulle dar, em 1945, o voto feminino na França, o país da Revolução Francesa.

A primeira casa de Penápolis-SP, próxima a antiga estação de trem, casa toda de madeira, doada, pelo Coronel Manoel Bento da Cruz, aos frades franciscanos Capuchinhos de Trento-Itália, da qual, uma antiga moradora da Primeira Casa de Penápolis-SP, a poetisa Carmita Vaz de Melo Ahmad, dizia:

 “Casinha velha.  Você relembra A história de nosso passado

Que não será esquecido e foi glorificado… Nos tempos primordiais,

Seu teto abrigou nossos ancestrais… Você foi templo, escola e residência… A tradição sua forma conservou…

É símbolo e foi berço. Onde originou a nossa civilização

A Primeira Casa de Penápolis-SP onde se realizou, em 25/10/1908, a

Primeira Missa  na nova povoação, dia que ficou sendo o aniversário de Penápolis-SP

Fica próximo ao local da Antiga Estação de Trem de Penápolis-SP

Esta primeira casa foi inaugurada em 16 de agosto de 1908, outra data magna de Penápolis-SP

O apito da locomotiva Baldwin “Maria Fumaça” da N.O.B.. Os trens lotados de imigrantes rumando para sabe-se lá onde.

O homem do trem, percorrendo os vagões da velha “Noroeste do Brasil”, N.O.B, gritando:

“Olha o sanduíche! Quem vai querer?!”

E as muito longas viagens para São Paulo-SP, de  mais de uma dia de duração, a 24 Km/h.

622 km de distância de São Paulo-SP a Penápolis-SP. com velocidade de 24 km/h.

São 26 horas de viajem, quando não tem atraso. Por estrada de rodagem, ver abaixo, em 1950, se estimava 9 horas de viajem.

Quem pede hoje, 2024, a volta dos trens de passageiros, não imagina o quanto eram lentos.

O livro “Apontamentos Biográficos – Coronel Manoel Bento da Cruz“, do Orentino Martins, de 1968, livro raro que deveria ser reeditado, é um livro completo, bem documentado, que preserva a História dos mártires, pioneiros e dos fazendeiros de Penápolis-SP:

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“Na Revista do Arquivo Municipal de São Paulo, na folha 609, há o livro “Pioneiros da Noroeste”, livro magnífico, escrito nos anos 1950.
O autor é brilhante e a leitura prazerosa. Neste livro em especial encontramos menção ao bugreiro famoso.” 
 

Festa religiosa com procissão; Frei Tiago de Cavênide, no centro da segunda foto, no Lajeado, em Penápolis-SP, nos anos 1950:

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O PROGRESSO CAMINHA A 24 KM/H na E.F. Noroeste do Brasil:

Melhorou muito a região, quando, em 1949, o Governador do Estado de São Paulo, o velho Adhemar inaugurou a estrada rumo a Bauru-SP e ao Mato Grosso, a hoje Rodovia Marechal Rondon, a SP-300

A Maria Fumaça fazia os 220 Km de Bauru-SP a Penápolis-SP,

bitola estreita da N.O.B., em 8 horas e 58 minutos;

A velocidade média era  24,5 km/h quando não tinha atraso.

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Abaixo, FOTO DA MARIA FUMAÇA ONDE DÁ PRA VER QUE NÃO TINHA PEDRO DEBAIXO DOS DORMENTES

Portanto muita poeira e fagulhas, queimava as roupas e as pessoas ficavam cheias de poeira nas roupas.

A VELHA NOROESTE,  a N.O.B., DO NOSSO TEMPO

Era dolorido e demorado viajar de trem porém ficou no imaginário popular o trem como sendo algo nostálgico e agradável, e, se fala sempre na volta desse tempo do Trem.

Clic na imagem para ficar grande e ler:

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As fagulhas das Maria-Fumaça:

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Dias e dias de viagem nas lentas Maria-Fumaça que faziam 17km por hora, e, no limite chegavam a 26km por hora.

Nos caminhos de terra, nas estradas boiadeiras do Oeste Paulista, as viagens não eram mais fáceis. Estradas que marcaram aquele nosso tempo.

Em 1917, um projeto de estrada boiadeira, passando por Penápolis-SP e indo para Barretos-SP em busca de boiadas do atual MS:

No PDF abaixo, tem um Mapa da época do Estado de São Paulo:

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Uma descrição da N.O.B.: Só nos anos 1940, com a construção de uma ponte no Rio Paraguai, foi possível a chegada da N.O.B. à fronteira da Bolívia.

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A “Estrada de Ferro Noroeste do Brasil” com seus vagões com muita poeira, pois, os seus trilhos foram colocados diretamente no solo, sem um suporte de pedras, o que fazia com que os dormentes ficassem podres em pouco tempo.

O empedramento da linha férrea da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil foi feito somente, em 1937, no tempo do Presidente da República, o Dr. Getúlio Dornelles Vargas.

As jardineiras (ônibus de antigamente), vagarosas e empoeiradas, chegando de São José do Rio Preto-SP, das empresas Bandeirante e Romero. As cinco saudosas empresas de ônibus de Penápolis-SP: Martins, Garcia, Álvares, Pinheiro e Tonello.

O velho Cemitério do tempo dos índios, atualmente abandonado, onde estão enterrados, em uma vala comum, os 11 pioneiros mortos, em 1886, pelos índios Coroados, e, onde os penapolenses homenageavam os pioneiros.

Os pracinhas da FEB.

A sósia de Elis Regina, e da mesma idade, Marilda Castilho Leite, da família fundadora de Penápolis-SP.

O Quadro “Cidade contra Cidade” e a “Miss Penápolis-SP”

Maria Sílvia, neta do Quinca Monteiro,

no Programa Sílvio Santos.

Maria Sílvia Faria Monteiro Parente, a Missa Penápolis-SP que marcou época

 Amamos Maria Sílvia, neta do Quinca Monteiro

O livro”Achegas para a História de Penápolis-SP, de 1767 a 1948“, do Professor Fausto Ribeiro de Barros, publicado em 1948, é muito bem documentado, e, é um excelente livro,

Este livro hoje é uma raridade. Sendo, em 2024, ofertado a R$ 230,00 na Estante Virtual; livro que deveria ser reeditado.

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Tem um livro sobre Penápolis-SP difícil de achar: é O PASSADO PASSADO A LIMPO, da Gláucia Maria de Castilho Muçouçah Brandão, que é da família Castilho fundadora de Penápolis-SP, e, que obteve muitas informações com a poetiza, historiadora e pioneira em Penápolis-SP, a Carmita Vaz de Melo Ahmad.

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Os bons tempos do time de futebol de Penápolis-SP, o “CAP”, Clube Atlético Penapolense.

O jornal semanal “A Comarca de Penápolis-SP” do Sr. Raul Forchero Casasco, que circulou por 40 anos (1937-1977).

O fazendeiro “tenente” Jerônimo Lopes Carriço, que doou, em 1928, o terreno onde foi  construído o “Estádio Municipal de Penápolis-SP”, o qual leva seu nome.

O Tenente Carriço foi sogro do grande médico Dr. Renné Adolfo Frank, que, de 1938 até 1960, contribuiu, com sua perícia médica. Estudou na então Faculdade de Medicina de São Paulo, com mais da metade dos partos realizados em Penápolis-SP.

O Antônio Veronese doando o terreno, na década de 1950, para a construção da “Casa Anjo da Guarda” e lutando muito para a sua instalação. Em 1968, concretiza-se o sonho, o Presidente da República, o Marechal Arthur da Costa e Silva declara de utilidade pública a “Associação Penapolense de Proteção à Infância Anjo da Guarda”.

O livro notável sobre o Oeste Paulista, livro hoje raro e caro;, só teve essa edição de 1986:

O geógrafo francês Pierre Monbeig viajou por todo o Oeste Paulista para ver de perto os:

“PIONEIROS E FAZENDEIROS DE SÃO PAULO”:

Foi escrito no final dos anos 1940.

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As 50 charretes de aluguel (táxi) e os amáveis charreteiros em frente à antiga “Estação Rodoviária”, sendo que, em 2008 eram só duas charretes.

Em 2012, restava apenas a charrete do Toninho Hernandez que teve muitas charretes e arrendava charretes.

Em 2012, O último charreteiro de Penápolis-SP – Toninho Hernandez:

A Maria 21 e seu papagaio.

VÍDEO DE PENÁPOLIS-SP – A Cidade faz o Show 1989 –

Penápolis-SP completando 80 anos.

A Dona Maria Chica, pioneira das pioneiras. A despedida concorrida e emocionada do fundador de Penápolis-SP, o doutor Manoel Bento da Cruz.

A família Pinto Caldeira cujos sobreviventes do massacre dos índios foram viver em outras regiões e são homenageados dando seu nome ao Córrego dos Pintos.

O leiteiro da carrocinha, deixando leite de casa em casa.

O primeiro arranha-céu: O Edifício Adilha, de 3 andares, sinal de progresso.

A trágica morte, em 1968, do Dr. Ramalho Franco em um acidente de carro na estrada entre Penápolis-SP e São José do Rio Preto-SP Tinha sobrevivido a um acidente de paraquedas. Comunista, o Dr. Ramalho agitava os paraquedistas; bastou vir a Revolução de 1964 que a bagunça acabou. A Avenida Barão do Rio Branco foi rebatizada com o seu nome.

Penápolis-SP não esquece as disputas eleitorais entre o Nagib Sabino e o Edison João Geirassate. O irmão do Nagib, o grande médico Dr. Mário Sabino que foi vereador e faleceu em 1976 teve a Avenida Bandeirantes alterada  o seu nome para homenageá-lo.

O velho Dr. Edson não dispensava votos, não podendo dizer que era janista ou ademarista, para não perder votos. Perguntado se era janista ou ademarista, respondeu:

– Eu sempre fui penapolense! (Na verdade, o Dr. Edson nasceu em Corumbá-MS).

O Prefeito Municipal de Penápolis-SP Joaquim Veiga de Araújo, homem simples que construiu a praça Dr. Carlos Sampaio Filho, com suas próprias economias. A lenda diz que ele entrou rico na prefeitura municipal e saiu pobre. Na verdade, entrou pobre e saiu pobre.

O caminhoneiro “Zé Preto” narrando as dificuldades e proezas das viagens de caminhão, na década de 1950, para o “Norte” (hoje se diz Nordeste do Brasil). Dormia em baixo do caminhão para não ser roubado.

A “Orquestra Penapolense,” na década de 1950, tocando no “Clube Penapolense”.

As visitas do Bispo de Lins-SP que reuniam multidões na avenida Luís Osório. As irmãs e irmãos do Apostolado da Oração, primeira irmandade de Penápolis-SP, criada em 1909, e da Venerável Ordem Terceira Franciscana Secular.

O Frei Tiago de Cavênide, rigoroso seguidor das normas de pobreza e sempre ao lado dos jovens, teólogo e mestre, e os capuchinhos vindos de Trento, na Itália.

Os frades pioneiros: Frei Bernardino de Lavalle que celebrou a Primeira Missa no dia da Fundação de Penápolis-SP, 25/out/1908. Frei Boaventura de Aldeno, Frei Sigismundo de Canazei.

O frei José de Cassana com sua “Escolinha de São Francisco de Assis“, escola pioneira, toda de madeira, na primeira casa de Penápolis-SP. Escola que hoje é o Colégio OCEU, da Laurinha Sampaio, descendente  dos pioneiros Monteiro de Araújo.

Frei Domingos de Riesi que dirigiu a construção da primeira igreja, do convento e da nova escola, já em 1909, e que seria inaugurada em 1913.

As festas do padroeiro São Francisco de Assis no Largo da Matriz. O engenho de açúcar artesanal tocado a boi e a água.

Os carros-de-boi levando toras de madeira para as serrarias, e as carroças puxadas por burros levando sacas de café para a velha Estação de trem, (que funcionou até 1917), da velha “Estrada de Ferro de Bahurú a Itapura’.

O “Clube Penapolense”; As quermesses na Vila Fátima; A fonte Luminosa no jardim, O alto falante tocando Nelson Gonçalves e Altemar Dutra com os enamorados no jardim à noite.

Lá pelos anos 1950, Penápolis-SP teve um dos primeiros juízes negros do Brasil.

Livro sobre a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, a N.O.B., por um de seus diretores:

No livro “A Noroeste do Brasil e a Brasil-Bolívia“, LIMA FIGUEIREDO, livro de 1950.

Lima Figueiredo: “caracterizou a região atravessada pela ferrovia, evidenciando a fauna, flora, fatores climáticos, geológicos etc., destacando os fatores econômicos e as condições técnicas da ferrovia, elementos que auxiliam na compreensão do contexto de construção da Brasil-Bolívia sob a perspectiva da História Social, uma vez que, também devido às condições naturais, houve a proliferação de doenças e acidentes”, Daniel Lima Santos, 2022.

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Índios caingangues, em Promissão-SP, na Zona da Noroeste do Brasil, N.O.B., em 1912:

Jornal “Correio Paulistano” de São Paulo-SP, n° 17.702, de 03/nov/1912, página 3:

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PENÁPOLIS-SP no ALMANACH LAMBERT, de 1923

População 43.000 almas, abrangendo Miguel Calmon (que hoje é Avanhandava-SP), Glicério-SP, e, Promissão-SP. Esse número de 43.000 habitantes parece exagerado.

Domingos Vieira da Silva como dentista.

Prefeito Municipal de Penápolis-SP, em 1923: o Dr. Adrelino Vaz de Arruda.

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Os produtores da cana de açúcar – Plantadores de Penápolis-SP

Fornecedores da usinas de açúcar e álcool do Estado de São Paulo, nas quais a produção de álcool cresceu muito com o Pró-Álcool, na década de 1970, e o surgimento do carro movido a álcool.

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O Comércio de Penápolis-SP em 2018:

SÃO FILHOS de PENÁPOLIS-SP:

O Bispo da Igreja Armênia de São Paulo, Dom Vartan Waldir Boghossian;

Dr. Walter Bernardes Nory, secretário de transportes da administração do Governador Orestes Quércia, no Estado de São Paulo (1987-1991);

O cantor, compositor e arranjador Iso Fischer e seu irmão Tato Fischer, (Carlos Eduardo Fischer Abramides), que é ator e diretor teatral;

O Dr. Renè Adolfo Fink, grande médico de de Penápolis-SP até hoje lembrado por seus pacientes.

O jovem comediante Guilherme Santana do Programa Comédia MTV;

O pintor com a boca e os pés Jadir Raymundo;

A escultora Marly Salum;

O escritor e influencer Fred di Giacomo.

O compositor e cantor Francisco Gottardi (o Sulino), da dupla caipira “Sulino & Marrueiro”.

O desenhista e ilustrador Rogério Vilela;

A jogadora de basquetebol Suzete Gobbi, capitão da seleção brasileira feminina de basquete de 1973 a 1986;

Solonei Rocha da Silva foi medalha de ouro na Maratona dos Jogos Pan-americanos de 2011.

A família materna da atriz Giulia Gam é de Penápolis-SP, onde Giulia é cidadã honorária. Giulia é bisneta do grande Cristiano Olsen, martirizado, pelos índios, em 1910;

O pianista Silvano Reis;

O músico Chiquinho Costa;

A poetisa Rosemeire Soares de Sales;

O poeta Albertinho Sertanejo;

O Fotógrafo e compositor, Orlando Gomes;

O violinista Frederick Carrilho, conhecido internacionalmente, cuja obra BRASILESSÊNCIA foi premiada na Holanda.

O químico Floriano Pastore Junior, professor da Universidade de Brasília , a UNB, que desenvolveu um processo de produção de manta de borracha a frio utilizado mundialmente.

O compositor Valter Pini.

O médico Walter Valente, vulgo Peninha, ex-administrador de Brasília-DF no Governo Buarque de Holanda.

O sociólogo Luis Eduardo Waldemarin Wanderley;

A apresentadora e modelo Sabrina Sato Rahal. Grande Sabrininha que divulga Penápolis-SP. Seu avô o velho Rahal tinham bom coração, vendia barato e muitas vezes fiado, na Casa União, ver abaixo;

O modelo Bruno Ortiz que já fez parte de grandes agências internacionais como a Ford Models e a Major Agency;

A jogadora de vôlei Jaqueline Bachiega Sipriano da Silva que teve grande destaque no vôlei nacional;

O artista plástico José Maurício de Almeida (o Caxeta);

O grafiteiro Edvaldo Luiz Alvares – (O Vado do Cachimbo);

O Diniz Aparecido Alexandrino, ciclista campeão, diversas vezes na década de 1950; representou Penápolis-SP na NOROESTE foi campeão do pedal, campeão de velocidade e campeão de resistência. Trazendo para o municipio medalhas, taças e orgulho para o esporte ciclista.

O nadador Tiago Teixeira Simon, campeão brasileiro dos 100 e 200 metros nado de costas na categoria Júnior;

O Euclides Marques, da dupla de Choro “Euclides e Luisinho 7 Cordas”;

A escritora, contista e poetisa Vera Vilela;

O Deputado Federal por São Paulo, Marcelo Ortiz;

O Sérgio Peli, armeiro, restaurador e desenhista de armas;

O Fernando Chamarelli, artista plástico e ilustrador;

Luiz Eduardo Cheida, deputado estadual no Paraná e que foi secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Paraná;

O ator Rafael Fier.

O maestro Sílvio Augusto Bugiga;

A decana do professorado paulista, Dirce Pereira da Silva, que, em 2003, foi homenageada pelo Governador do Estado de São Paulo, Dr. Geraldo Alckmin, como a professora que mais tempo permaneceu em sala de aula em toda a rede pública de ensino do Estado, de 1954 a 2004;

Marcos Viana, que participou do Reality Show da Rede Globo de Televisão, o Hipertensão. Ficou em 2º lugar, e, ganhou 100 mil reais;

VIVERAM em PENÁPOLIS-SP:

A atriz Pepita Rodrigues, mãe do ator Dado Dolabella, espanhola de nascimento, veio, na infância, para Penápolis-SP.

A poetisa Cora Coralina viveu, vários anos, em Penápolis-SP.

O Senador e ministro Estadista Dr. Roberto de Oliveira Campos viveu até 1922 em Penápolis-SP, seu pai era o diretor do 1° Grupo Escolar, o Sr. Waldomiro de Oliveira Campos. O Dr. Roberto Campos faria 100 anos de idade em 17 de abril de 2017. Seu pai, diretor do 1° Grupo Escolar, jaz enterrado, em Penápolis-SP, onde faleceu em 1922.

O Bispo aposentado da Diocese de Duque de Caxias-RJ, e, ex-coordenador do Programa Fome Zero, Dom Mauro Morelli, natural de Avanhandava-SP, também morou em Penápolis-SP.

O jurista José Frederico Marques foi juiz substituto, em Penápolis-SP, em 1938.

A poetisa e historiadora Carmita Vaz de Mello Ahmad foi uma das mulheres pioneiras de Penápolis-SP, tendo residido na Primeira Casa de Penápolis-SP. Pioneira, chegou de carro-de-boi, em 1912, vinda de Uberaba-MG.

Uma história pioneira de Penápolis-SP, nos seus 40 anos, em 1948, lembrando desde a descoberta do Salto do Avanhandava em 1767, o massacre do Padre Claro Monteiro, a criação da Colônia do Avanhandava, do Patrimônio dos Passos, o massacre dos Pinto Caldeira pelos índios.

DIZ QUE O PATRIMÔNIO DO LAJEADO FOI FUNDADO EM 1904, 4 ANOS ANTES DE PENÁPOLIS-SP, mas ali passava a linha do trem e Penápolis-SP ficou e o Patrimônio do Lajeado acabou.

Diz que desde 1863, já existia a Fazenda Brejo Alegre, onde o Carlos Justino Monteiro, irmãos e filhos, da família Monteiro de Araújo, vindos de Franca-SP e de Uberaba-MG, tiveram terras a partir de 1904.

“Achêgas para a História de Penápolis-SP (de 1767 a 1948)”

 É o nome de um livro fundamental e raro do Professor Fausto Ribeiro de Barros que deveria ser reeditado:

Arraial em 1904, no Lajeado.

E bem antes, o Patrimônio de Nosso Senhor dos Passos, na Fazenda Brejo Alegre, em 1863:

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“PADRE CLARO MONTEIRO DO AMARAL”

é o nome de outro livro raro do Professor Fausto Ribeiro de Barros sobre o crime bárbaro do índios caingangues contra o Padre Claro Monteiro do Amaral que queria levar Jesus Cristo a eles:

Naquele tempo, uma região imensa era município de Penápolis-SP e foi dado o nome dele a um córrego de lá de Penápolis-SP e a um bairro no Saltinho do Coroado.

PADRE CLARO MONTEIRO DO AMARAL TRUCIDADO PELOS ÍNDIOS CAINGANGUES NO RIO FEIO –

E, o agrimensor CRISTIANO OLSEN, na Fazenda do Baguassu, à beira da linha da N.O.B., perto de ARAÇATUBA-SP, quando esta povoação ainda pertencia à Penápolis-SP, também foi barbaramente morto e queimado pelos índios caingangues.

Cristiano Olsen é bisavô da atriz Giulia Gam.

À página 37, de seu livro sobre o Padre Claro, o Professor Fausto Ribeiro de Barros escreveu:

“A nós outros, filhos dos sertões do Avanhandava e do Rio Feio, cabe-nos render eterno preito de admiração ao nobre missionário catequista, que tombou às mãos brutais dos ferozes “caingangues” quando procurava reduzi-los à mansidão e colocá-los sob a proteção da igreja e da piedade cristã”.

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A origem e o povoamento de Penápolis-SP

 Leis sobre o Povoado, Estação, Curato de Santa Cruz do Avanhandava 

Penápolis-SP na década de 1950

HISTÓRICO DA FORMAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PENÁPOLIS-SP, no Brasil:

Histórico Antigo povoado e estação de Santa Cruz de Avanhandava, da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, a N.O.B., no Município de Rio Preto.

Distrito: Lei 1177 de 17-11-1909, com o nome de Penápolis.         Pela Lei 1225 de 16-12-1910, seu território foi aumentado com toda a parte situada à margem do Tietê que pertencia ao distrito de Itapura, (hoje município de Itapura), e incorporado ao Município de Bauru.
Município: Lei 1397 de 22-12-1913. Instalado a 11-5-1914.                 Pelo Decreto-Lei 14334 de 30-11-1944, perdeu terras para o distrito de Barbosa, no Município de Avanhandava (ver nota 7 de distritos).

Distritos

1914 – Penápolis e Avanhandava (ex-Miguel Calmon)

(1) 1915 a 1917 – Penápolis, Avanhandava e Biriguí

(2) 1918 a 1919 – Penápolis, Avanhandava, Biriguí e Araçatuba

(3) 1920  – Penápolis, Avanhandava, Biriguí, Araçatuba e Promissão

(4) 1921  – Penápolis, Avanhandava, Biriguí, Araçatuba, Promissão e Glicério

(5) 1922 a 1923 – Penápolis, Avanhandava, Promissão e Glicério

1924 a 1925 – Penápolis, Avanhandava e Glicério

1926 a 1934 – Penápolis

(7) 1935 a 1953 – Penápolis e Alto Alegre

(6) 1954 a 2000 – Penápolis

Histórico da formação, incorporação e desmembramento dos distritos de:

(1) Avanhandava
  Incorporado: Lei 1397 de 22-12-1913, pertencia ao Município de Bauru. Desmembramento: Lei 2102 de 29-12-1925, elevado à município.
(2) Biriguí
  Distrito: Lei 1426 de 10-11-1914, com o povoado do mesmo nome.Desmembramento: Lei 1811 de 8-12-1921, elevado à município.
(3) Araçatuba
  Distrito: Lei 1580 de 20-12-1917, antiga povoação de Araçatuba.Desmembramento: Lei 1812 de 8-12-1921, elevado à município.
(4) Promissão (ex- Hector Segru)
  Distrito: Lei 1668 de 27-11-1919, com sede na povoação de Hector Legru). Desmembramento: Lei 1934 de 29-11-1923, elevado à município.
(5) Glicério
  Distrito: Lei 1747 de 19-11-1920, com povoação de Glicério.Desmembramento: Lei 2114 de 30-12-1925, elevado à município.
(6) Alto Alegre
  Distrito: Decreto 6713 de 29-9-1934, com as mesmas divisas do distrito policial de Alto Alegre. Desmembramento: Lei 2456 de 30-12-1953, elevado à município.
(7) Penápolis (sede)
  Pelo Decreto-Lei 14334 de 30-11-1944, este distrito perdeu terras para a formação do distrito de Barbosa (em Avanhandava). Pela Lei 2456 de 30-12-1953 perdeu terras para o Município de Alto Alegre.Pela Lei 5285 de 18-2-1959 perdeu terras para o Município de Barbosa.

DOCUMENTAÇÃO SOBRE “PENNAPOLIS” NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO

No documento de criação do município tem jornais e assinaturas de todos os moradores pioneiros, nossos heróis.

 
  24718. 1918 Telegrama do Juiz de Direito de Penápolis ao Presidente da Câmara, comunicando a instalação daquela Comarca      
  26650. 1919 Solicita auxílio para o construção de um hospital em Penápolis   São Paulo  
  27050. 1920 Cria o distrito de paz de Gregório, no município e comarca de Penápolis   São Paulo  
  27054. 1920 Eleva a categoria de município o atual distrito de paz de Araçatuba da comarca de Penápolis   São Paulo  
  27055. 1920 Cria o município de Birigui, na comarca de Penápolis   São Paulo  
  27111. 1921 Muda a denominação do distrito de paz de Hector Legru do município e comarca de Penápolis para promissão   São Paulo  
  27395. 1925 Altera nº 1397, de 22 de dezembro de 1913, que fixou as divisas do município de Penápolis   São Paulo  
  27542. 1927 Cria o distrito de paz de ”Brauna” com sede de braunau, no município de Glicerio comarca de Penápolis   São Paulo  
  27682. 1929 Cria o distrito de paz de Santana, no município de Glicério comarca de Penápolis   São Paulo  
  28254. 1910 Criando o município de Penápolis, com sede via deste nome   São Paulo  
  28312. 1925 Cria o distrito de paz de “Coroados” no município de Berigrei, da comarca de Penápolis   São Paulo  
  28690. 1925 Criando o distrito de paz de “coroados”, no município de Birigui, comarca de Penápolis   Senado  
  28764. 1928 Sobre cobrança de impostos   Senado  
  28971. 1910 Criando o município de Penápolis      
  29578. 1929 Cria o distrito de paz de Santana, no município de Glicério, da comarca de Penápolis   Senado  
  29872. 1920 Cria o distrito de paz de Glicério, no município e comarca de Penápolis      
  29876. 1920 Cria o município de Araçatuba, com sede na povoação de igual nome, na comarca de Penápolis      
  29877. 1920 Cria o município de Birigui, na comarca de Penápolis      
  29993. 1917 Cria a comarca de Penápolis, compreendendo o município de igual nome        
  30021. 1922 Autoriza a construção de uma ponte sobre o rio Tietê, nas proximidades do Salto Avanhandava, ligando os municípios de Penápolis e Rio Preto, e outra ponte sobre o rio Pardo, na estrada de Santa Rosa e      
  30381. 1917 Cria o distrito de paz de Araçatuba, no município e comarca de Penápolis      
  30394. 1925 Estabelece as divisas do município de Penápolis, da comarca de igual nome      
  30473. 1921 Mudando a denominação do distrito de paz de “Hector Legru” no município e comarca de Penápolis para promissão      
  30767. 1923 Cria o município de Promissão, na comarca de Penápolis      
  30799. 1914 Cria o distrito de paz de Birigui, no município de Penápolis   Senado  
  31091. 1924 Cria o município de Avanhandava, no atual distrito de paz de Miguel Calmon, da comarca de Penápolis   Senado  
  31092. 1924 Cria o município de Glicério, com sede no atual distrito de paz de igual nome, na comarca de Penápolis   Senado  
  31272. 1919 Criando o distrito de paz de “Hector Legru”, no município de Penápolis   Senado  
  31529. 1927 Cria o distrito de paz de Brauna, com sede na povoação de Braunau, no município de Glicério, comarca de Penápolis      
  32062. 1928 Cria o município de Coroados, com sede no atual distrito de paz de igual nome, na comarca de Penápolis   Senado  
  34255. 1914 Criando o distrito de paz de Birigui, no município de Penápolis   Câmara  
  34383. 1917 Criando a comarca de Penápolis, compreendendo o município de igual nome   Câmara  
  34423. 1917 Cria o distrito de paz de Araçatuba, no município e comarca de Penápolis   Câmara  
  34518. 1919 Criando o distrito de paz de Hector Legru, no município e comarca de Penápolis   Câmara  
  35459. 1929 Ofício do Diretório Político do Partido Republicano Paulista de Penápolis a Armando Prado, Câmara dos Deputados do estado de São Paulo, solicitando a criação de uma delegacia regional.   Penápolis  
  36382. 1915 Correspondência de 1915 a 1919   Penápolis    
  36383. 1915 Correspondência de 1915 a 1919   Penápolis  
  36384. 1917 Telegrama do senhor Gumercindo Pereira dos Reis ao presidente da câmara, felicitando a aprovação da lei criadora daquela comarca e o povo da municipalidade prestou homenagem a câmara   Penápolis  
  36385. 1917 Ofício da prefeitura de Penápolis ao 1º secretário da câmara de São Paulo, agradecendo o exemplar dos anais da sessão ordinária de 1916 da câmara dos deputados   Penápolis  
  36386. 1919 Ofício da secretaria municipal de Penápolis ao diretor da secretaria da câmara, informando que recebeu por engano o ofício e os livros de serviço eleitoral de Buenópolis, e remetendo-os de volta à câmara para que sejam encaminhadas ao destino correto   Penápolis  
  36387. 1914 Ofício de Francisco Coelho, Presidente da Câmara Municipal de Penápolis, ao Secretário da Câmara dos Deputados do estado de SP agradecendo e acusando o recebimento dos Anais da Sessão Ordinária de 1913 da Câmara dos Deputados de SP.   Penápolis  
  39831. 1929 Ofício do Diretório Político do Partido Republicano Paulista de Penápolis a Armando Prado, Câmara dos Deputados do estado de São Paulo, solicitando a criação de uma delegacia regional.   Penápolis

12241. 1883 Pedido de abertura de estrada.   Santana do Paranaíba  
1891 Requerimento de Francisco Pinheiro Froes de concessão para construção de estrada de ferro entre Botucatu e a colônia do Avanhandava   São Paulo  
30021. 1922 Autoriza a construção de uma ponte sobre o rio Tietê, nas proximidades do Salto Avanhandava, ligando os municípios de Penápolis e Rio Preto, e outra ponte sobre o rio Pardo, na estrada de Santa Rosa e      
26009. 1902 Examina requerimento do cidadão Augusto Cambraia em que pede por certidão os documentos que se acham Juntos a sua petição solicitando concessão para uma estrada de ferro ao Avanhandava   São Paulo    

31168. 1909 Cria no município e comarca de Rio Preto, o distrito de paz de Afonso Pena, com sede no povoado e estação de Santa Cruz do Avanhandava, com emenda ao artigo 1º do projeto   Senado  
33781. 1909 Fica criado no município e comarca de Rio Preto o distrito de paz de Afonso Pena com sede no povoado e estação de Santa Cruz do Avanhandava   Câmara  
41054. 1927 Ofício do senhor Gabriel Ribeiro dos Santos, Secretário da Agricultura, ao 1º Secretário do Senado, comunicando a promulgação da lei que concede direito de despropriação à Companhia Paulista de Força e Luz à Companhia Força e Luz do Avanhandava   São Paulo  

  42408. 1936 Prorroga até 31 de dezembro de 1937 o prazo estabelecido no 1º, do art. 1º, do dec. N. 7.101, de 10 abril de 1935, para entrega ao Estado do edificio, instalações e material didatico do gymnasio de Penápolis.   Assembleia Legislativa do …    
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O TERRITÓRIO DE PENÁPOLIS-SP e suas alterações;

Esta lei ainda está em vigor. A alteração atual é esta:

Lei Estadual Paulista nº 8.550, de 30 DE DEZEMBRO de 1993

(Atualizada até a Lei nº 9.330, de 27 de dezembro de 1995)

Dispõe sobre alterações no Quadro Territorial-administrativo do Estado

ANEXO LXXXVI

MUNICÍPIO DE PENÁPOLIS-SP

(Criado em 1913)

  1. a) Divisas Municipais
  2. Com o Município de Zacarias

Começa no reservatório de Nova Avanhandava, no ponto em que o eixo do braço correspondente do ribeirão Lajeado cruza com o eixo principal; segue por este eixo até o ponto de cruzamento com o eixo do braço correspondente ao córrego da Divisa.

  1. Com o Município de Barbosa

Começa no reservatório de Nova Avanhandava, no ponto em que o seu eixo principal cruza com o eixo do braço correspondente ao córrego da Divisa; segue por este eixo, subindo pelo córrego do mesmo nome, até sua cabeceira sudocidental, no divisor Tietê-Lajeado; transpõe este divisor, seguindo pelo contraforte que finda no reservatório de Nova Avanhandava, no ponto fronteiro ao ponto de cruzamento dos eixos dos braços correspondentes ao ribeirão Lajeado e ao córrego do Degredo; alcança o citado ponto de cruzamento; segue pelo eixo do braço correspondente ao ribeirão Lajeado até o ponto de cruzamento com o eixo do braço correspondente ao córrego do Banhado; segue por este eixo, subindo pelo córrego do mesmo nome, até sua cabeceira mais meridional no divisor Lajeado-Farelo.

  1. Com o Município de Avanhandava

Começa no divisor que deixa, à direita, as águas do ribeirão Lajeado e, à esquerda, as águas do ribeirão do Farelo, na cabeceira mais meridional do córrego do Banhado; segue por este divisor e pelo divisor que deixa, à direita, as águas do ribeirão Lajeado, e à esquerda, as águas do ribeirão dos Patos, até o ponto de entroncamento com o espigão-mestre Tietê-Feio ou Aguapeí, na cabeceira nororiental do córrego do Matão.

  1. Com o Município de Alto Alegre

Começa no espigão-mestre Tietê-Feio ou Aguapeí, na cabeceira nororiental do córrego do Matão; segue por este espigão-mestre até a cabeceira mais meridional do córrego Dois Córregos, pelo qual desce até sua foz no ribeirão do Lajeado; sobe por este ribeirão até sua cabeceira mais ocidental no divisor Lajeado-Paraguai; daí, vai, em reta, até a foz do córrego Bagagem, no córrego Paraguai; desce por este córrego até o ponto onde é cortado pela reta de rumo Leste, que vem da foz do córrego Barra Bonita, no córrego Coroados; segue por esta reta até a referida foz; sobe pelo córrego Barra Bonita até a foz do córrego Cotia, pelo qual sobe até sua cabeceira mais meridional, no espigão-mestre Tietê-Feio ou Aguapeí; segue por este espigão-mestre até a cabeceira mais meridional do ribeirão Bonito.

  1. Com o Município de Braúna

Começa no espigão-mestre Tietê-Feio ou Aguapeí, na cabeceira mais meridional do ribeirão Bonito; desce por este ribeirão até a foz do córrego do Veado.

  1. Com o Município de Glicério

Começa no ribeirão Bonito, na foz do córrego do Veado; desce por aquele ribeirão e segue pelo eixo do braço do reservatório de Nova Avanhandava correspondente ao mesmo ribeirão até o ponto de cruzamento com o eixo do braço correspondente ao ribeirão Lajeado; segue por este eixo até o ponto de cruzamento com o eixo principal do reservatório, onde tiveram início estas divisas.

Texto original de 1964:

LEI Estadual Paulista Nº 8.092, DE 28 DE FEVEREIRO DE 1964

Dispõe sobre o Quadro Territorial, Administrativo e Judiciário do Estado

MUNICÍPIO DE PENÁPOLIS-SP

(Criado em 1913)

  1. a) Divisas Municipais

1 – Com o Município de Glicério

Começa no ribeirão Bonito, na foz do córrego São Jorge; desce por aquele até sua foz no ribeirão Lajeado, e por este ainda até o rio Tietê.

2 – Com o Município de Planalto

Começa no rio Tietê, na foz do ribeirão Lajeado; sobe pelo rio Tietê até a foz do primeiro córrego da margem esquerda, abaixo do ribeirão das Oficinas ou dos Ferreiros.

3 – Com o Município de Barbosa

Começa no rio Tietê, na foz do primeiro córrego da margem esquerda abaixo da foz do ribeirão das Oficinas ou dos Ferreiros; sobe por aquele córrego até sua cabeceira; segue pelo divisor Tietê-Lajeado, em demanda da foz ao córrego do Degredo, no ribeirão Lajeado; sobe por este até a foz do córrego do Banhado, pelo qual sobe ate sua cabeceira meridional no espigão entre os ribeirões Lajeado e Farelo.

4 – Com o Município de Avanhandava.

Começa no espigão Lajeado-Farelo, na cabeceira meridional do córrego do Banhado, segue pelo espigão que deixa, à direita, as águas do ribeirão Lajeado, e, à esquerda, as dos ribeirões Farelo e Barra Mansa, até a cabeceira mais oriental do córrego do Matão no espigão-mestre entre os rios Tietê e Feio.

5 – Com o Município de Alto Alegre.

Começa no espigão-mestre Tietê – Aguapeí ou Feio, na cabeceira mais oriental do córrego do Matão; segue pelo espigão-mestre até a cabeceira do córrego Dois Córregos, pelo qual desce até sua foz no ribeirão do Lajeado; sobe pelo ribeirão do Lajeado até sua cabeceira no divisor Lajeado-Paraguai; daí, vai, em reta, à foz do córrego Bagagem no córrego Paraguai pelo qual desce até o ponto onde é cortado pela reta de rumo Leste que vem da foz do córrego Barra Bonita, no córrego Coroados; segue por esta reta até a referida foz; sobe o córrego Barra Bonita até a foz do córrego Cotia; pelo qual sobe até sua cabeceira; continua pelo contraforte fronteiro até o espigão-mestre Tietê – Feio ou Aguapeí; segue pelo espigão-mestre até a cabeceira mais setentrional do ribeirão Grande.

6 – Com o Município de Braúna

Começa na cabeceira mais setentrional do ribeirão Grande, no espigão-mestre Tietê – Feio ou Aguapeí, segue pelo espigão-mestre até a cabeceira do ribeirão Bonito; desce por este até a foz do córrego do Veado, onde tiveram início estas divisas.

Lei Estadual Paulista n° 233, de 24/12/1948

Ementa

Fixa o Quadro Territorial, Administrativo e Judiciário do Estado, a vigorar no quinquênio 1949-1953

MUNICIPIO DE PENÁPOLIS-SP – (Instalado em 1914)

  1. a) Limites municipais:

1 – COM O MUNICIPIO DE PLANALTO

Começa no rio Tietê na fóz do ribeirão Lajeado sobe pelo rio até a fóz do ribeirão dos Ferreiros ou das Oficinas.

2 – COM O MUNICIPIO DE AVANHANDAVA

Começa no rio Tietê, na fóz do ribeirão dos Ferreiros ou das Oficinas, segue em reta à fóz do córrego do Banhado, pelo qual sobe até sua cabeceira meridional no divisor que deixa, a direita, as águas do ribeirão Lajeado, e à esquerda, as dos ribeirões Farelo, Rancharia e Barra Mansa, segue por este divisor até a cabeceira do córrego do Saltinho, dai, vai em reta à cabeceira mais oriental do córrego do Matão no espigão mestre entre os rios Tietê e Feio.

3 – COM O MUNICIPIO DE PROMISSÃO

Começa no espigão mestre entre os rios Tietê e Feio na cabeceira mais oriental do córrego do Matão, desce pelo córrego do Matão até sua fóz no rio Feio.

4 – COM O MUNICIPIO DE GETULINA

Começa no rio Feio na fóz do córrego do Matão desce pelo rio Feio até a fóz do ribeirão Grande.

5 – COM O MUNICIPIO DE GLICERIO

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Começa no rio Feio ou Aguapeí na fóz do ribeirão Grande, pelo qual sobe até sua cabeceira mais setentrional do espigão mestre Tietê-Aguapeí, segue pelo espigão mestre até a cabeceira do ribeirão Bonito, desce por este até o ribeirão Lajeado e por este ainda, até o rio Tietê, onde tiveram início estes limites.

  1. b) Divisas interdistritais:

1 – ENTRE OS DISTRITOS DE ALTO ALEGRE E PENAPOLIS-SP

Começa no espigão mestre Tietê-Aguapeí, na cabeceira mais oriental do córrego do Matão, segue pelo espigão mestre até a cabeceira do córrego da Bagagem e por este abaixo e pelo córrego Paraguai até a estrada que, da cidade de Penápolis-SP vai à vila de Alto Alegre, segue pelo eixo da estrada até o córrego Coroados e por este acima e pelo córrego Barra Bonita até sua cabeceira, ganha a cabeceira do córrego do Veado e por este abaixo até o ribeirão Bonito.

 

DIVISAS de PENÁPOLIS-SP

Decreto-Lei Estadual Paulista n° 14.334 – 30-11-1944

CXCVII – Município de PENÁPOLIS-SP (N.172)

a) Limites municipais:

1. COM O MUNICÍPIO DE MONTE APRAZIVEL-SP

Começam no rio Tietê na foz do ribeirão Lajeado, sobem pelo rio até a barra do ribeirão dos Ferreiros ou das Oficinas.

2. COM O MUNICÍPIO DE AVANHANDAVA-SP

Começam no rio Tietê, na barra do ribeirão dos Ferreiros ou das Oficinas, vão, daí em reta, à barra do córrego do Degredo ou ribeirão Lajeado, sobem por este até a barra do córrego do Banhado, pelo qual sobem até sua cabeceira no divisor que deixa, à direita, as águas do ribeirão Lajeado, e, à esquerda, as dos ribeirões Farelo, Rancharia e Barra Mansa, seguem por este divisor até a cabeceira do córrego do Saltinho, daí, vão em reta à cabeceira mais oriental do córrego do Matão no espigão mestre entre os rios Tietê e Feio.

3. COM O MUNICÍPIO DE PROMISSÃO-SP

Começam no espigão mestre entre os rios Tietê e Feio na cabeceira mais oriental do córrego do Matão, descem pelo córrego do Matão até sua foz no rio Feio.

4 – COM O MUNICÍPIO DE GETULINA-SP

Começam no rio Feio, na foz do córrego do Matão, descem pelo rio Feio até a sua confluência com o ribeirão Grande.

5. COM O MUNICÍPIO DE GLICÉRIO-SP

Começam na confluência do rio Feio ou Aguapeí com o ribeirão Grande, pelo qual sobem até sua cabeceira mais setentrional no espigão mestre Tietê-Aguapeí, seguem pelo espigão mestre até a cabeceira do ribeirão Bonito, descem por este até o ribeirão Lajeado e por este ainda até o rio Tietê, onde tiveram inicio estas divisas.

Decreto Estadual Paulista n° 9.775, de 30 de NOVEMBRO de 1938

Fixa o novo quadro de divisão territorial do Estado, que vigorará de 1.º de janeiro de 1939 a 31 de dezembro de 1943, e dá outras providências.

PENÁPOLIS-SP

O município de Penápolis-SP, comarca do mesmo nome, constituído do Distrito de Paz da sede, ( a sede é a cidade de Penápolis-SP), e, o (Distrito de Paz) de Alto Alegre, terá as seguintes divisas:

COM O MUNICÍPIO DE MONTE APRAZÍVEL

Começam no rio Tietê, na foz do ribeirão Lajeado, sobem pelo rio até a água da Barrinha da Figueira;

COM O MUNICÍPIO DE AVANHANDAVA:

Começam no rio Tietê, na foz da Água da Barrinha, da Figueira, continuam pelo espigão que deixa, à direita, as águas do ribeirão Lajeado, e, à esquerda, as águas da Água da Barrinha da Figueira e as dos ribeirões do Fareio e Barra Mansa, e pelo espigão alcançam a cabeceira mais ocidental do córrego do Matão, pelo qual descem até o rio Feio;

COM O MUNICÍPIO DE GETULINA:

Começam no rio Feio, na foz do córrego Matão, descem pelo rio até a sua confluência com o ribeirão Grande;

COM O MUNICÍPIO DE GLICERIO:

Começam na confluência do Rio Feio com o ribeirão Grande, pelo qual sobem até sua cabeceira mais setentrional, continuam pelo espigão mestre Tietê-Aguapeí, até defrontar a cabeceira do ribeirão Bonito, descendo por êste até o ribeirão Lajeado e por êste ainda, até o rio Tietê onde tiveram estas divisas;

COM O DISTRITO DE PAZ ALTO ALEGRE:

O distrito de paz de Alto Alegre terá as seguintes divisas internas com o distrito da sede do município de Penápolis-SP:
Começam no espigão mestre Tietê-Aguapeí, mas cabeceira do córrego no Matão seguem pelo espigão mestre até a cabeceira do córrego da Bagagem e por este abaixo até a estrada que, da cidade de Penápolis-SP vai à Vila de Alto Alegre, seguem pelo eixo da estrada que vai ao córrego Coroados e por este acima pelo córrego Barra Bonita até sua cabeceira, ganham a cabeceira do córrego do Veado e por este abaixo até o ribeirão Bonito.

Lei Estadual Paulista n° 2.129, de 3 de AGOSTO de 1926

Estabelece as divisas, do municipio de Pennapolis

O Doutor Carlos de Campos, Presidente do Estado de São Paulo.
Faço saber que o Congresso Legislativo decretou e eu promulgo a lei seguinte:
Artigo 1.º – Ficam estabelecidas as seguintes divisas para o municipio de Pennapolis, na comarca de egual nome:

«Começam no rio Tieté, na barra da Agua da Barrinha da figueira, e continuam pelo divisor, que deixa, á direita, as águas do rio Tieté e ribeirão Lageado e, á esquerda, as da Agua da Barrinha da Figueira e corrego Farello até á cabeceira principal do ribeirão do Mattão : descem por este até ao rio Feio, subindo por este e pelo corrego da Volta Grande até á sua cabeceira principal e desta á do corrego Tangará; descem por este e pelo rio Presidente Tibiriçá até a barra do corrego Paroné, subindo por este até á sua cabeceira principal, e continuando pelo divisor, que deixa, á direita, as aguas do ribeirão Caingang ou Guaporanga e, á esquerda, as do rio Presidente Tibiriçá, e corrego do Veado, até ao divisor das aguas entre os rios Presidente Tibiriçá e Peixe, continuam pelo divisor que deixa, á direita, as aguas do rio ribeirão Caingang ou Guaporanga e, á esquerda, as do rio do Peixe, ribeirão Iaori e rio Aguapehy. até á barra do ribeirão Caingang ou Guaporanga, no rio Aguapehy : sóbem pelos rios Aguapehy e Feio até á barra do ribeirão Grande e por este até á sua cabeceira principal, desta á do ribeirão Bonito, descendo por este e pelo Lageado, até á sua barra, no rio Tieté e subindo pelo rio Tieté até ao ponto onde tiveram começo».

Artigo 2.º – Revogam-se as disposições em contrario.
O Secretario de Estado dos Negocios do Interior assim a faça executar.
Palacio do Governo do Estado de São Paulo, 3 de Agosto de 1926.

CARLOS DE CAMPOS
José Manoel Lobo.

Publicada na Secretaria de Estado dos Negocios do Interior, em 6 de Agosto de 1926. – O director-geral, João Chrysostomo Bueno dos Reis Junior.

Uma história moderna de Penápolis-SP, escrita por ocasião do Centenário de sua fundação, em 2008:

“História de Penápolis-SP – Apontamentos de Memória e de Leitura”, do Adolpho Avoglio Hecht.

Não acreditamos muito no que diz este livro sobre um povoamento dos Campos da Vanhandava, em 1767, a mando do Morgado de Mateus, governador da Capitania de São Paulo. Entendemos, ver acima, que esta tentativa de povoamento não se concretizou.

Em 1767, ver mapa acima, era grafado “Campos da Vanhandava”.

Entendemos que o apelido, alcunha de Degredo, era alcunha da Colônia Militar de 1862, para “onde quem ia, não voltava”, e não alcunha da suposta colonização em 1767.

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Existe uma História de Penápolis-SP nos seus 110 anos em 2018, de autoria de Ricardo Alves Carneiro:

A nossa amada N.O.B., Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, do nosso tempo

Bauru-SP – KM zero da N.O.B – Penápolis-SP Km 202 – portanto 200 km em 9 horas de viagem.

1954-EF-NoB-Noroeste-Brasil-1

Legislação estadual paulista sobre Penápolis-SP, até 1970:

DISPÕE SOBRE A DESAPROPRIAÇÃO DO IMÓVEL SITUADO NO DISTRITO, MUNICÍPIO E COMARCA DE PENÁPOLIS NECESSÁRIO À INSTALAÇÃO DO GRUPO ESCOLAR LOCAL.

DISPÕE SOBRE DESAPROPRIAÇÃO DE IMÓVEL SITUADO NO DISTRITO, MUNICÍPIO E COMARCA DE PENÁPOLIS, NECESSÁRIO À INSTALAÇÃO DO GINÁSIO AGRÍCOLA LOCAL.

DISPÕE SOBRE O FUNCIONAMENTO DA FACULDADE MUNICIPAL DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE PENÁPOLIS .

-DISPÕE SOBRE DOAÇÃO DE VEÍCULO USADO DO ESTADO À ASSOCIAÇÃO PENAPOLENSE DE PROTEÇÃO À INFÂNCIA –ANJO DA GUARDA–, DE PENÁPOLIS-.

DENOMINA -IONE DIAS DE AGUIAR- O GINÁSIO ESTADUAL DA VILA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA, DE PENÁPOLIS.

DENOMINA -PRESIDENTE KENNEDY- O FÓRUM DE PENÁPOLIS.

RETIFICA PARA EDUCANDÁRIO CORAÇÃO DE MARIA, DE PENÁPOLIS, O NOME DA ENTIDADE BENEFICIADA PELA LEI DE AUXÍLIO 8099

Dispõe sôbre desapropriação de uma gleba de terras destinada à construção da Subestação de Penápolis, necessária ao sistema Urubupungá. .

CRIA GINÁSIO EM AVAÍ E OUTROS MUNICÍPIOS.

Autoriza a instalação e o funcionamento da Escola Normal Particular -Dom Bosco-, de Penápolis. .

CRIA DISPENSÁRIO DE TUBERCULOSE EM PENÁPOLIS.

CRIA ESCOLA DE AUXILIAR DE ENFERMAGEM NO MUNICÍPIO DE PENÁPOLIS.

DECLARA DE UTILIDADE PÚBLICA O -CENTRO ESPÍRITA DISCÍPULOS DE JESUS-, DE PENÁPOLIS.

DECLARA DE UTILIDADE PÚBLICA A -CASA DA AMIZADE-, DE PENÁPOLIS.

DECLARA DE UTILIDADE PÚBLICA A ASSOCIAÇÃO VILA DA INFÂNCIA, DE PENÁPOLIS.

A Região dos “Campos do Avanhandava” e do “Salto do Avanhandava”, no baixo Rio Tietê, quando da chegada dos primeiros pioneiros , era habitada pelos índios Coroados (ou Kaingang, ou ainda, Caingangue) vindos do sul do Brasil.

O topônimo Ava – Nhandava significa: “O índio que fala o dialeto Nhandeva”, por isso não se diz: “salto de”, e, sim, se diz: “Salto do  Avanhandava” ou “Cachoeira do Avanhandava”, e, por isso, se acredita que os índios nhandevas predominavam na região quando da chegada dos índios Coroados.

Porém, encontramos, ver mapa acima, mais antigamente, grafado: CAMPOS DA VANHANDAVA, o que poderia legar a uma outra interpretação dessa palavra.

A primeira presença do Estado brasileiro na região foi, em 1858, pouco antes da Guerra do Paraguai, uma Colônia Militar (quartel, fortaleza), próxima ao Salto do Avanhandava, no Rio Tietê, que recebeu o nome de Colônia do Avanhandava e o apelido de Degredo.

Naquela época se criaram várias colônias militares, em todo o Brasil, para proteção das fronteiras, e para:

“proteger a população do interior contra índios selvagens, para facilitar as comunicações e o comércio e para ajudar os núcleos civis que se fundarem nas suas vizinhanças”.

A Colônia do Avanhandava, localizada próximo ao porto de desembarque, o Porto do Cruz, no Rio Tietê, pouco antes da “Cachoeira do Avanhandava”, junto à estrada que ligava Piracicaba a Paranaíba, foi criada pelo decreto imperial de 23 de março de 1858.

LEIA AQUI O REGULAMENTO DA COLÔNIA MILITAR DO DEGREDO – Soldados protegendo os colonos dos ataques dos índios:

Primeira Parte:

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Segunda Parte:

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A velha Colônia Militar, (apelidada de Degredo), tinha como objetivo, proteger o povoamento da região, onde cinco fazendeiros, ver acima, compraram terras devolutas do governo imperial do Brasil, e pretendiam formar um “patrimônio”, como se chamava, na época, as pequenas povoações, recém criadas, construídas ao redor de uma capela, à qual se doa um “patrimônio”: uma área para praça, capela e a abertura de ruas ao seu redor.

A Colônia do Avanhandava deveria servir também de retaguarda à Colônia de Itapura-SP, na foz do Rio Tietê, junto ao Rio Paraná. A Colônia Militar do Avanhandava, porém, não prosperou. 

Em 1859, a povoação que não sabemos o nome, dizia-se Salto do Avanhandava, já existia, ver acima.

Hoje, o “Salto do Avanhandava”, a colônia militar e a velha Usina Hidrelétrica do Avanhandava, jazem no fundo da represa da Usina Hidrelétrica de Nova Avanhandava.

Posteriormente, próximo ao velho quartel  e ao Ribeirão do Lajeado, se tentou formar, em 1863, segundo o Professor Fausto Ribeiro de Barros, pelos primeiros pioneiros, e talvez remanescentes da velha Colônia Militar, um Patrimônio, tendo como orago, ver acima, Nosso Senhor dos Passos. Sabemos, ver acima, que em 1862, existia no local, o arraial de Nossa Senhora do Carmo do Avanhandava. 

Este segundo patrimônio não prosperou porque uma das famílias pioneiras, a família Pinto Caldeira, foi massacrada pelos índios em 1886. Não encontramos no jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, a notícia. Foram enterrados os 11 homens mortos pelos índios, no cemitério do Lajeado.

Esta família, “Pinto Caldeira”, é atualmente homenageada, dando seu nome ao Córrego dos Pintos, na região do Ribeirão do Lajeado, a qual ainda pertence ao Município de Penápolis-SP, e foram enterrados no cemitério do Lajeado, o qual é o monumento histórico mais antigo de Penápolis-SP e única construção que restou do antigo “Patrimônio de Nosso Senhor dos Passos”, existindo apenas um túmulo lá. Muitos restos mortais foram transferidos para o Cemitério de Penápolis-SP.

O Bairro do Lajeado chegou a ter, além de cemitério, muitas casas e capela, ver foto de procissão acima no Lajeado. Hoje resta parte do velho cemitério em estado de abandono.

Em 1895, o Presidente do Estado de São Paulo, o Dr. Bernardino de Campos, autoriza, em lei, a construção de uma estrada de Bauru-SP ao Salto do Avanhandava, estrada esta que facilitaria o acesso à região dos Campos do Avanhandava.

O Patrimônio de Santa Cruz do Avanhandava surgiu, tempos depois, em 1908, em terras compradas dos herdeiros da pioneira Maria Chica pelo empreendedor Coronel Manuel Bento da Cruz, e, em terras doadas, em 1906, pelo fazendeiro Eduardo José de Castilho.

Eduardo Castilho doou, em 1906, para a formação do novo patrimônio, um lote de terras aos frades capuchinhos, e, ele e Manuel Bento da Cruz venderam as terras vizinhas ao novo patrimônio, para os pioneiros, fracionando-as em pequenos lotes de terras, os sítios.

Manuel Bento da Cruz adquiriu terras públicas, em leilão, e as registrou, em 1907, no cartório de notas de São José do Rio Preto-SP, e rapidamente, as vendeu, em pequenos lotes aos pioneiros.

A colonização de Penápolis-SP, portanto, foi feita, como em todo o oeste paulista, de acordo com a Lei de Terras estadual paulista nº 323, de 1895, que só permitia a aquisição de terras devolutas, pertencentes ao governo do estado, em leilão (haste) público.

A Lei de Terras paulista, inspirada na lei de terras do Império do Brasil nº 601, de 1850, exigia também que, em breve, o seu comprador as revendesse em lotes que não podiam passar de 500 hectares em terras de cultura, 4.000 hectares em “campos de criar”, e 40 hectares nos lotes suburbanos. Em 1859, ver acima, o jornal “Correio Paulistano”, de São Paulo-SP, diz que a nova lei de terras gera problemas para os colonos do Avanhandava.

Eram considerados suburbanos os lotes a menos de 12 quilômetros do centro da povoação, garantindo, assim, o acesso à terra aos pequenos proprietários.

Assim, para estimular a colonização da região, Manuel Bento da Cruz, Eduardo de Castilho e os capuchinhos fundaram o Patrimônio de Santa Cruz do Avanhandava, em 25 de outubro de 1908, esperando a próxima chegada dos trilhos da Estrada de Ferro N.O.B. Esta data é oficialmente a data de fundação de Penápolis-SP.

Como marco deste acontecimento, os frades capuchinhos realizaram um primeira missa naquele dia e ergueram eles um cruzeiro em frente ao local onde, depois, se instalou, em 1923, o 1º Grupo Escolar de Penápolis-SP.

No lugar onde ficava o cruzeiro, há atualmente uma estátua de São Francisco de Assis.

Nos patrimônios e nas vilas e cidades, daquela época, concentravam-se os estabelecimentos comerciais, porém a grande maioria da população vivia na zona rural.

Logo em seguida, em 2 de dezembro de 1908, chegou ao novo povoado, a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, na época chamada “Estrada de Ferro Bauru – Itapura”, que impulsionou o povoamento da região. As estradas de ferro, naquela época, eram fundamentais para o transporte de grãos de café, a maior produção agrícola da época, para o porto de Santos.

A construção dos trilhos da Noroeste do Brasil prosseguiu, em terras pertencentes, na época, à Penápolis-SP, rumo ao rio Paraná, onde os trilhos chegaram em 1910, com um número de mortos, por malária e por índios, de 10.000 pessoas.

O primitivo traçado da Estrada de Ferro N.O.B. era o ramal Araçatuba-SP- Lussanvira, na atual Pereira Barreto-SP, ramal este que margeava o Rio Tietê, sujeitando os trabalhadores da linha à malária (impaludismo, maleita, paludismo).

Nos registros do Cemitério Municipal de Penápolis-SP, de 1914 a 1925, consta muitos  mortos por “paludismo”, o impaludismo, a malária, a maleita.

Em 17 de novembro de 1909, o patrimônio se torna um Distrito de Paz de São José do Rio Preto-SP, com seu território se estendendo até próximo da foz do Rio Tietê, no Rio Paraná, divisando ali com o Distrito de Paz de Itapura-SP.

Em 22 de dezembro de 1913, Penápolis-SP torna-se um município do Estado de São Paulo. Hoje, 2024, o Estado de São Paulo tem 645 municípios.

Os pioneiros encontraram seus maiores obstáculos nos ataques dos índios e na malária, na época chamada de maleita, paludismo, e, de impaludismo.

Os índios só foram finalmente pacificados, em 1912, com a ação do Coronel Cândido Rondon, que, por isto, é homenageado dando seu nome à SP-300 que é a principal rodovia que corta a região da Estrada de Ferro N.O.B. (Bauru-SP até a divisa com o Mato Grosso do Sul), atual Novoeste. Hoje, 2024, a Novoeste está desativada.

Um dos últimos grandes ataques de índios, se deu em julho de 1910, quando o agrimensor Christiano Olsen e sua equipe foram mortos e queimados, pelos índios caingangue, na Fazenda do Baguassu, próxima a atual Araçatuba-SP, região que, na época, pertencia a Penápolis-SP.

A pacificação dos índios realizada pelo Coronel Rondon foi decisiva para o povoamento da região, tanto que o preço do alqueire de terra subiu 1.000% de 1910 a 1914, passando de 13$000 réis a 100$000 réis, indicando um grande aumento da procura por terras após a pacificação. Em 1925, o alqueire de terra, próximo à área urbana de Penápolis-SP, já estava cotado a 1:000$000, ou seja, uma nova valorização de 1.000% em relação a 1914.

Em 1917, é inaugurada a iluminação pública por energia elétrica em Penápolis-SP.

O primeiro Grupo Escolar de Penápolis-SP foi instalado em 1919, e, o primeiro Ginásio Estadual instalado em 1935.

Em 21 de janeiro de 1920 é criado, por decreto estadual, uma Caixa Econômica em Penápolis-SP, (depois Banco Nossa Caixa, que foi incorporado pelo Banco do Brasil).

Em 28 de abril de 1926, Penápolis-SP foi palco da maior tragédia da Imigração Japonesa no Brasil, e, que foi um dos mais bárbaros crimes da História do Brasil, quando o imigrante japonês Kadotá Masatoro decapitou, a golpes de machado:

– Sua esposa, a imigrante japonesa Fijosi (Tioc) Kadotá, 45 anos,

– Sua filha Shizue, de 18 anos, solteira,

– Seus 3 filhos menores: Masas (ou Massao) de 15  anos, João de 13 anos, e José de 11 anos de idade.

Foram sepultados, em 01 de maio de 1926, no Cemitério Municipal de Penápolis-SP.

No registro do Cemitério de Penápolis-SP, Necrópole Santa Cruz, consta a esposa e filhos como sendo  naturais do Estado de São Paulo.

O Jornal da Capital FOLHA DA MANHÃ deu grande destaque ao caso com a antológica reportagem, ver acima.

Em abril de 1929, a região da Estrada de Ferro N.O.B., recebeu a visita do Presidente do Estado de São Paulo, o Dr. Júlio Prestes, o Seu Julinho, que comparou os pioneiros desbravadores da Noroeste do Brasil aos Bandeirantes, desbravando terras e enfrentando perigos de todo tipo.

Em 1935, é inaugurado o primeiro Ginásio Estadual, hoje 5° a 8° série, em Penápolis-SP.

A situação da velha Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que pertencia ao governo federal, melhorou muito, quando, em 1935, o Presidente da República, o Dr. Getúlio Vargas, iniciou o empedramento da linha férrea, eliminando-se as nuvens de poeira que penetrava nos vagões.

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Uma família de pioneiros brancos, moradores no Degredo, em Penápolis-SP;

um casal recém casado vindo, em 1912, de Uberaba-MG – Foto de 1934

Em 1940, o Presidente da República, o Doutor Getúlio Vargas, concluiu a construção de uma “Variante” da Estrada de Ferro N.O.B., entre Araçatuba-SP e o Salto de Jupiá, no Rio Paraná, afastando a estrada de ferro das margens do Rio Tietê, e, portanto, da malária, também conhecida como maleita, paludismo, e, impaludismo.

Foram muitos os óbitos de PALUDISMO, a malária, no Cemitério de Penápolis-SP, de 1914 a 1925. Também, o empedramento da linha da N.O.B., nesta mesma época, acabou com a imensa poeira nos vagões dos trens, ver acima.

Ainda as locomotivas maria-fumaça soltava fagulhas e queimava as roupas dos passageiros; depois surgiram as locomotivas a diesel nos anos 1950.

Penápolis-SP em 1949/1950:

Agricultura – Nota-se a subdivisão das terras em pequenas propriedades rurais.

Propr. agríc. existentes – 1353

Propr. agríc. com menos de 20 alqueires – 872

Propr. agríc. de 20 a 50 alqueires – 304

Propr. agríc. de 50 a 100 alqueires – 83

Propr. agríc. de 100 a 200 alqueires – 62

Propr. agríc. de 200 a 500 alqueires – 28

Propr. agríc. de mais de 500 alqueires – 4

Variedade de culturas praticadas: algodão, café, milho, arroz, feijão, amendoim, mamona.

Valor global aproximado das propriedades agrícolas: Cr$ 120.320.330,00

Comércio – Ainda não dominado por grandes redes de fora, ainda não existia o Supermercado.

Número de firmas taxadas no Imposto de Indústrias e Profissões: 513

Relação das consideradas grandes firmas:

Secos e Molhados: Loja do Sol, Casa Michel, Casa União, Casa São João.

Ferragens: Loja do Sol, Casa Michel, Casa União, Casa São João.

Tecidos e armarinhos: Loja do Sol, Casa Michel, Casa União, Casa São João, Casa A Disposição, Casa Paulista, Casa Armênia, Casa das Américas, Casa Camargo, Casa Penapolense.

Calçados: Casa Paulista, Casa Armênia, Casa das Américas, Casa Camargo, Casa Penapolense, Loja Imperatriz.

Alfaiatarias: Alfaiataria Parra, Alfaiataria Sabino, Alfaiataria Zuza.

Material Elétrico: Casa Fonseca, Saieg & Cia.

Livrarias e Papelarias: Livraria Penapolense e Livraria Comercial.

Padaria e Confeitaria: Padaria Expressa, Padaria Vitória, Padaria Paulista, Padaria 9 de julho, Padaria Belém.

Móveis: Ao Progresso de Penápolis.

Indústria – café sempre presente na região – Usina de Açúcar, e olarias

Números de indústrias taxadas no Imposto de Indústrias e Profissões: 155.

Número de operários trabalhando nas indústrias: 624

Capital invertido na indústria no município: Cr$ 21.216.845,00

Relação das consideradas grandes indústrias:

Máquinas de Benefício de Café, Arroz, Algodão: Máquina de Lavoura, Algodoeira Noroeste S/A, Fazenda Cafeeira, Usina Bandeirante, Damião Martins, Máquina São João, Máquina Santo Antônio, Garcia Soares & Cia., Máquina Aguiar, Máquina Ypiranga, Irmãos Beber, Máquina Brasil, Máquina Santa Terezinha, Máquina São Paulo, Máquina Sta. Luzia.

Serrarias e Mercearias: Serraria Industrial, Serraria Floresta, Marcenaria Penápolis Progride, Mercenária São José, Serraria da Estação, Marcenaria Oficina Mecânica Industrial, Marcenaria V. Anselmo & Andaló.

Cerâmica e Tijolos: Cerâmica Bela Vista, H. de Aguiar & Cia.

Pastifício: Santa Rosa.

Curtume: Canta Galo.

Torrefação de Café: Torrefação Progresso.

Fábrica de Bebidas: Fábrica de Bebidas “Colares”, Fábrica de Bebidas Penapolense.

Fecularia: Fecularia Penapolense.

Fábrica de Ladrilhos: Fábrica de Ladrilhos Santa Luzia.

Usinas de Açúcar: Usina Campestre, Usina Santa Maria, Usina São José.

Bancos – tempo dos pequenos bancos regionais.

Agências ou filiais de bancos do município: Banco Noroeste do Estado de São Paulo, Banco Comercial do Estado de São Paulo, Banco Brasileiro de Descontos S/A, Banco Bandeirante do Comércio S/A e Banco do Estado de São Paulo.

Caixa Econômica Estadual

Número de depositantes: 1365.

Montante dos depósitos: Cr$ 3.703.518,30.

Coletoria (de impostos) Estadual

Arrecadação em 1948: Cr$ 4.018.781,40

Coletoria (de impostos) Federal

Arrecadação em 1948: Cr$ 2.218.040,90.

Total de arrecadação do Imposto de Renda: Cr$ 840.309,90.

Idem do Selo de Educação e Saúde: Cr$ 84.320,80

Correios e Telégrafos

Classe de agência: 2.ª

Montante da última arrecadação: Cr$ 463.966,70

Serviço de Reembolso Postal: Tem

Montante de arrecadação de taxas de Reembolso Postal: Cr$ 314.334,20

Outras agências postais existentes no município: Agência Postal de 4ª Classe no Distrito de Alto Alegre.

Estradas de Ferro

Estradas de ferro que servem o município: Estrada de Ferro Noroeste do Brasil – a N.O.B.

Distância entre o município e a capital: 622 quilômetros.

Tempo médio de viagem: 13,30 horas.

Custo de passagens entre a capital e o município: 1.ª classe, singela: Cr$ 187,00; ida e volta: Cr$ 300,20. 2.ª classe, singela: Cr$ 80,20; ida e volta: Cr$ 148,80.

Números de trens diários entre o município e a capital: 2.

Estradas de Rodagem, RECÉM INAUGURADA BAURU-SP A PENÁPOLIS-SP, obra do Governador do Estado de São Paulo, o Dr. Adhemar de Barros.

Estradas estaduais que cortam o município: Bauru a Jupiá e Rio Preto a Presidente Prudente.

Distância entre o município e a capital: 440 quilômetros.

Tempo médio de viagem: 9 horas.

Estradas municipais que cortam o município: Penápolis a Avanhandava, a Glicério, a Salto do Avanhandava, a Alto Alegre, a Paraguai, a Lusitana, a Rio Feio, a Rio Tietê, a Campo Grande e a Matão.

Transportes rodoviários: Empresas de ônibus existentes com sede no município: 5. Empresa Martins, servindo a linha Ribeirão Grande-Penápolis. Empresa Garcia, servindo a linha Matão-Penápolis. Empresa Álvares, servindo as linhas Bairro Watanabe-Penápolis e Nakamura-Penápolis. Empresa Pinheiro, servindo a linha Penápolis-Águas. Empresa Tonello, servindo as linhas Penápolis-Brauna, Brauna Penápolis, Penápolis-Araçatuba, Araçatuba Penápolis. Com sede em outros municípios: 5. Empresa Bandeirante, com sede em Catanduva, servindo as linhas Rio Preto-Penápolis, Catanduva-Penápolis e Penápolis-Tupã. Empresa Vanuque, com sede em Guararapes, servindo Guararapes-Penápolis. Empresa Romero, com sede em Tupã, servindo as linas Tupã-Penápolis e Penápolis-Rio Preto. Empresa Romeiro, com sede em Glicério, servindo a linha Lusiânia-Penápolis. Empresa Reunida Paulista Ltda., servindo a linha Araçatuva-Bauru. Auto-lotações existentes: Auto Expresso Mercúrio, servindo a linha Penápolis-Bauru.

Aviação

Localização do campo de pouso: A 1 quilômetro do centro da cidade.

Número de pistas: 4, sendo 1 de 1.920 metros; 1 de 1.290 metros, 1 de 1.100 metros e 1 de 960 metros.

Capacidade das pistas e tipo: Para aviões comerciais, sendo as pistas de terra e grama.

Aero Clube: Tem.

Número de aviões de treinamento: 1 HL6 e 2 piper.

Aviões de treinamento avançado: 1 HL6

Pilotos já brevetados: 54.

Orçamento Municipal

Orçamento Municipal para 1949: Cr$ 2.150.000,00.

Arrecadação em 1948: Cr$ 1.988.785,30.

Despesa em 1948: Cr$ 2.097.203,10.

Informações Político-Administrativas

Atual prefeito municipal: Dr. Ênio Soliani

Vereadores municipais: Antônio Pagnoca, Luís Rodrigues Mansano, Valdomiro Jorge de Mendonça, Gualter Monteiro, André Soler Torres, Sílvio Macedo, José da Silva Pereira Filho, Ernesto Cagliari, Cornélio Brinholi, Alípio do V. Pires, José Paro, Fernando Arruda Campos, Augusto Pereira de Morais, José Xavier de Oliveira, Vitório Filipin, Chauki Rahal, Nagib Sabino, Mário Waldemarin e José Santaela Olivença.

Realizações da atual administração: Instalação da rede de esgoto em toda a cidade, criação de uma Agência de Banco do Estado S/A, aquisição de três caminhões, inclusive um caminhão irrigador e uma possante moto-niveladora Kater-Pila, calçamento do pátio da Estação, ajardinamento da Praça do Fórum, criação de mais de 10 escolas municipais, rurais, captação de água para irrigação das ruas, serviço permanente de colocação de guias e sargetas nas vias públicas, remodelação completa das estradas municipais e apedregulhamento, construção de inúmeras pontes e mata-burros, construção de um ossário e reforma do Cemitério, prosseguimento das obras do Estádio Municipal, serviço permanente de extinção aos formigueiros, início da pavimentação das vias públicas e obras no novo matadouro municipal.

Número de eleitores qualificados: 9.558

Zona eleitoral: 87a

Seções eleitorais: 19

Número de eleitores que compareceram ao último pleito: 3.694

Educação

Escolas secundárias: Colégio Estadual de Penápolis, Educandário Coração de Maria e Escola Técnica de Comércio São Francisco.

Escolas primárias: grupos escolares: 5, sendo 2 na sede; particulares: 1; número de alunos matriculados: 1.513

Escolas urbanas: 5

Escolas isoladas: 48, sendo 15 municipais e 33 estaduais.

Número de crianças em idade escolar afastadas das escolas: 380.

Alfabetização de adultos: número de cursos: 18, sendo 5 na sede e 13 na zona rural; matriculados: 372.

Associações Esportivas: Esporte Club Corintians, Clube Atlético Penapolense, Sociedade Esportiva de Pesca Salto do Avanhandava.

Associações Recreativas: Esporte Club Corintians e Clube Atlético Penapolense, Club Penapolense.

Associações Profissionais: Sindicato dos Empregados do Comércio Varegista de Penápolis.

Saúde

Hospitais existentes no município: Santa Casa de Misericórdia, mantida por instituições beneficentes.

Subvenções que recebem: Federal: Cr$ 46.468,20. Estadual: Cr$ 10.000,00. Municipal: Cr$ 16.000,00.

Serviços de Saúde: Mantidos pelo Estado: Posto de Assistência Médico-Sanitária e Sub-Posto de Profilaxia da Malária.

Montante da arrecadação de selo de educação e saúde no último exercício: Cr$ 84.320,80.

Verbas federais aplicadas nesse setor no último exercício: Cr$ 46.468,20.

Informações Urbanas

Números de prédios existentes: 1.926

Edifícios públicos: Fórum, Prefeitura Municipal, Coletoria Federal, Igreja Matriz, Agência Municipal de Estatística, Cine São Benedito, Centro de Puericultura, Santa Casa de Misericórdia, Posto de Assistência Médico-Sanitária, Sub-Posto de Profilaxia da Malária, Agência Postal de Penápolis, Delegacia de Polícia, Grupos Escolares, Colégio Estadual de Penápolis.

Número de ruas: 26.

Número de jardins: 2.

Atrações turísticas: Salto do Avanhandava, no município de Avanhandava.

Hotéis: Grande Hotel Soares, São Francisco, da Estação, Noroeste, dos Viajantes, Brasil, São Paulo, Avenida, Líder, Pensão Santo Antônio, Pensão Bandeirantes.

Imprensa: “A Comarca de Penápolis”, semanário fundado em 7 de setembro de 1937. Diretor: Raul Casasco.

“O Mercúrio”, fundado em 7 de setembro de 1947. Diretor: Antônio Sanches.

Veículos licenciados: a motor: 310; tração animal: 403.

Monumentos: Herma Dr. Carlos Sampaio Filho.

Serviços Públicos

Abastecimento de água: Serviço da Prefeitura Municipal, ligado a 1.129 residências.

Rede de esgotos: Pertence a Prefeitura Municipal, ligado a 242 residências.

Iluminação: A cargo da Cia. Paulista de Força e Luz.

Energia Elétrica: Fornecida pela mesma Companhia, ao preço de Cr$ 0.72 o quilowatt.

Telefones: Serviço da Cia. Telefônica Brasileira, com 269 telefones ligados.

Matadouro Municipal: Reses abatidas em 1948: bois: 198; vacas: 2.226; porcos: 854.

Cemitérios: Cemitério Municipal da sede.

Bibliotecas: Colégio Estadual de Penápolis, Coração de Maria, Infantil, Dona Eugênia Roxo, Esporte Clube Corintians.

Guarda noturna: Mantida pela população e sob a orientação da polícia local.

Informações Religiosas

Organização da Igreja Católica: Paróquia de São Francisco de Assis, com 1 Igreja Matriz, 16 capelas na sede e 5 capelas no Distrito de Alto Alegre.

Obras assistenciais mantidas pela Igreja Católica: Asilo São Vicente de Paula.

Organização da Igreja Protestante: Igreja Metodista do Brasil, Igreja Evangélica Batista de Alto Alegre.

Organização dos Centros Espíritas: Centro Espírita Mariano Dias e Centro Espírita Discípulos de Jesus.

Informações diversas

Médicos: Drs. Fausto Di Giacomo, René Adolfo Fink, Waldemar Adas, Delfo de Cunto, Alcir Alves Leite.

Engenheiros: Drs. Péricles J. Dinis, Osvaldo da Silva Miranda. Contrutores: Américo Anselmo e José Fernandes.

Dentistas: Drs. Anacir Espindola Faria, Gualter Monteiro, Jacinto Sampaio, João Batista A. de Almeida, José Carlos Pereira, Sebastião Dias Correia, Raimundo R. Origuela.

Farmácias: Líder, São Bento, Paraguai, Esperança, Santa Maria, Penápolis, Ferraz, São José, Santo Antônio, Monteiro, Spínola.

Laboratório de Análises: Tem.

Instalações de Raios X: Tem.

Cinemas: Cine São Benedito, com capacidade para 500 pessoas.

Conjuntos orquestrais: Jazz Sabino e Jazz Corintians.

Grupo de amadores teatrais: Grupo Paulo Setubal.

O João Luís dos Santos, que foi prefeito municipal de Penápolis-SP, escreveu sobre Cora Coralina em Penápolis-SP:

02/02/2014

Uma casa para Cora Coralina em Penápolis-SP

Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, esse era o nome civil da poetisa goiana Cora Coralina.

Nasceu no Goiás Velho em 20 de agosto de 1889, três meses antes da Proclamação da República e faleceu em 10 de abril de 1985, em Goiânia, aos 95 anos de idade.

Ela morou em Penápolis-SP provavelmente entre o final da década de 1930 e a década de 1940.

Seu endereço na Terra de Maria Chica, Rua Santa Clara, 44, centro da cidade, vizinha da família Aguirre Monteiro e da família Braga.

Naquela redondeza central da cidade, nos fundos do Santuário São Francisco de Assis, fez amigos , amigas e muitos confidentes.

Inicialmente, produziu e vendeu linguiça caseira e banha de porco. Também comercializou livros, retalhos de tecidos e outros produtos.

Ativa comerciante, colaborou com a criação da Associação Comercial de Penápolis-SP. “O preço justo é o melhor comércio”, disse certa vez em uma entrevista, referindo-se a qualquer atividade humana.

 

Viajante.

A jovem Ana Lins, em 1911, teve que se auto exilar no Estado de São Paulo, fugindo com o marido Cantídio Bretas, advogado, liderança política no Estado de Goiás, devido a conflitos políticos e partidários à época.

Passou por Avaré-SP, Jaboticabal, cidade onde nasceram os filhos e residiu bom tempo em São Paulo, capital. Já viúva, veio morar em Penápolis-SP, indo depois para Andradina-SP, retornando 45 anos depois, em 1956, para sua terra natal.

Esses percursos, de muitas lutas, de muitos desafios e de superação, estão muito presentes em suas crônicas e poemas.

Para retratar exatamente esses percursos de sua vida, a poetisa escreveu em uma de suas crônicas que mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir. 

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Filme sobre Cora

Na semana passada, tive a oportunidade de gravar depoimento para os pesquisadores e roteiristas de cinema Regina Pessoa e Rafael Salazar, da produtora Gaya Filmes, de Brasília, que produzirá filme e documentário sobre a vida de Cora Coralina.

Diversas pessoas de Penápolis-SP, entre elas Solange Chotolli, Zeca Monteiro e Maurílio Galoppi, também gravaram depoimentos e repassaram informações sobre as relações pessoais, sociais e culturais de Cora Coralina com a cidade de Penápolis-SP no período em que viveu em nossa cidade, contribuindo para a estruturação do roteiro que dará base às futuras filmagens.

A Sala Cora Coralina, anexa à Biblioteca Municipal Professor Fausto Ribeiro de Barros, e a EMEI Cora Coralina, na Vila Santa Terezinha, são as homenagens oficiais da municipalidade penapolense a essa poetisa que marcou e marca a história literária e cultural do Brasil do Século XX.

 

Sarau em homenagem a Cora

Em junho de 1985, ano de sua morte, organizamos uma sessão de leituras e roda de poesia para homenagear Cora Coralina na Funepe.

Tivemos a grata satisfação da participação do saudoso professor José Fulanetti de Nadai, grande estudioso da literatura brasileira, e da saudosa poetisa penapolense Carmita de Mello Ahmad, que fez breve, importante e perdido relato sobre os tempos em que Cora Coralina viveu em Penápolis-SP.

Uma singela, mas marcante homenagem, com poucas, mas marcantes e representativas pessoas e que, infelizmente, não nos atentamos à época para registrar em fotos.

A literatura de Cora Coralina é muito lembrada pelo seu insulamento literário, ou seja, pelo seu isolamento principalmente dos grandes centros urbanos onde, pretensamente, ocorrem os encontros e os grandes debates em torno da arte e da cultura.

De fato, Cora Coralina, talvez por vontade própria, escreveu de forma independente de qualquer escola doutrinária ou ideológica, garantindo autenticidade e originalidade, o que, em certa e adequada medida, insere-a na tradição poética da Modernidade e do Modernismo que propôs a abolição de qualquer fôrma  que  formatasse o escritor.

 

Casa de Cora Coralina

Em 2013, por ocasião da realização da 3ª Conferência Municipal de Cultura, sabendo que a casa no endereço que Cora Coralina residiu em Penápolis-SP, na Rua Santa Clara, 44, estava à venda, propusemos que o Município de Penápolis-SP realizasse a aquisição do imóvel e o transformasse em espaço cultural, sugerindo o nome de Casa de Cora Coralina.

A proposta foi aprovada pelo plenário da Conferência Municipal de Cultura. Fomos informados que o novo proprietário do imóvel é o ex-vereador e empresário Areonth de Assumpção Rosa que, sem dúvida, tem sensibilidade social, política e cultural.

Fica aqui reiterada a sugestão à Administração Municipal, na pessoa do Prefeito Célio de Oliveira, de realizar estudos e de propostas, para desapropriar o referido imóvel, sendo que o preço justo é o melhor comércio, e a memória, a cultura e a história de nossa cidade ficarão eternamente agradecidas.

Recado de Cora Coralina:

  • Não sei se a vida é curta ou longa demais para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.  

 santos.joaoluis@yahoo.com.br

47 Respostas to “A Penápolis-SP do Nosso Tempo – Histórias e Origens de Penápolis-SP, no Brasil – O Arraial de N. S. do Carmo – Personalidades de Penápolis-SP – Filhos e Moradores Ilustres de Penápolis-SP – Penapolenses de destaque – A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, N.O.B. – O Patrimônio da Santa Cruz do Avanhandava – O Patrimônio de Nosso Senhor dos Passos – A Colônia Militar do Avanhandava – O Degredo, O Lajeado – O Assassinato do Delegado Sevilha – A maior tragédia da imigração japonesa: O Massacre dos Japoneses na Fazenda Água Limpa, Bairro rural Paraguai – O Crime do Fórum no jornal “The New York Times”, Tiroteio e morte na Câmara de Vereadores – Padre Claro Monteiro do Amaral e Cristiano Olsen massacrados pelos índios caingangues – Legislação histórica de Penápolis-SP – O Salto do Avanhandava”

  1. diego Says:

    egracado penapoli de tantas historias pq nao cresceu igual birigui e aracatuba q tem a msm idade ate um pouco de pessoas foram embora daqi nos anos anteriores

  2. Joines Oliveira Ferreira Says:

    Meu nome é Joines, moro em Brasília, nasci em Penápolis, sou filha do Juqinha, verador por quatro legislaturas. Estudei no Educandário Coração de Maria desde os 3 anos de idade até os 14, quando viemos para cá.
    Vocês esqueceram de alguns pioneiros: Meu avô, José Amádio de Oliveira, o Juca Teixeira, dono da Fazenda União no Bairro do Bonito, vizinha da Fazenda Água Limpa, vizinha do Waldemarim do Pirani e do Antonio Pessoa – português que tinha a máquina de beneficiar café daquela região. Na fazenda do meu avô teve a primeira Escola Municipal do Bairro do Bonito, a linha de ônibus do Toninho Tonelli fazia a linha Penápolis -Braúna e passava na porta da escola. Tenhos fotos e documentos, inclusive fiscais da época, da contrataçãode empregaos da fazenda.
    O Sr Antonio Veronese doou o terreno e quem conseguiu dinheiro para a construção foi meu pai, o Juquinha, com a “Capanha do Tijolo”, indo de porta em porta nos sítio e fazendas da redondeza, acompanhado da Da. Eugênia Roxo Nobre, benfeitora emérita, doaram o sangue para construção, e inauguração. juntamento com o Sr. Francisco Correa, na época, Gerente do Banco Noroeste, que cedia com amor e dedicação seu carro para as viagens para as roças. Não podemos esquecer o Dr. Ênio Soliani , o Dr. Jandira Trench, o Dr. Mauro Calazans, o Sr. Valdir Lacava, tabelião, o Dr. Edson Geraissati, o Dr Ramalho, Jorge Mussouça, e Dona Adilha, esposa do Sr.Joaquim Araújo, amigos verdadeiros que deram o apoio e colaboração para construção, inauguração e depois o mais difícil, a manutenção – roupas, alimentos, mobiliário, assistencia médica, odontológica para as meninas. Em 68, meu pai foi um incanssável batalhador aqui em Brasília, juntamento com o saudoso Ulisses Guimarães para o reconhecimento de utilidade pública. Tenho inúmera fotos de todos estes fatos. Estou à disposição. Obrigada Joines.

    • Newton sayeg Says:

      Joines fiz um comentário abaixo,o Juquinha também tinha um filho ruivinho ,que conheci garoto por onde anda ele?

      • Joines Oliveira Ferreira Says:

        É o Wagner Newtinho, Êle se formou em direito mas não exerce a profissão. É fazendeiro de gado em Redenção no Pará e também em Tocantis. O outro meus irmão, o Jorge é economista, mora em SP e tem uma Corretora de Seguros. Eu sou Neuropsicóloga, A Gláucia é Física, a Regina é Psicologa do ministério do planejameno, e as duas que nasceram aqui, Ana Elisa e Raquel. Ana é Bióloga e Biomédica pesquisdora da Fiocruz no Rio. A caçula Raquel, é jornalista e consultora do Ministério da Ciência e Tecnollogia.
        Temos também aqui em Brasília, um filhos de Penápolis que merece ser citado no jornal da cidade, É o Francisco Feitosa. êle é filho da Da. Maria Segura, morava na Colonia dos Vicentinos, a mãe dele era viúva e lavadeira, foi uma das pessoas que meu pai deu ajuda para ela criar os 5 filhos. O Francisco veio para cá adolescente, estudou aqui na Universidade de Brasília, é um excelente educador e hoje é dono de uma das maoires e melhores escola daqui de
        Brasilia o ColégioGaloais e o Petit Galoais ,

    • LILIANE TESSARI DA SILVA Says:

      Jones, vc conheceu ou sabe quem eram.oa donos da pensão bandeirantes?

  3. Érika Says:

    O nome do cunhado do Tenente Carriço era René Adolfo Fink e não Frank, como consta

  4. Newton sayeg Says:

    Joines o Juquinha não só ajudou instituições de caridade em Penápolis como auxiliou um sem número de jovens que se dirigiam a Brasília incipiente na procura de estudo e emprego
    Ele com seus amigos influentes Paulo de Tarso ,Ulisses,Passarinho
    Você deve se orgulhar muito de seu pai ele foi um grande homem

  5. yesser aboultaif Says:

    gostaria de saber uma curiosidade muito grande: pq penapolis, tem tantos arabes ? sou decendente e desde q frequento a cidade desde 2002 quero matar essa curiosidade… como chegarao em q epoca pq etc….

  6. Adalgizo W Martins Ferreira Says:

    Nasci em Avanhandava em 1940, ao oito anos mudamos para Penápolis onde moramos até julho de 1955 quando mudamos para Bauru. Minha casa era na antiga Rua Rio Branco, na esquina acima da praça – primeiro o Forum ao lado a casa do Dr. Nelson Salem e a seguir a nossa casa já na esquina, em frente era a casa do Sr. Osterno Eram muitos os meninos daquela época que estudavam no Ginasio, e jogavam futebol no campinho do Forum. lembro-me bem do Gualter Monteiro, Dudu, Chiquetano, Fernando Arruda, Nenê, Jorge E Cheida, Flavio(o pai éra gerente do Banco do Brasil, Waldir Lacava, Wilian, As ruas não tinham calçamento, eram revestidas de pedriscos. A todas noites na praça tinha brincdeira de “salva” e nas tardes de verão nadar no lageado. Tinha a fábrica de guaraná Penapolense e a Lacava. Os dois belos e rarissimos carros um chevrolet 48 da familia Torres e outro nem me lembro. Assim algumas vezes voltei a Penápolis onde ainda tenho alguns parentes.

  7. Maria Jose Palomo Says:

    Estive na Cidade de Pelapolis a muitos Anos nos 800Anos da morte de São Francisco de Assis os Franciscanos seculares com o Frei Simão , visitemos todas a Igrejas, convento, hospedamos no convento de Santo Anjos, visitemos um convento que foi fundado por uma irmã que já era viuva, eu nunca me esqueci ainda mais agora sou viuva e gostaria de saber se aceita no convento eru sou franciscana secular, 24 de viuva já apareceu muito que quer casar mais eu não quero ninguém, somento servir a Cristo de Corpo e Alma. gostei de ler um pouco o histórico da Cidade de Penapolis.. Abraços a todos dessa linda Cidade Maria José Palomo.

  8. Maria Jose Palomo Says:

    Desculpe 24 Anos que sou viuva, e também sou irmã Franciscana secular, moro em São Paulo, Fraternidade Nossa Senhora de Fátima em Sapopemba, Vigário por enquanto Frei José Carlos. Pa
    z e BM a todos.

  9. Maria De Lourdes Melado Says:

    Nasci em Penápolis em 1954, em uma Fazenda chamada de Santa Branca. Lá tinha um guarda noturno chamado Atenízio e um carreiro de nome Daniel casado com dona Ana, tinham duas filhas, uma de colo por nome de Vera Lucia e outra de uns 4 anos chamada Maria Augusta. Sei também que um dos donos desta fazenda de Cafecultura chamava-se Sr. Serafim Ferreira, o mesmo faleceu em 54. Gostaria de saber onde se localizava está fazenda, pois quero muito ir a minha terra natal más preciso mais informações. Se puderem me ajudar agradeço desde já.

  10. Tatiane S R Says:

    Gostaria de saber se vcs tem alguma foto da casa dos Fink, casa centenária da nossa cidade e que hj se encontra em demoliçao.
    Uma grande tristeza toma varias pessoas por esse motivo, um patrimonio antigo em Penapolis em desmanche.
    E nenhuma história sobre.
    Contam que ali ja foi um hospital, isso será q é verdade?
    Por favor se alguém tiver fotos de antigamente postem pq vale a pena relembrar, afinal como será agora sem o casarao dos fink…triste

  11. Idineu Garcia Galo Says:

    Gostaria de saber se há algum histórico, da família Gallo, que residiu em Penápolis.

  12. Oliveira Guido de Araujo Says:

    Nasci na bela Penápolis no ano de 1946, filho de Augusto Guido de Araújo e de Maria Aparecida Guido de Araújo. Meu pai era policial da Força Publica e irmãos, Rodolpho, Doralice e Marieta. Todos nós estudamos no Instituto de Educação Dr. Carlos Sampaio Filho.
    Sou contemporâneo de Valter Pini, Dom Vartan, Pepita Rodrigues etc… Servi no Tiro de Guerra em 1965. Ainda tenho parentes na cidade, mas há muitos anos não os visito.Fui coroinha no Santuário, e minha mãe, fazia parte do Apostolado da Oração Meu nome é Oliveira Guido de Araújo. Nadei muito no Lageado, e assisti muitos jogos do CAP, quando o Nena era goleiro e o Alfeu lateral direito. Residiamos na rua Altino Vaz de Melo 945, na Vila Martins. Que saudades daquele tempo.

  13. Floriano Monteiro de Araújo Says:

    Sou Floriano Monteiro de Araújo, 65 anos, filho de Joaquim Monteiro de Araújo e Anna de Biagio, sou neto de Antonio Monteiro de Araújo e Mariana Nunes de Souza, bisneto de João Monteiro de Araújo, nasci em São Paulo,tenho 04 irmãs vivas,
    atualmente moro em Araras-SP, meu pai era irmão do Alvaro Monteiro de Araújo de Penápolis, na infância, meu paí teve negócios em Penápolis e íamos muito lá, nos anos 50, tenho fotos de parentes lá dos anos 50, 60 e atuais do Vadinho único filho vivo do Alvaro Monteiro de Araújo. Tenho uma foto do pessoal no Salto de Avanhandava, que reúne me parece primos dos vários ramos dos Monteiros, Nunes e Souza, eu era muito pequeno me lembro vagamente de alguns parentes Tia Lica, a Carolina do Kida, acho que era prima o próprio Kida e parece que conheci o Quincas aquele que tinha muitas fazendas além do Assis que meu pai sempre falava. Desejaria para ceder as fotos entrar em contato com: Paulo César de Castro Silveira, Mirtes Monteiro da Silveira e ou Patrícia Leme. Tenho uma foto meia ruim de Mariana Nunes de Souza minha avó que não conheci esposa de Antonio Monteiro de Araújo filho de João Monteiro de Araújo. 08/04/2015 – meu telefone para contato é (19) 3551-0605 (Araras-SP).

  14. Floriano Monteiro de Araújo Says:

    A história dos Monteiro de Araújo vai se misturar com a imigração italiana na primeira metade do século 20 (1936) quando o meu paí e minha mãe se conheceram em São Paulo, ela descendente de Salvador Giordano o mais antigo imigrante dos Giordano que fizeram história em Americana-SP sendo o primeiro ourives e dono de cinema de Americana, tenho fotos e documentos inclusive um tipo de autorização interessante dessa imigração, os Giordanos hoje estão espalhados por Americana, mas praticamente perdemos contato. Floriano Monteiro de Araújo.08/04/2015.

  15. Newton Tercerio Says:

    Não citaram o Chico Rillo (Antônio Francisco Rillo) pioneiro de Penápolis. Um dos seus netos é escritor maçonólogo.

    • Olmair Perez Rillo Says:

      Um pecado imperdoável esta omissão, pois além de ter tido importância na historia da cidade ( levou do continente para a ilha o cabo de aço da ponte pênsil, dentre outras realizações), foi o fundador da Loja Maçônica de Birigui e Irmão Remido de numero 30 da nossa Santa Casa.

      • GENEALOGIA, Familias, SILVA OLIVEIRA, Faleiros, Leme, UBERABA-MG, FRANCA-SP, MADRINHA DA SERRA, Três Ilhoas Says:

        manda mais informações sobre ele. não entendi o cabo de aço.

  16. Oriza Martins Says:

    Muito interessante esta página. Resgata a história e os valores dessa região tão fascinante em fatos e cultura. É uma leitura que nos remete a épocas passadas e pessoas das quais nos recordamos com carinho. Eu nasci em Planalto-SP, mas residi em Penápolis na minha adolescência, nos anos 60, quando estudei no Educandário Coração de Maria e depois no Instituto de Educação Dr. Carlos Sampaio Filho, cursando o Normal, pela manhã, e o Clássico, à noite. Formei-me professora em 1969, quando saí de Penápolis para ingressar no Magistério Municipal de São Paulo e prestar o vestibular de Letras-USP. Minha mãe, Pilar Martins, comerciante, uma grande batalhadora, continuou morando em Penápolis até os anos 90. Na época em que morei em Penápolis, lembro-me de fatos interessantes, mas se destaca a criação da Fundação Educacional (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras). Enveredei-me depois pelos caminhos da Literatura – contos, romances, poesia – e hoje administro um portal de mensagens e poemas na web: http://www.orizamartins.com.

  17. jorge alcemir machi Says:

    tenho saudades, tambem nasci em penapolis, bairro baixote, brauna. ano 1954 familia machi.

  18. Floriano Monteiro de Araújo Says:

    Justamente o meu pai nasceu em Franca em 19 de janeiro de 1895.
    Floriano Monteiro de Araújo

  19. Adriana Says:

    Eu nasci em Penapolis em 8 de agosto de 1967. Infelizmente por motivos ainda desconhecidos fui doada para uma família de São Paulo. Ainda que eu não tenha crescido em Penapolis me sinto totalmente conectada com a cidade. Já estive por duas vezes ai para saber das milhas origens mas quem sabe um dia a Vida vai me revelar sobre a minha Mãe e meu Pai que me deram a Vida.
    São Francisco de Assis guia meus passos e Cora Coralina guia meu Feminino.

  20. Floriano Monteiro de Araújo Says:

    A igreja de São Francisco é onde eu fui batizado nos anos 50. Sobre o drama pessoal acima mencionado, me deixa mais convicto no socialismo, pois em países como China, Cuba, e Coréia do Norte, além da extinta União Soviética mães não doam ou doavam seus filhos seja por qualquer motivo e principalmente os econômicos. Um dia a humanidade vai evoluir, chega de traumas e ansiedades. O ser humano tem que ser respeitado, chega da selvageria que é o capitalismo, chega das pessoas ficarem sem saída.

  21. Adriana Says:

    Gratidão Floriano pelo seu comentário acima e sabe que quando estive a 1ª vez em Penapolis fui até a Santa Casa para ver se encontrava algum registro e para minha surpresa a pessoa que me recebeu disse-me que todos os registros até 1967 haviam sido queimados. E a história não terminou, anos depois retornei e a pessoa que estava atrás da minha história disse-me que não poderia avançar pois era uma história que envolvia pessoas de “poder” e a mesma começou a sofrer ameaças de morte.
    Enfim…. é isso, a selvageria de uma sociedade que exclui pelo poder econômico.

  22. ROSA MARIA DE OLIVEIRA ROQUE Says:

    Nossa gostaria muito de descobrir onde esta sepultada a minha avó paterna. Meu Bisavô Antônio Monteverde (vindo da Itália) Minha Bisavó Maria Antônio Monteverde (Italiana) sei que ambos viviam em Penápolis faleceram e foram enterrados em Araçatuba. Meu pai Arlindo Antônio de Oliveira (segundo historia que sei ficou órfão de mãe com mais ou menos 3 anos, então como nasceu em 1930 e ficou órfão de mãe em 1933 ou 1934 o pai não podia ficar com os 2 filhos meu pai foi criado pela Anisia Chuffi que tinha casa no centro de Penápolis cheguei a ir na casa dela (ela já é falecida atualmente). Mas já entrei em contato com vários ligares em Penápolis pois gostaria de ter a certidão de óbito de minha avó ROSA MONTEVERDE NASCIDA EM 1906 na Fazenda do Engenho Novo da Familia Moraes Sales, conforme consta na certidão de nascimento. Gostaria de saber em qual cemitério de Penápolis ela esta sepultada (mas ninguém tem interesse em ajudar, até com a Prefeitura de Penápolis tive contato). Se alguém puder me ajudar agradeço.

    Meu email: rosamaria_nurse@hotmail.com

    Meu nome: ROSA MARIA DE OLIVEIRA ROQUE

    • GENEALOGIA SILVA OLIVEIRA, Faleiros, Leme, UBERABA-MG, FRANCA-SP, MADRINHA DA SERRA, Três Ilhoas Says:

      o toninho e os outros do cemitério são superlegais. já estão colocando no computador é fácil achar nomes. vá lá pessoalmente.

  23. Niceia Alexandrino Says:

    Sou Niceia Alexandrino, ( poetisa e contista amadora), filha de Victorio Alexandrino . Estudei no ano do Jubileu de prata no Instituto de Educacao Dr, Carlos Sampaio Filho, com muita honra. Meu pai foi o grande artesãoo em mosaico português nesta cidade, Cobriu de mosaico português a Praca Dr Carlos Sampaio Filho, a Praca da Matriz, a Praca do “grupo velho” e inúmeras calçadas de residências particulares.
    Meu irmão Diniz Aparecido Alexandrino, foi ciclista campeão, diversas vezes na décaca de 50 e representou Penápolis na NOROESTE foi campeào do pedal, campeão de velocidade e campeão de resistência. Trazendo para o munícipio medalhas, taças e orgulho para o esporte ciclista.
    São estes e outros heróis anônimos que ajudaram a construir a Princesinha da Noroeste,

  24. Nilza Soares Says:

    Nasci 1955 Nilza Soares filha de Brigido Rodrigues ele trabalhou na prefeitura tem fotos dele

  25. vera lucia rodrigues da silva Says:

    Boa tarde minha mae nasceu Penapolis,em1936,meu avo trabalhava e morava na zona rural,minha mae foi registrada em Andradina,meus avos eram :Joaquim de Oliveira e Albina Ferreira.Sera que existe algum registro de nomes em fazendas na epoca,de30a40.meu avo´,a partir da decada de40 trabalhou na zona rural de Nova Independencia,na minha familia nao tem ninguem importante,mesmo assim gostaria de saber,tenho uma foto de mulheres costureiras de Penapolis,e uma delas e japonesa,gostaria de saber se alguem conheceu minha mae Mariana de Oliveira ,que era empregada de tonico e Iraci,da fazenda Guanabara do SR:Moura Andrade.Obrigada Vera Lucia 2433415721,moro em Volta Redonda R.j

    • GENEALOGIA SILVA OLIVEIRA, Faleiros, Leme, UBERABA-MG, FRANCA-SP, MADRINHA DA SERRA, Três Ilhoas Says:

      gostaria qque mandasse a foto.. paulosilveira@ict.unesp.br tenho texto sobre o rei do gado.. e nova independencia foi fundada pelo schmidt que eu conheci. meu sogro trabalhou pro toninho andrade prefeito.

  26. Edilson Tavares dos Santos Says:

    Boa tarde. Procuro informações sobre meus bisavós Hermenegildo Galante e Angela Galante, que viveram em Penápolis a partir da década de 30. Antes moravam em Ribeirão Preto-SP, na fazenda Dumont (de Alberto Santos Dumont) e depois se mudaram para a região noroeste, a partir de então não tenho mais informações. Os pais do Hermenegildo eram o Domenico Galante e Eleonora Vesperi, todos naturais da Itália, da região de Veneto. Os filhos do casal são: Eleonora, Domingos, João, Luzia, Antonia, Caterina, Antonio e Irene. Se alguém souber algo, por favor, entrem em contato comigo. Meu nome é Edilson Tavares, email: edilsontav@gmail.com.

  27. celia padilha nunes Says:

    Gostaria de saber sobre meus avos que moraram em Penapolis:
    Minha avó: Maria Arlinda Vilhena Nunes da Sila e meu avô: Jose Nunes da Silva; meu pai ACACIO creio que nasceu em Penapolis no dia 17 de Maio de 1913 e meu irmão João José tb nasceu em Penápolis em 12 de abril de 1938. Minha mãe era de Sorocaba mas foi professora em Penapolis em 1936 a 1938.

    • GENEALOGIA, Familias, SILVA OLIVEIRA, Faleiros, Leme, UBERABA-MG, FRANCA-SP, MADRINHA DA SERRA, Três Ilhoas Says:

      Parabéns por ser Vilhena e Nunes da Silva, no nosso site temos uma página sobre os Nunes e falamos deles na página principal. o lugar mais facil de ver é o toninho no cemiterio. ele tem informatizado.

    • GENEALOGIA, Familias, SILVA OLIVEIRA, Faleiros, Leme, UBERABA-MG, FRANCA-SP, MADRINHA DA SERRA, Três Ilhoas Says:

      Munes da Silva e Vilhena são de Franca-SP. Das muitas famílias francanas em Penápolis-SP.

  28. Nyara Says:

    Sabe-se o lugar exato de onde fucavam as aldeias dos indios, onde hoje é penapolis?

  29. Nyara Says:

    Tem alguma foto de Maria chica?

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